Clubes articulam liga; CBF convoca reunião

Em meio às diversas notícias de escândalos, que culminaram na prisão de José Maria Marin na semana passada, a Confederação Brasileira de Futebol convocou para a próxima segunda-feira uma reunião geral com os clubes em sua sede, no Rio de Janeiro. No comunicado, não fala qual será a pauta e, pelo momento, causou estranheza nos dirigentes.

Ao mesmo tempo, no entanto, os presidentes dos times articulam um encontro sigiloso, logo depois da conversa com Marco Polo Del Nero, com tema já definido: a formação de uma Liga.

A reportagem conversou com representantes de quatro clubes, de regiões diferentes, que confirmaram as duas informações. Alguns não quiseram dar entrevista, no entanto.

“Não há uma pauta certa. É estranho chamarem nesse momento. Se falarem que é por causa da MP do Futebol, também será estranho. Não temos mais o que falar sobre esse assunto”, disse Rogério Bacellar, presidente do Coritiba.

“Depois teremos um encontro só entre clubes, discutir assuntos do futebol”, completou.

A segunda reunião está sendo marcada por telefone, mas ainda não há um número confirmado de clubes que toparam participar.

A articulação de uma Liga vem sendo feita especialmente pelo presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, com conversas frequentes com o Fluminense e o Flamengo, que estão revoltados com a Federação do Rio de Janeiro.

A reportagem tentou ouvir a CBF sobre o assunto, mas não conseguiu contato com dirigentes da entidade.

No início da semana, o ESPN.com.br mostrou que alguns times queriam aproveitar o momento delicado da CBF para acelerar a criação da Liga de clubes. Existem atualmente conversas para a criação do que viria a ser a Copa Rio-Sul-Minas, com a participação de equipes como Flamengo, Fluminense, Grêmio, Inter, Cruzeiro, Atlético-MG, Coritiba e Atlético-PR. (Da ESPN)

14 comentários em “Clubes articulam liga; CBF convoca reunião

  1. É uma chance para PSC e Remo, tentarem entrar nessa liga. É inadmíssivel que os dois titãs, com milhares de torcedores e um ótimo mercado consumidor, fiquem de fora da elite do futebol brasileiro. É um caso a se pensar.

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  2. A hora seria essa, caso não houvesse infiltrados no comando dos clubes políticos como Zezé Perrela, Eurico Miranda(é ex-deputado graças ao eleitor, não porque tenha desistido de concorrer) e outros menos notados. bastaria acelerar a Lei de Responsabilidade do futebol, simultânea à criação da Liga e, dependendo do andar das investigações, já suspender o contrato das transmissões via monopólio global, ou, para o futuro, uma licitação em que os contratantes seriam os clubes, não a CBF, e o contratado aquele que vencesse o processo.

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  3. Alemanha, Espanha, Inglaterra e todos os países em que o futebol é organizado o é pela Liga em que a administração é tarefa dos clubes, enquanto a Confederação cuida da representação nacional(seleções diversas). Claro que isso depende uma gestão transparente e eficiente, algo agora vislumbrado no horizonte com a lei ora em tramitação no Congresso e que prevê a participação dos atletas na tomada de decisões, inegavelmente um grande avanço democrático.
    Não podemos é tratar essa nova possibilidade como era tratado o projeto do senador Nelson Carneiro, há pouco mais de trinta anos, que instituía o divórcio no Brasil e era considerado como maldição dos pecadores e hoje é corriqueiro. Que venha o novo!

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