O atacante Bruno Veiga, que rescindiu contrato com o Paissandu na semana passada, já tem novo clube. É o Mogi Mirim, de São Paulo, que se reforça para tentar escapar da lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro. Veiga terá vínculo com o Mogi até novembro. Outro jogador anunciado pelo clube foi o zagueiro Paulão, ex-Tupi.
Dia: junho 26, 2015
Minowa pede licença e Ribeiro assume Leão
O presidente Pedro Minowa protocolou na secretaria do Clube do Remo, no final da tarde, pedido de licença de 90 dias. Com isso, assumirá o cargo o presidente do Conselho Deliberativo, Manoel Ribeiro. Pelo que já havia declarado, Ribeiro deve formar agora uma junta governativa para presidir os destinos do Remo.
Últimas homenagens a François Thym
Imagens do velório de François Thym, pela manhã, em capela mortuária localizada na rua Lomas Valentinas. Familiares, amigos, atletas, ex-jogadores, ex-alunos e conselheiros do Remo compareceram para o último adeus ao grande goleiro. (Fotos de Sérgio Noronha)
Rock na madrugada – Roy Orbison, California Blue
Capa do Bola, edição de sexta-feira, 26
Adeus ao paredão François
POR GERSON NOGUEIRA
O Remo perde com a morte de François Thym uma parte de sua história mais gloriosa. Goleiro que marcou época no futebol do Pará, arrojado e muito forte fisicamente, François era conhecido pelas defesas espetaculares. Justificou como poucos o sentido do termo paredão. Vindo de Paramaribo em 1961, rapidamente conquistou a torcida azulina numa época em que jogadores forasteiros começavam a brilhar por aqui.
Com intermediação do empresário Raimundo Farah, François veio na sequência de outros atletas estrangeiros trazidos pelo dirigente Jorge Age para o Remo, casos de Veliz e Rack.
Com a camisa azulina, François ganhou o primeiro título do Norte, em 1968, em disputa que envolveu Tuna, Paissandu, Nacional, Fast Club, Ferroviário (MA), Moto Clube, Flamengo (PI) e Piauí. Na decisão em três jogos, triunfo sobre o Piauí. A escalação daquele time está na memória de todos os azulinos: François; China, Alemão, Casemiro e Edílson; Sirotheau e Carlitinho; Birungueta, Amoroso (Waltinho), Rubilota e Adinamar. Danilo Alvim era o técnico.
Já a Copa Norte-Nordeste foi ganha depois de duas tentativas frustradas. Bicampeão do Norte (1968 e 1969), o Remo foi finalistas duas vezes do chamado Nordestão, mas perdeu nas finais. Em 1971, finalmente, derrotou o Itabaiana (SE) dentro do Baenão, por 2 a 0, e conquistou o título do Norte e Nordeste.
François, que havia sido ídolo como atleta, era o treinador do time campeão, tendo sob seu comando a base do que viria a ser um dos maiores esquadrões azulinos de todos os tempos, a começar pelo goleiro Dico, que se tornou seu mais festejado sucessor. Anos depois, atestando seu grande conhecimento do assunto, indicaria também Edson Cimento ao clube.
Admirado pelo caráter e pela seriedade, trabalhou também como supervisor de futebol no Evandro Almeida e, nos últimos tempos, se dedicava a negócios pessoais. Foi professor de educação física e, em 1996, dirigiu o time do Bragantino. Morreu vítima de um câncer no fígado descoberto já em fase terminal. Estava com 71 anos.
François é figura de honra na galeria dos grandes goleiros do Remo, ao lado de Veliz, Jorge Baleia, Dico, Edson Cimento e Clemer.
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A despudorada patolada chilena
O mundo ainda discute a imagem da mão boba do chileno Jara no uruguaio Cavani, estopim do violento revide do atacante, imediatamente expulso pelo brasileiro Sandro Meira Ricci. Pela rapidez dos acontecimentos, ninguém entendeu a agressão de Cavani ao zagueiro, apesar dos gestos do jogador tentando explicar ao árbitro o que havia ocorrido.
A explicação só seria compreendida minutos depois quando as agências de notícias postaram na internet a prova do crime. A surpresa ficou por conta do ineditismo do flagrante. Atitudes desse tipo não são incomuns em futebol, como forma de provocar adversários. Incomum é ver a cena estampada registrada pelos fotógrafos. Como também não é lá muito normal ver uruguaio no papel de vítima – Luizito Suarez que o diga.
Em meio ao sarro generalizado em torno do assunto, o árbitro brasileiro tombou como primeira vítima. Medida correta em face da frouxa atuação de Ricci, completamente manobrado por Alexis Sanchez e outros jogadores chilenos. Confirmou a fama de árbitro simpático aos times da casa.
Resta ainda dúvida quanto à punição que Jara irá receber. Se a Conmebol usar o mesmo critério empregado para punir Neymar (quatro jogos de suspensão) e da Fifa para castigar Suarez pela mordida no italiano (afastamento sumário da Copa), o chileno deve ser banido da competição. Peitar árbitro é infração grave, mas apalpar adversário já é sacanagem.
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E Minowa finalmente acerta um golaço
O Remo anuncia o rompimento do contrato com a Gol Store. A ser confirmada juridicamente a informação, a decisão da Diretoria é digna de aplausos. Depois de seis anos de vigência conturbada, o presidente Pedro Minowa rescinde o contrato com a empresa, que, segundo o clube, não vinha cumprimento com várias cláusulas do contrato. Conforme a notificação, foi concedido prazo de 15 dias para que a Gol Store devolva as lojas – na sede da avenida Nazaré e no Baenão – de forma amigável.
O referido acordo comercial, celebrado na gestão de Amaro Klautau, só trouxe danos às finanças do clube. Na gestão de Sérgio Cabeça, o diretor jurídico Ronaldo Passarinho foi autorizado a entrar com medida cautelar na Justiça, pedindo a rescisão do nefasto contrato. Para estarrecimento do próprio Ronaldo, o presidente anexou duas cartas ao processo, dando razão a Gol Store e motivando o arquivamento.
Para completar a lambança, Cabeça ainda autorizou a Gol Store a abrir mais uma loja no Baenão. Depois da renúncia de Cabeça, Zeca Pirão assumiu a presidência e declarou publicamente que iria “lacrar” a loja da Antônio Baena. Deixou o cargo sem fechar a loja e sem exibir novo contrato com a empresa.
Cabe agora a Pedro Minowa fazer o que o jurídico do clube há tempos havia recomendado. Diante dos exemplos citados, é prudente esperar para ver como é que fica.
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ARF treina para a Copa da Noruega
O time Alunorte Rain Forest (ARF) realiza amanhã mais um amistoso em preparação para a Copa da Noruega, competição infanto-juvenil internacional na qual representará o Pará, em julho, na Categoria Sub-17. A equipe barcarenense joga no Sesi, em Ananindeua, contra o time da casa, formado por garotos do projeto social Atleta do Futuro.
O Rain Forest é o braço esportivo do programa educacional “Bola pra Frente, Educação pra Gente”, desenvolvido pela Hydro Alunorte nas escolas de Barcarena em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed).
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 25)