Prezado amigo Gerson Nogueira, boa noite.
Prezado Gerson, estou longe, no mar, por força do trabalho, mas estou sempre acompanhando o futebol paraense pela Clube através da internet. Gostaria de deixar um comentário a respeito da questão do sócio-torcedor. Alguns meses atrás acompanhei pela Clube uma entrevista do Presidente do Paysandu, em que o mesmo afirmou ser irreversível a decisão, que somente os sócios-torcedores poderiam assistir aos treinos do Paysandu. Muito justo. Mas seria de bom alvitre não esquecer que durante esses 100 anos de Paysandu, quem esteve sempre apoiando e indo aos estádios foram esses torcedores de arquibancada e geral. Torcedores que na maioria das vezes vão ao estádio a pé , somente com o dinheiro do ingresso. Há de pensar-se no poder aquisitivo da nossa região e principalmente no daqueles que sempre deram ao Paysandu o status de uma das maiores torcidas do País.E são esses mesmos torcedores que continuam a ser renegados e desreipeitados de todas as formas: sofrem para comprar ingresso, sofrem para chegar aos estádios, sofrem dentro , sofrem pra sair, são acuados pela violência de marginais e que no final ainda são culpados quando acontece uma renda mixuruca, como naquela canção do Chico, ainda são culpados pela situação. E o que falar das torcedoras? Perguntem pra elas o sufoco quando precisam ir ao banheiro? É uma Sofrência que dá dó e revolta.Então hoje , o torcedor prefere sentar na mesa de um bar, tomar o seu chopp geladinho, pedir seu tira-gosto, usufruir de um banheiro decente e ainda pagar com cartão de débito ou crédito. Será que esses torcedores estão errados? O que os experts do futebol têm a fazer, é conquistar a volta desses torcedores de uma forma racional. Cobrar os ingressos ao mesmo valor da mensalidade do sócio-torcedor é dar tiro nos pés. Isto fica para o São Paulo, Internacional, Grêmio, que têm estádios para 60.000 torcedores. Saudações Botafoguenses!!!
Grande abraço
Luiz Carlos da Silva Seixas
Capitao de Longo Curso da Marinha Mercante