Cametá vence amistoso beneficente

Com gols de Caio, aos 20 minutos do primeiro tempo, e de Soares (de pênalti) aos 24 do segundo, o Cametá venceu o Remo em amistoso realizado na tarde desta terça-feira, no estádio Parque do Bacurau. Um grande público prestigiou a partida, que teve caráter beneficente. A renda foi toda revertida para a família do jogador Gil Cametá, que morreu em abril vítima de acidente automobilístico. O técnico Cacaio utilizou cinco titulares – Fernando Henrique, Igor João, Ameixa, Juninho e Rafael Paty. O Cametá foi comandado por Lourival (Zico) Matos, que foi o primeiro treinador de Gil. Ao final do jogo, os ex-companheiros de time se confraternizaram com os familiares do zagueiro sob aplausos da torcida presente.

STJD acata reclamação do Remo

O Remo obteve uma pequena vitória junto ao STJD na tarde desta terça-feira. O tribunal acatou a reclamação do departamento jurídico do clube quanto a realizar com portões abertos (e cobrança de ingressos) os três jogos da punição imposta pelos incidentes registrados na Série D 2014, em Bragança. O STJD reconheceu como válida a decisão de promover os jogos com bilheteria a 100 quilômetros da sede.

O advogado André Cavalcante, representante do clube, informou que ainda busca reverter a pena. “Mesmo já obtendo esta importante vitória, entendo que ainda existem pontos na decisão que precisamos discutir. Quem sabe coisas melhores ainda não podem vir? Vamos lutar até o fim”, garantiu. (Com informações da Ascom/Remo)

O adeus a Carlinhos Silva

Foi sepultado na manhã desta terça-feira (23), no Rio de Janeiro, o ex-jogador e técnico Carlinhos Silva. Ele também será alvo de homenagem póstuma, antes da partida de hoje entre Cametá e Remo. Carlinhos veio para o Leão Azul nos anos 80 através do então ex-presidente do clube, Raimundo Ribeiro. Com Carlinhos no comando, o Remo quase chegou à elite do futebol brasileiro, sendo eliminado na partida final pelo Bragantino, em São Paulo. A partida foi marcada por erros na arbitragem de José Roberto Wright, beneficiando a equipe paulista.

Depois de eliminar clubes do Pará e Maranhão, o Leão superou Fortaleza-CE, Anapolina-GO e Itaperuna-RJ, mas parou no Bragantino-SP, que acabaria com o título da competição. O Remo tinha jogadores como Gledston, Tiago Macapá, Rildon, Wagner Xuxa, Bebeto, Paulo Verdan e Edmilson. Em 1992, Carlinhos voltaria ao Baenão, mas passou pouco tempo por motivos de saúde.

O ex-treinador do Remo morreu nesta segunda-feira por problemas cardíacos. Seu corpo foi velado na sede do Flamengo na Gávea, no Rio de Janeiro. Foi um dos maiores meio-campistas da história rubro-negra, ficando conhecido pelo apelido de “Violino”, em função do estilo técnico que tinha como atleta.

Assembleia Geral vai decidir situação de Minowa

Depois da reunião do Condel, a situação do presidente Pedro Minowa será encaminhada à Assembléia Geral do Clube do Remo, como preveem os estatutos da agremiação. Instância máxima da instituição, a AG irá decidir, por dois terços dos votos mais um dos sócios presentes, se Minowa continua na presidência ou será destituído do cargo. A reunião será realizada 15 dias depois da publicação do edital da reunião do Condel, que deve ocorrer até amanhã. Só participam sócios remidos e proprietários em dia com as mensalidades.

Em caso de destituição do presidente, deverá ser criada uma junta governativa para assumir a gestão do clube.

O futebol no combate ao Alzheimer

DO BLOG TIKI TAKA

Um vídeo que vi hoje ajuda a renovar a crença no futebol. Faz parte da campanha publicitária da revista espanhola Líbero, mostrando um projeto da Universidade Autônoma de Barcelona que usa o futebol como meio para estimular a memória de pessoas que sofrem com o Mal de Alzheimer.
A Líbero publicou revistas com notícias das primeiras décadas do século passado e as distribuiu em centros de tratamento da doença em Barcelona para serem usadas com fins terapêuticos. A ação está sendo expandida para toda a Espanha. Quem compra a versão online no site da revista doa o equivalente a um exemplar a ser entregue nesses centros de tratamento.
A ação, assim como o vídeo é de uma sensibilidade e beleza de emocionar.
Esqueça, por um momento, a imensidão de regras, regulamentos, brechas e recursos que poluem o esporte. Esqueça Maríns, Blatters, Hawillas e demais corruptos. Esqueça os interesses obscuros, os ingressos que ninguém pode pagar, as cifras pagas por jogadores que não parecem pertencer ao mundo real. Esqueça o estrelismo ou não de Neymar, a quase-traição de Leo Moura ou as desculpas do 7 a 1.
Lembre que o futebol não é só isso, aliás ele não é isso. Futebol é boas recordações, boas histórias e lembranças que ficam para a vida inteira. Independentemente dos problemas que a vida pode ter.
Nos próximos dias vou produzir reportagens falando mais do projeto “Futebol x Alzheimer”. Por enquanto fique com o vídeo. Uma das coisas mais bonitas que já vi. No futebol e fora dele.

Globo sepultou a CPI da máfia do futebol

A prisão na Suíça de sete cartolas da Fifa – inclusive do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o velhaco aecista José Maria Marin – segue repercutindo na imprensa mundial. Já no Brasil, o bilionário escândalo de corrupção, que inclui propinas nas “transmissões televisivas”, simplesmente sumiu da mídia. A TV Globo, por razões óbvias, tirou o assunto da telinha. O “Jornal Nacional” quase não trata mais do espinhoso tema. Já os outros veículos, como em um pacto de mafiosos, também secundarizaram a cobertura do caso escabroso. Isto apesar da apuração do esquema, liderada pela polícia federal dos EUA (FBI) – não por motivações éticas, mas sim por interesses geopolíticos –, produzir bombásticas notícias quase diariamente.
Na semana retrasada, Chuck Blazer, o famoso “Mister 10%”, confessou diante de uma corte ianque que os cartolas da Fifa receberam propinas para escolher a França como sede da Copa de 1998. Segundo ele, os pagamentos ocorreram em 1992, quando a entidade ainda era presidida por João Havelange – um amigo íntimo da famiglia Marinho. “Entre outras coisas, eu concordei com outras pessoas em 1992 para facilitar a aceitação de propina”, afirmou. O delator também garantiu que o mesmo mecanismo foi usado para dar à África do Sul a sede da Copa de 2010. Neste período, o cartola Ricardo Teixeira – outro chegado da TV Globo e ex-presidente da CBF – integrava o Comitê Executivo da Fifa. Parte da propina foi paga pelo direito de transmissão dos jogos, confessou Chuck Blazer.
Antes destas revelações, o FBI já havia decidido investigar a atuação da máfia do futebol internacional nas escolhas da Rússia e do Catar para sediar as Copas de 2018 e 2022, respectivamente. Pelas já citadas razões geopolíticas, a decisão serviu para alimentar a especulação sobre a suspensão do torneio na Rússia, arqui-inimiga dos EUA. Este vendaval de denúncias acabou precipitando o anúncio da renúncia do cartola Joseph Blatter, que presidia a Fifa desde 1998 e que acabara de se reeleger para mais um mandato. Ele também atingiu o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke – que ganhou os holofotes da TV Globo ao criticar os preparativos da Copa do Mundo de 2014 e ao afirmar, arrogante, que o governo brasileiro merecia um “chute no traseiro”.
CPI, Polícia Federal e silêncio
No Brasil, o efeito desta avalanche de denúncias, que sempre partiu do exterior, foi a aprovação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o envolvimento dos cartolas nativos no escândalo. O requerimento foi apresentado pelo ex-craque Romário, senador do PSB carioca famoso por suas críticas à máfia da CBF, mas que sempre manteve relações amistosas com a famiglia Marinho. De imediato, a famosa “bancada da bola” exigiu presença na comissão – inclusive o senador mineiro Zezé Perrella, ex-chefão do Cruzeiro. Na mídia privada, a CPI da CBF teve até agora o mesmo destino do helicóptero da família do cartola, apreendido pela Polícia Federal com quase meia tonelada de cocaína. Virou pó! É difícil encontrar uma notícia na imprensa sobre a sua existência.
Por decisão do “republicano” ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Polícia Federal também foi acionada para investigar as denúncias. Diferente da sua ação midiática na Operação Lava-Jato, até agora também não houve qualquer show pirotécnico contra os mafiosos do futebol. A apuração segue em total sigilo. Nem parece que existe. O que só reforça as suspeitas de compadrio e cumplicidade. Nos últimos 15 anos, a Polícia Federal já abriu 13 inquéritos para apurar escândalos envolvendo a CBF e o seu ex-presidente, Ricardo Teixeira. Nenhum deles teve qualquer resultado. Neste mesmo período, porém, a CBF patrocinou congressos, viagens e até cedeu a Granja Comary, centro de treinamento da seleção brasileira, para um torneio de futebol dos delegados da PF.
A Folha até registrou, numa notinha, estas sinistras ligações. “A relação da CBF com integrantes da PF se intensificou a partir de 2009. Ricardo Teixeira liberou R$ 300 mil para que a Associação de Delegados da Polícia Federal realizasse o 4º Congresso Nacional, em Fortaleza (CE). Foram quatro dias de evento. Teixeira foi um dos palestrantes na ocasião, onde falou sobre a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Meses depois, em 2010, a ADPF (Associação de Delegados da PF) realizou uma ‘pelada’ de futebol na Granja Comary, local usado pela seleção brasileira como centro de treinamento. Por três dias, a associação, que chamou o local de um dos ‘templos do futebol brasileiro’, reuniu delegados, peritos e policiais do Distrito Federal”. Na sequência, porém, o jornal sepultou o assunto.
A vida de luxo dos mafiosos
Motivos para um escarcéu midiático não faltam. Na semana passada, o Ministério Público Federal decidiu apurar se o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, cometeu irregularidade na compra de dois apartamentos de luxo em 2014, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A Receita Federal também investiga a mesma transação. Uma das coberturas, no valor de R$ 5,2 milhões, foi adquirida de uma empresa dos filhos do empresário Wagner Abrahão, antigo parceiro comercial da CBF e amigo do ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira. Antes, em maio do ano passado, Del Nero registrou em cartório que comprou outro duplex, no mesmo local, por R$ 1,6 milhão. Apesar das graves denúncias, o cartola se mantém irredutível à frente da confederação.
Também na semana passada, após intensa pressão, a Polícia Federal anunciou que indiciará o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por “suspeita” de crimes financeiros. As operações “atípicas” foram identificadas pelo Coaf (Controle de Atividades Financeiras), ligado ao Ministério da Fazenda, que constatou que o cartola movimentou, entre 2009 e 2012, R$ 464,6 milhões. Nem o “Jornal Nacional” conseguiu, desta vez, encobrir o caso, que pode resultar no indiciamento do amigo da famiglia Marinho pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A notícia até pintou na telinha da TV Globo, mas logo depois o escândalo da máfia do futebol brasileiro foi novamente abafado.
Pesadelo dos filhos de Roberto Marinho
Além dos cartolas da CBF, a Rede Globo é a maior interessada em que o caso seja logo enterrado. Ela detestaria ter seus executivos convocados a depor numa CPI para explicar como funcionam os contratos de exclusividade de transmissão dos jogos. Daí seu esforço para abafar totalmente o funcionamento da CPI. Os filhos de Roberto Marinho também devem perder o sono com as “delações premiadas” nos EUA do empresário-bandido J. Hawilla. No final de maio, William Bonner chegou a ler um editorial no Jornal Nacional tentando desvincular a imagem do império midiático do temido delator: “A TV Globo, que compra os direitos de muitas dessas competições, só tem a desejar que as investigações cheguem a bom termo e que o ambiente de negócios do futebol seja honesto”.
A declaração “ética”, porém, não convenceu ninguém. Como lembra o jornalista Nelson de Sá, a emissora tem sólidas relações com o empresário-bandido. Além de chefiar o esquema de propina na transmissão do futebol, ele é dono de uma afiliada do império global. “A TV TEM é a maior rede de afiliadas da Globo no interior paulista, em extensão, com base em cidades como São José do Rio Preto e Sorocaba e canais adquiridos junto à própria Globo, 12 anos atrás. Tem um faturamento anual de cerca de US$ 300 milhões, aproximando-se de redes nacionais como a Band. Como Hawilla declarou, a Globo foi sua sócia da TV TEM, com 10% do negócio, ao menos nos primeiros anos. Entre outros negócios, o vínculo da Globo com Hawilla se estende à própria programação nacional da rede. A produtora TV 7, que é parte da Traffic do empresário, realiza entre outros programas o ‘Auto Esporte’ e o ‘Pequenas Empresas, Grandes Negócios’”.
Estas e outras sujeiras ainda encobertas ajudam a entender porque a Rede Globo já sepultou a CPI da CBF e outras investigações sobre a máfia do futebol! Se depender da poderosa emissora, a Comissão Parlamentar de Inquérito, que terá 180 dias para apurar as irregularidades nos contratos das partidas de vários campeonatos, não dará em nada novamente. Se depender dela, as investigações da Polícia Federam terminarão em mais uma “pelada na Granja Comary”. Se depender do império global, o futebol brasileiro – paixão e patrimônio do povo – continuará sendo tratado como negócio privado e lucrativo de mafiosos. (Do Blog do Miro, via Jornal GGN)

Jornalista de “Veja” é acusada de plágio

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) aceitou a decisão do Conselho de Ética do estado que comprovou plágio praticado pela jornalista Joice Hasselmann, apresentadora da Veja.com, e proibirá a entrada da profissional no quadro da entidade.
Segundo o Sindijor, o conselho identificou o plágio em 65 reportagens, escritas por 42 profissionais diferentes, entre os dias 24 de junho e 17 de julho do ano passado. A denúncia contra Joice começou a ser apurada após o pedido de 23 jornalistas. O ato teria ocorrido quando a jornalista mantinha o Blog da Joice.
A direção do Sindijor criticou a conduta da jornalista, que “se apropriou do trabalho intelectual de colegas de profissão, utilizando isso para dar visibilidade à sua carreira, como se fosse a autora das reportagens”. O caso também deve ser encaminhado à Comissão Nacional de Ética.
Joice foi advertida por contrafação, quando ocorre produção comercial de um artigo sem autorização do profissional e da entidade que possui a propriedade intelectual. O presidente do Conselho de Ética, Hamilton Cesário, disse que a jornalista teve o direito de se manifestar sobre as denúncias, mas não atendeu a nenhuma convocação.
Os jornalistas prejudicados podem ainda encaminhar processos civis contra a profissional que, de acordo com o SindijorPR, além de ter infringido o Código de Ética, feriu a legislação de direito autoral.
Em seu perfil no Twitter, a jornalista publicou uma mensagem com a manchete enviada por um seguidor e negou a acusação. “Esses canalhas mentirosos vão se ver com meus advogados”,escreveu. Em resposta a outro seguidor que questionou a notícia, Joice acrescentou: “Vou processar um por um. Ócio, ma-fé e um sindicato juntos dá nisso”. (Do Portal Imprensa)