POR MAURÍCIO DIAS
Fernando Henrique Cardoso foi o anfitrião de uma das reuniões mais reveladoras e constrangedoras dos últimos dias. Exatamente a 27 de fevereiro, durante almoço no Instituto FHC, o ex-presidente enrolou-se mais uma vez numa proposta de ação política a respeito da passeata pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Estavam presentes os mais influentes tucanos, como o senador Aécio Neves (MG), presidente da legenda, os senadores Tasso Jereissati (CE), Aloysio Nunes Ferreira (SP) e José Serra (SP), além do senador Cássio Cunha Lima (PB).
“Tem de ficar claro que nós apoiamos, mas não somos promotores”, orientou FHC. Por outro lado, Aécio Neves, já sem a brandura mineira nos olhos, usou o mesmo disfarce: “Temos de estabelecer esse limite, ter esse cuidado. Não será iniciativa partidária”.
Os tucanos vão para a tocaia. Empoleirados numa árvore seca, sem folhas e sem frutos, torcendo, porém, pelo sucesso das manifestações de 15 de março, batizadas de “Impeachment Já”. A passeata visa a desestabilização do governo. Para os tucanos, Dilma não pode superar a crise conjuntural nem sobreviver no poder até a eleição presidencial de 2018, que poderá ter Lula na disputa.
O senador Aloysio Nunes Ferreira ofereceu-se para representar o PSDB. Estará nas ruas de olho grande no contingente antipetista da capital paulista, na tentativa de se habilitar eleitoralmente para a disputa da prefeitura no próximo ano. Ele mostra-se disposto a sombrear a própria biografia. Golpeado em 1964, o tucano agora, contrariamente, ensaia os primeiros passos do andante golpista.
Não há uma linha tênue entre o sentimento traiçoeiro do PSDB e a democracia. Surgiu, entretanto, uma dissidência importante. O governador paulista, Geraldo Alckmin, não vê “razões para o impeachment”. Por que ele não terá ido ao almoço de FHC? Faltou convite ou terá recusado para cuidar de coisas mais importantes da administração, como, por exemplo, a crise hídrica?
O ex-presidente FHC é recalcitrante. Recentemente saiu do escritório dele uma consulta ao advogado Ives Gandra Martins sobre a possibilidade de propor o impeachment de Dilma.
Em 2005, com o episódio do caixa 2, denominado pela mídia de “mensalão do PT”, ele foi o primeiro a reagir com oportunismo. Propôs publicamente a Lula que desistisse do segundo mandato. Cara de pau! Lembra o senador Aécio Neves, agora apoiando oimpeachment após ser derrotado nas urnas por Dilma Rousseff.
Proposta ainda mais indecorosa FHC fez, em 1988, ao então presidente José Sarney, em torno dos debates da Constituinte sobre a duração do mandato presidencial. Quem conta é o advogado Saulo Ramos (1929-2013), consultor-geral da República e ministro da Justiça do governo Sarney, no livro Código da Vida.
O então senador FHC levou ao presidente a proposta, aprovada na Comissão de Sistematização, pela implantação do sistema parlamentarista. Sarney objetou e Saulo Ramos deu uma aula de direito constitucional ao senador, e ouviu dele o que chama de “a espantosa frase textual”: “Eu não entendo nada de direito constitucional, mas entendo de política”.
Com a bola na marca do pênalti, Sarney fez o gol: “Eu entendo dos dois (…) o que vocês querem é desestabilizar o atual governo, sem pensar no Brasil e nas consequências desse gesto”.
Sarney saiu da tocaia. FHC não mudou.
Blog do Gerson Nogueira 
Levando em conta que em todos os governos do Brasil desde quando éramos Colonha portuguesa onde o rei português mandava para Ka aquelas malas sem alça para governar essas terras maravilhosas que encantou e apaixonou o poeta Gonçalves Dias, e com essas malas vinnam corruptos e corrompidos administrar o Brasil só com intenção de enriquecimento ilícito e não fizeram nada, absoleutamente nada para que fóssemos no futuro uma potência mundial ou país rico. Depois veio a repûblica, governos militares e continuaram a onda de corruptos enriquecendo ilictamente e deixando o Brasil a deus dará, sem terem também feito nada para melhorar a situação Brasil. Aí entra a “democracia” onde tivemos logo no início uma surpresa mais que desagradável em termos de corrupção e enriquecimento ilícito, com o empiechment de um presidente muito votado eleito pelo povo e execrado pelo próprio povo por motivo de corrpção. botando na balança tudo isso e pesando prós e contra de governos que se sucederam no Brasil nesses mais de 500 anos de vida, EU AFIRMO COM MUITA SATISFAÇÃO QUE O GOVERNO FHC FOI ATÉ AGORA O MELHOR GOVERNO DE TODOS OS TEMPOS NO BRASIL, ONDE O LADO BOM FOI O CONTROLE DESSA INFLAÇÃO SEVERA QUE DESTROI VIDAS E DEIXA A POPULAÇÃO MUITO DESIGUAL COMO OCORRE HOJE, PORQUE UMA INFLAÇÃO SEM CONTROLE, SO QUEM SE DÁ BEM SÃO OS PODEROSOS VENDEDORES DE PRODUTOS E SERVIÇOS, INDUSTRIAIS , DONOS DE BANCOS E AGENCIAS FINANCEIRAS, os quais vendem seus produtos muito caro, pagam uma merreca para seus funcionários, exploram tudo que podem, e deixam o pobre mais pobre ainda para não dizer na miséria. E FHC pegou pesado contra essa inflação, onde pudemos durante um bom tempo respirar aliviados, onde chegávamos nos supermarcados e feiras livres para comprar 6 meses depois os mesmo produtos de 6 meses antes. Hoje isto é humanamente impossível. NO TEMPO DO FHC(PLANO REAL) NÃO AUMENTAVA NOSSO SALÁRIO….MAS PRODUTOS, SERVIÇOS E FINACIAMENTOS A JUROS ALTOS TAMBÉM NÃO. nO TEMPO DO FHC NOSSA MOEDA CHEGOU A FICAR TÃO FORTE QUE POR UM MOMENTO CHEGAMOS A FAZER CONCORRÊNCIA AO DÓLLAR. MAS HOJE ESTÁ ESTAMPADO NAS PÁGINAS DOS JORNAIS DO MUNDO INTEIRO: “”O REAL BRASLEIRO É A MOEDA QUE MAIS DESVALORIZOU NO MUNDO E CONTINUA EM BAIXA”
MEU DEUS, ISTO É MUITO TRISTE, E DE QUEM É A CULPA MINHA GENTE,???? GERSON E DEMAIS MAIGOS ME RESPONDAM PORQUE SOZINHO NÃO ACHO ESSA RESPOSTA.
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Concordo com vc Nélio! Só não enxerga quem não quer, ou usa óculos BEM ESCURO…
Fora governo cheio de CORRUPÇÃO…
Daqui a pouco estamos com lamparinas na mão, vagando pelas ruas feito zumbis, e talvez nos alimentando de carniça.
Como poderemos sobreviver com estes preços de energia, combustível e alimentos?
Fora o RESTO…
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Interessante… Até onde sabemos, FHC nunca combateu qualquer indício de corrupção em seu governo, mesmo porque atuou sistematicamente em muitas situações obscuras, como na emenda de sua reeleição ou nas privatarias. Agora, com Dilma enfrentando a corrupção, vêm esses mesmos senhores acusá-la de corrupta e pedirem, com apoio da velha mídia, o seu impeachment. Só rindo mesmo… E lamentando.
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É o que eu digo sempre. Ao contrário de todos os outros governos, este não empurra seus erros para baixo do tapete. Dilma já disse: a ordem é investigar, doa a quem doer. Nunca se viu isso no Brasil e, graciosamente, o governo que mais apura é atacado pelas forças de direita que sempre mascararam a corrupção.
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