Papão retoma treinamentos (by Mário Quadros)

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O passado é uma parada…

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Johnny Cash se apresenta para os presos da penitenciária Folsom, em janeiro de 1968.

Ana Moser e o posicionamento dos atletas

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Por Pedro Zambarda de Araújo 

Ana Beatriz Moser, a “Aninha”, tem 46 anos e é ex-jogadora de vôlei medalhista de bronze nas Olimpíadas de Atlanta em 1996. Participou de outras competições famosas, como os Jogos Pan-Americanos e o Campeonato Sul-Americano. Atualmente é presidente do Instituto Esporte & Educação e da ONG Atletas pelo Brasil.

No dia 27 de outubro, logo após a reeleição de Dilma Rousseff, Ana postou o seguinte em seu Twitter: “Profundamente ENVERGONHADA com o papelão de alguns atletas do meu voleibol. Espalham ódio, preconceito e falta de respeito pela democracia”.

Ela estava se referindo a colegas como Sheilla Castro, Lucão e Nalbert. Os três reclamaram da corrupção e da Bolsa Família que cresceu junto ao governo do PT. Lucão chegou a mandar o PT “se fuder [sic]”.

Ela falou com o DCM sobre esporte, política e falta de educação.

Ana, a que você atribiu as manifestações de seus colegas?

Eu acho que há agressividade dos dois lados. Acredito que se tivesse ocorrido o contrário, se Aécio Neves tivesse ganhado, ao invés de Dilma, as pessoas também estariam agressivas do lado do PT. De uma maneira geral, eu acho que a gente nunca participou tanto de uma decisão política quanto dessa. Isso é positivo, não é? O que é importante é ter a noção do que é a força de declarações de pessoas públicas, como são meus colegas.

Como eles deveriam se portar, então?

Não estou defendendo que não se possa ter uma opinião favorável a um lado ou ao outro, a questão é a maneira como se colocam as posições políticas. Depois das eleições, você não pode continuar com determinadas posturas como se fosse a final de um campeonato. Você se recolhe porque é um processo eleitoral democrático. A partir do momento que sai o resultado, nós continuamos num mesmo país. Quem tem o aval da opinião pública precisa saber disso. Faltou consideração e houve muito imaturidade dessas pessoas.

O que você achou do processo eleitoral como um todo? Foi boa essa competição acirrada?

O processo eleitoral tem melhorado e as pessoas não se contentam mais apenas com promessas. Elas querem entender um pouco mais e ter respostas mais concretas. Há uma evolução do Brasil nesse processo eleitoral. O resultado apertado tornou tudo mais rico para o país de uma maneira geral. Não tem como negar, neste momento, que o eleitor está mais exigente. Ele está, além de ter um preparo melhor. Estamos mais maduros. Os políticos tem que se esforçar cada vez mais para dar respostas a altura. Os governantes precisam de maior transparência, honestidade, bons projetos, continuidade, criando melhores respostas. Ser um político no Brasil está se tornando uma carreira cada vez mais exigente.

O governo Dilma precisa tomar iniciativas mais contundentes contra a corrupção, apoiando iniciativas como o Bom Senso F.C.? 

Um número grande de leis e programas em prol do esporte foi implementado nos governos do PT. O ministério do Esporte foi criado na gestão do PT. E neste período nós ganhamos o direito de realizar os dois maiores eventos do setor no mundo, a Copa, que já foi, e a Olimpíada. Se não houvesse seriedade, um deles não teria sido concretizado. Por isso, a área de esportes teve avanços com o PT, apesar de ter muito o que melhorar e avançar.

Ainda faltam organização e democratização do acesso, coisas que trabalhamos no Instituto Esporte & Educação. Estamos trabalhando para que o país avance sobretudo nas escolas públicas, oferecendo um conjunto de esportes com qualidade. Queremos um acesso para prática esportiva para a população em geral. O principal é chegar a organizar o esporte no país em um sistema nacional. Essa é a questão-chave para estruturá-lo no país, para ir além de grandes eventos como a Copa do Mundo. Precisamos abrir diálogo nesse caminho de estruturação, sem pensar só nas equipes olímpicas. Esperamos que o novo governo continue com isso.

Quais críticas você tem ao PT ou ao PSDB?

Não tenho tantas críticas aos dois partidos e acho que a visão das pessoas depende de suas referências na política. A motivação para o PSDB entrar num governo federal seria para mudar radicalmente as coisas. Por outro lado, a continuidade do PT assegura o avanço de bons programas. Falar mal de um ou do outro depende da sua visão do mundo. Não me considero uma especialista em economia apontar as diferenças entre os dois governos.

Repito que a área de esportes teve avanços com o PT, mas eu respeito o pensamento divergente a este governo. Eu tolero o argumento e o pensamento diferentes. O debate feito da maneira correta é o que leva o país para frente, não o discurso do “isso daí não presta”. Tirar o PT pela alternância do poder e manter o governo paulista não faz muito sentido na minha cabeça.

Viva Mané, Alegria do Povo!

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Mané Garrincha, a Alegria do Povo, se vivo fosse, estaria comemorando hoje 81 anos de idade. Aqui uma singela homenagem deste botafoguense ao mais espetacular e endiabrado ponta que o futebol já viu.

Árbitro pernambucano para Papão x Mogi

77922_verticalO árbitro Emerson Luiz Sobral (CBF 2), de Pernambuco, será o apitador do jogo Paissandu x Mogi Mirim (SP) no próximo sábado, às 16h, no estádio Jornalista Edgar Proença. A partida vale pela semifinal da Série C 2014. O nome do pernambucano foi confirmado na manhã desta terça-feira pela Comissão de Arbitragem da CBF. Seus auxiliares são Clóvis Amaral da Silva (PE) e Valdebrânio da Silva (RO). Será o 22º de Emerson no Campeonato Brasileiro, e o segundo pelo Campeonato da Terceira Divisão. É a primeira vez que ele apita jogo de um clube paraense em 2014.

Aécio recebeu telefonema dizendo que estava eleito

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Viralizou a informação de que por volta das 19:30 de domingo o apartamento de Andreia Neves em Belo Horizonte estava em festa. Segundo o que emergiu, naquela hora Aécio recebeu um telefonema em que alguém lhe dizia que já estava com mais da metade dos votos válidos e já poderia ser considerado Presidente da República.

Sua filha Gabriela, sempre de acordo com o relato, fora as pressas para BH assim que soube que o pai abrira uma larga vantagem por volta das 17:40.

FHC ao tomar conhecimento da notícia já estava com tudo pronto para ir para Belo Horizonte.

No apartamento de Andreia o clima era de êxtase: abraços de parabéns pela sala e selfies com o novo presidente.

A festa foi subitamente interrompida as 19:32. Dilma tinha virado. (Da Carta Capital) 1376997_10152340936157484_4108965018695348470_n-450x600

Blatter admite erro na escolha do melhor da Copa

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Durante evento relacionado à Copa do Mundo de 2018, sediada pela Rússia, Joseph Blatter, presidente da Fifa, admitiu nesta sexta-feira que a escolha de Lionel Messi para o prêmio de melhor jogador da Copa de 2014 foi um erro. O dirigente acredita que o atacante argentino não deveria ter sido eleito.

“Considero essa decisão como incorreta. Fiquei surpreso quando soube da escolha do comitê. Pelo que me disseram, analisaram somente dez jogadores que disputaram a final da Copa do Mundo”, declarou o cartola, que, em outras oportunidades, revelou que Manuel Neuer era sua escolha pessoal para a honraria.

Na eleição, Thomas Muller, vice-artilheiro do Mundial, ficou com a segunda colocação, sendo seguido pelo atacante Arjen Robben, que ficou com a terceira colocação. Sua seleção, a Holanda, acabou ficando com o terceiro lugar geral da competição. (Da ESPN)

A lição de Dilma em vitória histórica

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Por Paulo Moreira Leite

Para se tentar fazer uma ideia do futuro político do Brasil até 2018, é preciso, num exercício de humildade, tentar compreender o que ocorreu em 26 de outubro de 2014.

Num esforço para enfraquecer o segundo mandato de Dilma Rousseff antes mesmo do início do segundo mandato, procura-se usar os números da apuração do segundo turno para escrever a profecia de um governo frágil, pré-condenado ao fracasso e à desorientação. A vantagem de 3,2% sobre Aécio Neves – ou 3,4 milhões de votos – é uma das menores da história da república mas ninguém tem o direito de fingir que não sabe o que aconteceu em 26 de outubro de 2014, marco de um evento histórico.

Ao lado de Lula, com direito a voz própria, Dilma dará continuidade a um projeto político de pelo menos 16 anos. É um período mais longo do que o primeiro governo de Getúlio Vargas, iniciado com a revolução de 1930 e, após períodos democráticos e autoritários, encerrado em 1945. A ditadura militar de 1964 durou 21 anos. Foi iniciada por tanques e baionetas, encerrando-se com vaias e gritos de revolta. Seu último general-presidente deixou o Palácio pela porta dos fundos. Terceiro mais longo período político desde o Segundo Reinado de Pedro II, o governo Lula-Dilma é o único que sempre se apoiou na soberania popular e no voto do povo.

Dilma foi vitoriosa ontem depois de enfrentar o mais selvagem massacre político de nossa história republicana. Como o Manchetômetro não deixa mentir, a campanha foi uma avalanche de notícias tendenciosas sobre economia, sobre as alianças políticas do governo, sobre a fidelidade de Luiz Inácio Lula da Silva. Tivemos uma guerra suja que pregava o boicote à Copa do Mundo para desmoralizar a presidente e impedir a reeleição. Tivemos cenas explícita de arrogância internacional contra ao governo, liderada pela Economist e pelo Financial Times, que definiu a sucessão presidencial como uma “guerra, a batalha final pelo controle da sétima economia do mundo.”

Ao longo da campanha eleitoral, manobras especulativas da Bolsa de Valores se sucederam num espantoso grau de cálculo eleitoral e perversidade. Dilma encarou uma delação premiada cronometrada para jogar o esquema da Petrobrás no colo do governo assim que o eleitorado estivesse a caminho das urnas, e os depoimentos mais graves pudessem ser divulgados em ambiente de escândalo e desgaste. Há poucos antecedentes, na história das democracia civilizadas, de uma operação destinada a interferir de forma tão descarada na vontade do eleitor como a reportagem de capa da revista Veja (“Eles sabiam de tudo”) publicada num ambiente de provocação, ódio e mentira, quando vigorava a Lei do Silêncio que antecede uma votação.

Campanha incomum, a vitória de Dilma permite poucas comparações úteis. A mais apropriada possivelmente tenha ocorrido há 59 anos. Em 1955, quando as eleições se resolviam num único turno, Juscelino Kubitscheck foi vitorioso com 35,6% dos votos. O udenista Juarez Távora ficou com 30,2%. Em 5 de outubro de 2014, Dilma passou pelo primeiro turno por uma diferença de 9 pontos: 41,5% dos votos contra 33,5% para Aécio Neves. A ausência absoluta de compromissos democráticos dos adversários de JK permitiram que o novo presidente tivesse um início de governo traumatizante e acidentado, inclusive por duas tentativas fracassadas de golpe militar. Enfrentando todas essas dificuldades, Juscelino entrou para a história como um dos grandes presidentes brasileiros.

Num país onde o exercício político é criminalizado cotidianamente, alimentando narrativas de corrupção, intrigas e trapaças que ajudam a esconder os verdadeiros interesses de política econômica e partilha da renda disponível em disputa, Dilma deixou claro aonde se encontrava. Não fez isso em exercícios de grande oratória – que nunca possuiu nem possuirá – nem em lances espetaculares de marketing, que só funcionam quando conseguem dialogar com a realidade. Foi vitoriosa porque podia falar em nome de um governo que, com altos e baixos, chuvas e trovoadas, não se afastou dos interesses das grandes maiorias do mundo do trabalho, do salário e do emprego, da periferia. Foi a realidade dessas pessoas, que derrotou os profetas do apocalipse. Essa é a mensagem da vitória de ontem. Tão antiga e tão atual como o primeiro governo Lula.

A presidente liderou a campanha do princípio ao final. Sua vantagem só foi questionada em períodos de curta duração, que refletem episódios específicos da campanha – a súbita chegada de Marina Silva, a arrancada de Aécio no final do primeiro turno – que jamais colocaram em questão a superioridade política do governo perante os adversários. Doze anos após a chegada de Lula-Dilma ao Planalto, está claro, muito claro, que nem o pais nem o PT chegaram perto de ter descoberto a formula do governo perfeito. Mas comprovou-se que seus adversários pouco têm a dizer à maioria dos brasileiros, num silêncio que aumenta na mesma proporção que se desce na pirâmide social. Num desses momentos de humor que permitem o relaxamento após uma vitória dramática, os petistas se divertiam, na noite de ontem, com a notícia de que o eleitorado que deu a Aécio Neves sua maior vantagem reside em Miami.

Se pudesse contar com adversários leais, capazes de respeitar as regras do jogo democrático e travar o combate político em termos duros e mesmo radicalizados, mas dentro de limites aceitáveis, Dilma teria obtido uma vantagem numérica maior. Perdeu entre dois ou quatro pontos – você escolhe o instituto de sua preferência – no mínimo, no jogo sujo que teve início na sexta-feira. Isso é o que mais irrita, hoje, e preocupa, quando se olha o futuro. Tentar enxergar a vantagem de 3,4 milhões de votos de ontem como uma demonstração da falta de apoio à presidente é uma forma de encobrir as responsabilidades por um golpe midiático iniciado 48 horas antes da votação e que produziu efeitos, no número de abstenções, de indecisos, até o fechamento das urnas. Sem exagerar no mau humor num momento de celebração, não custa lembrar que o esforço para apagar seus próprios erros e desvios é um traço marcante dos adversários do governo, não é mesmo?