Em mais um capítulo do conflito que se arrasta entre Atlético-MG e Governo federal, o clube teve penhorados os seus direitos de crédito com a Globo em decisão publicada nesta quarta-feira pela 26ª Vara Federal. Não é esse detalhe, no entanto, que chama a decisão: ao encaminhar a execução do total de R$ 109.651.302,49 milhões, foram localizados em contas bancárias alvinegras somente R$ 2.015,00.
Perguntado a respeito pela reportagem do ESPN.com.br, funcionários do campeão da Libertadores de 2013 argumentaram que a situação pode ser explicada pelo fluxo de casa de fim de mês.
Com dinheiro escasso em nome do Atlético-MG, o Governo pediu, então, a penhora de toda a receita que o time recebeu ou venha a receber por conta dos direitos de transmissão do Brasileiro renovados recentemente pelo triênio 2016-2018 e que se encontram no centro de uma discussão envolvendo a própria Globo e outros clubes. Descontente com as cifras que recebe, o presidente Alexandre Kalil acredita que a solução pode ser o pay-per-view.
O Galo fatura atualmente cerca de R$ 70 milhões com as cotas.
Os números de vendas de seus pacotes de PPV, por outro lado, seguem crescendo e ele ocupa hoje o terceiro lugar entre os mais comprados, com uma arrecada que ultrapassa os R$ 40 milhões.
A princípio, segundo o diretor de planejamento alvinegro Rodolfo Gropen não existe motivo para se preocupar com o bloqueio da receita de TV atleticana pela Vara Federal. Com a entrada do clube no Refis (programa de refinanciamento de dívidas fiscais do Governo), a decisão publicada nesta semana não teria efeito e seria ‘derrubada’ assim que os responsáveis pelos órgãos forem notificados do acordo com a Fazenda Nacional.
Ele permitiu a redução das dívidas da equipe de R$ 270 milhões para a R$ 190 milhões com pagamento antecipado de R$ 25 milhões e divisão dos R$ 165 milhões em 180 parcelas.
“Como aderimos ao Refis na segunda-feira, estamos em situação absolutamente regular com as nossas obrigações tributárias e aguardamos apenas essa comunicação interna para que todas essas cobranças sejam suspensas”, explica Rodolfo Gropen aoESPN.com.br.
Segundo o dirigente, o Atlético-MG entrou com uma petição comprovando a sua habilitação ao Refis em todas as execuções federais – incluindo a da 26ª Vara – que tramitam em desfavor do clube. Seria uma questão de tempo para que cada juiz tomasse conhecimento do acordo e, assim, desfizesse as penhoras.
A reportagem escutou de funcionários do Governo em Brasília que as execuções determinadas antes da entrada de cada uma das equipes no programa federal prosseguem mesmo com o acordo.
Com o bloqueio de suas receitas e problemas de caixa, o presidente Alexandre Kalil reclamou e confirmou recentemente o atraso de um mês de salário na Cidade do Galo.

Demais clubes brasileiros estão em situação semelhante, inclusive alguns que se alardeiam “ricos”. Estão todos falidos e carregados de dívidas.
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Quem disse o contrário, Jorge?
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Keep Calm!
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E não eram os times grandes mineiros exemplos de administração bem sucedida? E como vão as finanças estreladas?
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É por isso que vou continuar defendendo, a venda dos nossos clubes falidos, os aproveitadores não largam o osso. Te dizer!
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