Hoje é dia de Kaká

Por Juca Kfouri

Kaká volta hoje à seleção brasileira. Pode ser apenas mais uma frustração, mas pode ser o começo da salvação da lavoura.

Por que não?

Ao contrário da situação em que se encontrava na Copa do Mundo passada, quando correu sério risco de encerrar a carreira por jogar no sacrifício, agora todas as informações dão conta de sua recuperação total. Falta apenas ritmo de jogo, algo que José Mourinho teima em não lhe proporcionar.

Em 2010, neste espaço, foi escrito, com admiração e preocupação, que Kaká arriscava tudo para jogar na África do Sul, e que mesmo assim ele desequilibrava. A exposição de seu problema o levou ao destempero de acusar o elogio e a notícia como perseguição religiosa, ele que era fervoroso adepto da bispa Sônia e do apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer.

Era, não é mais.

Como não era verdade que houvesse qualquer outra intenção que não a de informar –e, eventualmente, alertá-lo para as consequências de seu esforço desumano.

O resto da história também é sabido. Kaká voltou à mesa de cirurgia, o cirurgião que o operou confirmou que ele esteve a ponto de ter de encerrar prematuramente a carreira, e o craque, que já foi o número 1 do mundo, teve longo e duro período de convalescença.

Vê-lo hoje, mesmo contra o Iraque, na cidade sueca de Malmö, ao lado de Neymar, pode significar a reconquista, adiante, do respeito que a seleção perdeu pelo mundo afora. E é o que todos esperamos.

Oremos. Amém.

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