Dia: 18 de outubro de 2012
Mesmo sem divisão, Leão tem mais público
Apesar de estar sem divisão e sem jogar desde 9 de setembro, o Clube do Remo tem melhor média de torcida em jogos do Campeonato Brasileiro que o Paissandu. É o que mostra levantamento feito pelo jornalista Rodolfo Brito, que fez cálculos baseados nos borderôs da CBF com os públicos de jogos das quatro divisões nacionais. Em cinco jogos do Brasileiro da Série D, o Remo levou 61.379 torcedores aos estádios, com média de 12.276. Desse modo, o Leão ocupa a 15ª colocação no ranking das torcidas. Já o Paissandu, em oito jogos no Brasileiro da Série C, atraiu 72.652 torcedores, com média de 9.457 pagantes. Com esses números, o Papão aparece na 22ª posição do ranking.
O Águia de Marabá confirma a tradição de time sem torcida. Em oito jogos em casa, no estádio Zinho Oliveira, o Azulão levou apenas 7.773 torcedores, ficando com média de 972 pagantes por jogo. A equipe marabaense ocupa a 62ª colocação do ranking. O campeão nacional entre torcidas é o Corinthians, com média de 25.228 pagantes. O Santa Cruz, na Série C, ocupa o segundo lugar com 24.347. Mas o grande fenômeno da temporada é a torcida do Sampaio Corrêa-MA, finalista da Série D, que arrastou aos estádios uma média de 16.977 pagantes, posicionando-se em 6º lugar no ranking de público. (Com informações do DOL; Fotos: MÁRIO QUADROS/Arquivo Bola)
Até Efeagá critica direitismo de Serra
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem criticado duramente a campanha do tucano José Serra à prefeitura, especialmente o flerte do candidato com o que chama de setores conservadores. Segundo tucanos, FHC lamenta, por exemplo, a aliança de Serra com os opositores da cartilha anti-homofobia produzida na gestão de Fernando Haddad à frente do Ministério da Educação. Presidente de honra do PSDB, FHC alerta os aliados para o risco de Serra sair desta eleição com o rótulo de conservador após a exploração de temas como o kit contra a homofobia e o aborto – questão que abordou na sua campanha à Presidência em 2010. FHC também se queixa da resistência de Serra a conselhos, como o de levar o senador Aécio Neves à propaganda eleitoral já no primeiro turno numa tentativa de afastar os rumores de que, se eleito, deixaria a prefeitura para concorrer à Presidência.
FHC não é o único contrariado com os rumos da campanha. Amigo de Serra, de quem foi vice na chapa para o Palácio dos Bandeirantes em 2006, o ex-governador Alberto Goldman diz que não alimentaria o debate sobre o assim chamado “kit gay”. “Não foi Serra quem abordou. Mas, se fosse ele, não responderia. Diria que não tem nada a ver com a eleição para a prefeitura”, disse.
Ministro da Justiça no governo FHC, José Gregori também demonstra desconforto com o tema. Segundo ele, a opinião de apoiadores de Serra, como o do pastor Silas Malafaia, não retrata a do próprio candidato. Mas, numa campanha eleitoral, diz, essas discussões afloram. “O velho Serra, nesta altura da vida, não mudou”, diz. Segundo a primeira pesquisa Ibope para o segundo turno em São Paulo, o petista Fernando Haddad tem 49% das intenções de voto contra 33% de José Serra. (Da Folha de S. Paulo)
Kit Serra
Por Janio de Freitas
Os incidentes entre José Serra e repórteres multiplicam-se. O repórter brasileiro está entre os mais mansos. Mesmo quando suscita tema delicado, mantém-se distante, muito distante, dos modos incisivos dos repórteres americanos e europeus, que não admitem a função profissional condicionada a cuidados com ares hierárquicos, muito menos a ares intimidatórios.
José Serra conviveu bastante em jornal, no grupo de formulação de editoriais da Folha. Como político, pôde ver a maneira quase dócil do repórter brasileiro na abordagem e na relação funcional com políticos, empresários de porte e ocupantes de cargos de relevo em governo. Como frequentador de redação, José Serra pôde ver que a transposição do trabalho dos repórteres no jornal depende do trabalho interno de edição. Este, sim, definidor dos realces, do tom, das localizações, do uso de fotos (e das legendas do tipo “Fulano segura um copo”, para a foto do fulano segurando um copo).
Apesar daquelas oportunidades de aprendizado e compreensão, José Serra mantém um clima hostil e intimidatório na proximidade de repórteres. Daí seguem-se agressões verbais em direção errada e às quais não falta um componente de covardia, dada a improbabilidade da resposta adequada.
Mas é indispensável reconhecer que os jornalistas não são alvos exclusivos da agressividade verbal de Serra. Sua prometida campanha na base de paz e amor é mensurável pela sucessão de artigos que cobram menos ataques pessoais e alguma abordagem de temas paulistanos. Nessa deformação da campanha Fernando Haddad tem sua cota de responsabilidade.
Se Haddad tem ideais a propor a São Paulo, não se justifica que adira à troca de agressões alheia à razão de ser de eleições. Não falta matéria-prima –na campanha, na política, na vida– para uns dois tarugos que deem resposta a Serra, e pronto. A partir disso, é olhar para o que interessa ao eleitor.
A tentativa de homicídio verbal é própria de campanhas eleitorais. Mas desde que seja em torno de posições quanto aos problemas preocupantes do eleitorado, desde que se dê motivada pelo confronto conservadorismo administrativo (predominante em São Paulo) ou de buscas inovadoras. Chega de jogo sujo nas campanhas. Rebaixá-las assim é trapaça.
Não tenho capacidade de imaginar como é a cabeça de um prefeito e a de governador que esbanjam fortunas em festividades, obras de engodo, dia disso e daquilo, futebol, tudo onde “a espera por atendimento de um endocrinologista é de dez meses”, “pacientes reclamam que exames mais específicos, como densitometria, chegam a demorar até dois anos”, revelação do jornalista Nilson Camargo sobre medicina em certas áreas da capital (Folha, pág. A2, 13/10/12).
A meu ver, não menos doentes do que tais necessitados são o prefeito e o governo de sua rica São Paulo. Mas doentes de outros males. Cabeças razoavelmente sensatas, ou medianamente sadias, não tolerariam desperdiçar nem um minuto e nem um centavo dos seus poderes enquanto não exterminassem realidades revoltantes como a da perversidade exposta por Nilson Camargo.
Diante disso, a disputa eleitoral em São Paulo-capital volta a ser submetida ao “kit Serra”, composto de insultos, desdizer-se, agressões verbais e mania de perseguição.
Cabra bom. Mestre Janio sempre arrebenta…
Aldivan será operado para retirar tumor do cérebro
O lateral-esquerdo Aldivan, 36 anos, foi atendido na noite desta quarta-feira no hospital do Pronto Socorro Municipal, com fortes dores na cabeça. Inicialmente, pareciam sintomas de um AVC (acidente vascular cerebral), mas depois foi diagnosticada a existência de um tumor no cérebro. Aldivan defendeu o Remo no Campeonato Paraense e na Série D. No Parazão, foi vítima de uma agressão (pelo volante Alexandre Carioca) no jogo contra o Águia, em Marabá, recebendo um golpe nas costas com um suporte de máquina fotográfica.
Aldivan sofreu uma convulsão no final da tarde de quarta-feira e ficou internado no Pronto Socorro da 14 de Março, em Belém, até o começo da tarde desta quinta-feira, quando foi transferido para uma clínica particular, onde terá de passar por uma microcirurgia para a retirada do tumor. O estado do jogador é estável. Em nota, a assessoria de imprensa da Sesma (Secretaria Municipal de Saúde) informa que Aldivan “foi cadastrado na central de leitos para realizar o procedimento em outro hospital especializado”.
Segundo a esposa de Aldivan, Rosalete Soares, ele se sentiu mal após o almoço na quarta-feira. Não conseguia sentir o lado direito do rosto. Em seguida, teve uma convulsão. Levado ao PSM, foi feita uma tomografia, que eliminou a possibilidade de AVC. O ex-jogador e vereador Vandick Lima providenciou a transferência de Aldivan para o Hospital da Beneficente Portuguesa, já que o PSM não tem estrutura para realizar a retirada do tumor. Aldivan jogou pelo Fortaleza-CE, pelo Paissandu, Águia e Remo.
A frase do dia
“O Supremo quer mudar a maneira de fazer política no Brasil. Ótimo, maravilha! Óbvio que tinha que começar com o PT. Então, agora para ser condenado no Brasil basta ser preto, puta, pobre e petista. (…) O PT está virando o Brasil de cabeça para baixo, está colocando uma mulher na presidência, um negro na presidência do STF, tirando 40 milhões da pobreza, fazendo um cara que sai do Bolsa Família, do ProUni, fazer mestrado em Harvard, ter os primeiros lugares do Enem. Como é que um operário sem dedo, semianalfabeto, faz isso que nunca fizeram?”.
De José de Abreu, ator.