Enfim, um tapa no jornalismo engraçadinho

A reação espontânea do jogador Barcos à atuação circense do repórter Léo Bianchi, da Rede Globo, foi exemplar. Com a postura típica de atletas conscientes de seu papel, Barcos enquadrou o “jornalista global”. Há de se escolher – e a Globo parece já ter feito essa escolha – entre praticar jornalismo ou entretenimento. E, numa entrevista coletiva, em que os atletas evidentemente não estão respondendo questões por livre e espontânea vontade, o profissional de imprensa deve se portar como tal. Lugar para ser engraçadinho é o que não falta, e programas voltados para isso, também. Muitos atletas, por vezes, caem nessas pegadinhas sem graça, e fingem gostar, temerosos de serem vítimas de perseguições futuras.

Com tantos assuntos a serem tratados e questões a serem esclarecidas, o jornalista “João Sorrisão” se dá ao direito de “brincar” com quem nem ao menos foi apresentado, evidenciando o nível paupérrimo da  cobertura esportiva na TV brasileira. Sem conteúdo, e pouco se importando em esclarecer a verdade, preocupada apenas em criar factóides e comédias que possam, eventualmente, transformar o mundo esportivo e, por vezes, o submundo, no “global” país das maravilhas. (Com informações do Blog do Paulinho)