Por Fernando Gonzaga
Neste 11 de fevereiro completa-se 16 anos da morte do maior artilheiro da história do Botafogo de Futebol e Regatas, “o artilheiro que não sorria”, Quarentinha. Waldir Cardoso Lebrego nasceu em Belém do Pará e no futebol herdou o apelido do pai, Quarentinha. Começou sua carreira no Paysandu e depois passou pelo Vitória da Bahia até chegar ao Botafogo em 1954. Craque, dono de um petardo de canhota capaz de meter medo em qualquer goleiro. Quarenta costumava não comemorar seus gols por mais belos que fossem, pois julgava que não era mais do que sua obrigação empurrar a bola nas redes adversárias. Fez sua estréia em 26 de junho diante do São Paulo em uma vitória por 5 a 1, onde anotou seu primeiro gol com a camisa alvinegra. Foi duas vezes campeão carioca e duas vezes campeão do torneio Rio-São Paulo, entre tantas outras conquistas em torneios internacionais.
Quarentinha fez parte de um dos melhores times que já vestiu a camisa alvinegra, atuando ao lado de Garrincha, Amarildo, Didi, Nilton Santos, Zagallo, entre tantos outros. Pela Seleção Brasileira atuou entre 1959 e 1961, mas com problemas nos joelhos (meniscos, como se dizia) o tiraram da Copa de 1962. Fez 313 gols com a camisa do glorioso, 488 ao total na carreira, e ostenta até o hoje a invejável média de um gol por jogo pela Seleção tendo marcado 17 vezes em 17 partidas. Em 1956 foi emprestado ao Bonsucesso, por desavenças com a diretoria, mas um ano depois retornou permanecendo até 1964. Depois seguiu para o futebol colombiano onde atuou por Unión Magdalena, Deportivo Cali e Atlético Júnior até regressar ao Rio de Janeiro em 1968 para jogar pelo Olaria.
Até 1970, antes de pendurar as chuteiras, passou por extintas equipes catarinenses como América de Joinville, Hercílio Luz e Almirante Barroso. Em 1995, acompanhou fervorosamente a campanha do título brasileiro do Botafogo, mas antes mesmo das finais foi internado por causa de um derrame. A saúde do impiedoso goleador nunca mais seria a mesma. Semanas depois teve um enfarte, até que em 11 de fevereiro de 1996 Quarentinha sofreu parada cardiorrespiratória.
(Recomendo a leitura de “O artilheiro que não sorria”, de Rafael Casé)
Mais um bicolor ilustre.
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Quarenta era o apelido do pai do Quarentinha, não alcancei os dois
mas ouvi depoimentos tecnicamente categoticos a respeito deles.
Sôbre o pai (Quarenta) louvo-me das informaçõrs do meu tio (Simeão) que com ele jogou no Paysandu e enfrentou-o quando goleiro do Remo e da Tuna. Quarenta chutava com as duas. e o filho era magistral com a canhota.
Brincalhão, Garrincha dizia que os seus cruzamentos tinham como
referencia o cabeção do Quarentinha.
Quarentinha morreu pobre, apesar de ter pegado em boa grama nos seus aureos tempos de \Botafogo. Houve outro Lebrego que bruihou entre nós, refiro-me ao Valmir, meiuca da Tuna e depois do Remo e que também deixou saudades.
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Sem dúvida um dos maiores craques já nascidos nessa abençoada terra. Cresci ouvindo comentários do meu velho, bicolor e botafoguense, a respeito do grande Quarentinha. Salvo engano, em sua passagem pelo Vitória-Ba, ele também foi artilheiro do Baiano.
Eu gostaria muito de ler o livro que conta sua trajetória nos gramados, mas infelizmente, quando encontro site de editora ou loja virtual que o venda está sempre com edição esgotada.
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esse tipos de caques do passado na epoca tinham pouco amparo nutricional, fisico, tecnico, medico e fiananceiro e midiatico por parte dos clubes iguais aos atletas de hoje, mas jogavam um futebol de primeira qualidade, em qualquer tipo de campo ou estadio com grama ou sem grama , sol ou chuva. Eles sim jogavam com amor à camisa e quando a beijavam eram beijos sinceros. Médico para eles era só em casos mais graves, porque dificilmente se contundiam e em muitos casos os otimos massagistas da epoca resolviam a situação. Motins por salários atrasados eram quase impossíveis porque os caras jogavam com vontade e faziam do futebol mais uma forma de lazer que uma profissão. Mas é hoje com todo esse aparato técnico, físico , médico, financeiro e midiatico o que o corre? ocorre que o amor pela prática do bom futebol cedeu lugar para o amor ao dinheiro. A sinceridade do beijo a uma camisa so dura até um mês de salário atrasado depois ja era. a pujança, a vontade, a garra e destemor daqueles craques do passado cederam lugar para os fricotes de atletas de hoje ( brinquinho, tatuagem, perna raspada, cabeleira de doido, chuteira colorida). O preparo fisico exuberante daqueles craques hoje cedeu lugar para os medicamentos, os polivitaminicos e em alguns casos até para os entorpecentes se não o craque de hoje não joga mesmo.
Moral da história: Ainda tem gente que tem a petulância ou a insignificância de comparar O Rei Pelé com Messi que ainda não ganhou nada em relação ao Rei. E Pasmen, compararar o Rei com Maradona qual foi um jogador polêmico, cheio de problemas e muitas vezes jogou inspirado mas expirado pelas drogas.
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