Depois do jogo, revoltado com o que considerou um erro grave da arbitragem, o técnico João Galvão tentou se aproximar do árbitro Dewson Freitas da Silva, mas foi contido por jogadores do próprio Águia. Não quis falar com os jornalistas, mas gritava que seu time havia sido prejudicado no lance do pênalti sobre Balu, que resultou no terceiro gol remista na partida. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)
Dia: 10 de fevereiro, 2012
Remo passa pelo Águia e reverte vantagem
Por Gerson Nogueira
O Remo finalmente venceu um jogo com autoridade e justiça neste campeonato. Ao derrotar o Águia por 4 a 2, na noite desta quinta-feira, no Baenão, o time reverteu a vantagem que pertencia aos marabaenses na semifinal do turno e – mais importante – se reconciliou com sua torcida. Apesar de repetir erros na articulação de jogadas e no posicionamento dos jogadores, o Leão foi superior durante os dois tempos e mostrou capacidade de reação, virando um placar adverso no final do primeiro tempo.
Nos primeiros instantes, o Remo pressionou intensamente e esteve perto de abrir o placar com Marciano e Fábio Oliveira. A jogada mais inspirada foi finalizada por Balu rente à trave de Alan, complementando tabelinha com Marciano na área do Águia. Até os 20 minutos, os azulinos estiveram mais presentes no ataque, impulsionados pelos passes e lançamentos de Magnum, titular da meia-cancha em substituição a Cassiano, inventado por Sinomar Naves na posição para o jogo contra o São Franco.
Graças à visão de jogo e a forma lúcida de se posicionar no meio-de-campo, Magnum conseguiu organizar o que era normalmente caótico no time. O problema só reaparecia quando as jogadas saíam da defesa pelos pés dos volantes Adenísio e Felipe Baiano, novamente peças improdutivas e que cometeram seguidos erros de passe. A defesa se mantinha protegida porque Alan Peterson se mantinha como um terceiro zagueiro, dando cobertura ao lateral Aldivan pelo lado esquerdo.
O Águia só ameaçou aos 30 minutos em arrancada do meia Flamel, que foi parado com falta junto à linha da grande área. Na cobrança, a bola bateu na barreira. No lance seguinte, aos 32 minutos, Flamel aproveitou o espaço deixado por Felipe Baiano e tocou para Branco, que disparou um tiro cruzado, sem defesa para Adriano. O gol surpreendeu os remistas, que até então tinham o controle da partida. Por alguns minutos, a equipe bateu cabeça e Branco ainda desperdiçou uma boa chance, chutando com perigo da entrada da área.
Aos 38 minutos, Aldivan foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Juan Sosa, que testou para as redes de Alan, estabelecendo 1 a 1 no placar. Empurrado pela torcida que lotava as arquibancadas, o Remo permaneceu no ataque, dificultando a saída do Águia e forçando pelas laterais. Aos 45 minutos, depois que Magnum cobrou falta pela esquerda, o goleiro rebateu a bola para o meio da área e Fábio Oliveira aproveitou para desempatar o jogo.
Com a vitória parcial, o Remo voltou ainda mais disposto a atacar. Magnum aparecia mais adiantado, acionando seguidamente o lateral Balu, que fazia grande partida. Aos 7 minutos, no lance mais polêmico da noite, Balu aplicou um chagão em Rayro e quando ia cruzar foi derrubado na área. Na visão de quem estava no estádio, o lance pareceu faltoso e o pênalti corretamente marcado. Marciano cobrou e ampliou para 3 a 1, aos 7 minutos.
O Águia decidiu então sair da defesa e passou a explorar o buraco no setor de marcação do Remo criado pela saída (por contusão) de Alan Peterson. Para o lugar do volante, Sinomar lançou Igor João, mas a cobertura do lado direito ficou prejudicada e foi por ali que surgiu o segundo gol marabaense. Rayro, que já havia tentado o lance outras vezes, disparou chute forte que Adriano rebateu nos pés de Diogo. Com o segundo gol, o Águia se reanimou e voltou a rondar a área azulina, puxado por Branco e pelas subidas de Rayro.
Mas, em lance rápido pela direita, Balu driblou dois marcadores e centrou para o cabeceio de Magnum, que pegou o goleiro Alan desprevenido. O gol restituiu a vantagem de dois gols e premiou as atuações tanto de Balu quanto de Magnum, fundamentais para a construção da vitória remista. Nos instantes finais, com Reis substituindo a Juan Sosa e Betinho no lugar de Felipe Baiano, o Remo tentou controlar as ações no meio-campo, mas abriu muito espaço para o avanço do Águia. Wando, que substituiu a Valdanes, teve boa atuação, conduzindo as manobras ofensivas e levando constante perigo. (Fotos 1/2: EVERALDO NASCIMENTO; fotos 3, 4 e 5: MÁRIO QUADROS/Bola)





