Um engodo se repete, a cada ano, quando a classificação final do Campeonato Brasileiro aponta oito clubes habilitados a disputar a Copa Sul-Americana do ano seguinte. Salvo honrosas exceções como a do Internacional, que encarou a competição com a devida seriedade e chegou ao título, o torneio continental é menosprezado por quase todos os representantes brasileiros.
Nesta temporada, Botafogo e Flamengo tratam a Sul-Americana com o pouco caso de sempre, escalando times reservas para cumprir os jogos e declarando publicamente que não priorizam a disputa. Ora, se não era para jogar com seriedade, é mais digno abrir mão da vaga.
Resulta disso a quase rotineira repetição de vexames causados pela negligência dos clubes. Neste ano, aconteceu isso na surra sofrida pelo Flamengo para o Universidad (do Chile) na capital carioca e o vareio de bola que o mistão do Botafogo tomou anteontem do Santa Fé da Colômbia. Resultados constrangedores, que contribuem para manchar a imagem dos clubes.
Envolvidos em competições simultâneas e também às voltas com convocações de jogadores para a Seleção Brasileira, as agremiações entram no torneio continental meio que forçadas. Só não desistem oficialmente porque isso implicaria em punição, mas acabam boicotando ao escalar equipes reservas.
Diante das claras evidências de desinteresse, a CBF já deveria ter observado que o Brasil seria bem melhor representado na Sul-Americana por times oriundos da Série B nacional, ávidos por disputar um torneio internacional.
Emoção, comprometimento e responsabilidade não iriam faltar a clubes emergentes, que tanto precisam de visibilidade. Bastaria reservar duas vagas para os egressos da Segunda Divisão e a Sul-Americana ganharia novas cores para o torcedor brasileiro.
O anúncio da saída de Josiel só veio confirmar uma situação de fato. Há alguns dias o jogador já demonstrava a intenção de deixar o clube. Enfrentava problemas particulares, reclamava dos salários atrasados e nem mesmo a chegada de Andrade, com quem trabalhou no Flamengo, mudou a situação.
Parecia com a cabeça cada vez mais distante de Belém. Não conseguia mais conviver com a hostilidade do torcedor, fomentada pelas declarações toscas que postou no Facebook, criticando a cidade e fazendo comentários pouco elogiosos sobre as mulheres paraenses.
Em resumo: plantou ventou e colheu tempestade. Amigos diziam que ele não conseguia nem ir mais ao supermercado em paz. Por onde passava, era insultado. Diante do que poderia vir a ocorrer em jogos do Paissandu, o desligamento é a saída mais sensata e prática para as duas partes.
Só quem saiu no lucro com a apagada passagem de Josiel foram os marqueteiros e candidatos à eleição municipal do próximo ano. A última fuga de idéia foi anunciada na Assembléia Legislativa, através de um requerimento destinado a rotular o falastrão como “persona non grata” ao Pará. Menos, bem menos… É o tipo da iniciativa oportunista que só serve para dar relevância a fatos e figuras inexpressivos. Se algo pode-se dizer sobre Josiel é que, com toda certeza, já vai tarde.
Direto do blog
“Globo, ACM Neto e Veja… Mentiras sinceras lhes interessam… Por que não denunciam o Ricardo Teixeira?”.
Do Rosivan Silva, sobre a demissão do ministro Orlando Silva.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 27)
CREIO que o ocorre hoje com Sul-Americana é o mesmo de antes com relação à Libertadores, em que os times brasileiros não levavam à sério, deixando o caminho livre para argentinos, uruguaios etc. No caso dessa espécie de série B sul-americana, a coincidência com o Brasileirão atrapalha, e se a dona Cbf destinasse quatro vagas à série B talvez o Brasil estivesse bem melhor representado.
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Realmente, Valentim, essa coincidência de datas acaba esvaziando ainda mais a competição.
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Concordo Gerson Nogueira,
Os clubes da primeira divisão, realmente esnobam a Sul-Americana, então, penso que as vagas da referida competição, deveriam ser totalmente direcionadas aos participantes da série B, obedecendo os mesmos critérios de classificação atualmente adotados e cest fini…
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Caros amigos, a batata do Ricardão já tá assando, sua ultima cidadela “Rede Globo” já não lhe acolhe da forma que acolhia, é uma questão de tempo que a Dilma lhe empurre do cadafalso, pode anotar.
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Quanto a opinião do Rosivan e opiniões a respeito da saída do Ministro Orlando Silva, quero acrescentar a tudo já postado aqui no blog, que há uma diferença entre julgamento na justiça comum e o político.
O problema brasileiro é que sempre confundir julgamento na justiça comum e julgamento político.No primeiro, é necessário realmente todo um procedimento ritual, dando pleno direito de defesa ao acusado que após alguns anos, provará ou não sua inocência. Quanto ao segundo, este é de ordem ética, e a simples suspeita de envolvimento em algo que denigra a imagem do acusado ou do governo a quem pertença, todo acusado deveria solicitar o seu afastamento do cargo, como políticos japoneses e outros o fazem, mesmo sem provas contudentes. Ademais, em um passado recente o ex-Ministro já confessou candidamente que usava o cartão corporativo do ministério para pagar despesas pessoais. Já esqueceram as tapiocas?
É assim que se trata problema político…Ética! Provar inocência é na justiça.
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Ate a um tempo atras a sulamericana nao dava vaga a libertadores e era ignorada pelos clubes brasileiros.De uns três anos pra ca ela da uma oportunidade na libertadores mas mesmo assim continua sendo ignorada pelos brasileiros com exceção do Internacional,do Goiás,e do Vasco.
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