Por Mauro Cezar Pereira
Dunga usou a cabeça e parece ter sido bem orientado para corrigir erros e ampliar sua popularidade, alavancada entre parte dos torcedores da seleção brasileira após o imbróglio entre ele e a Rede Globo. Na entrevista coletiva da véspera do duelo com Portugal esteve contido e se desculpou com o público pelo destempero de domingo, após a vitória sobre a Costa do Marfim – clique aqui e leia.
Ao se dirigir apenas aos torcedores no seu pedido de desculpas, e não à imprensa, Dunga acertou. Sua falta de educação quatro dias antes foi um desrespeito ao público. Na confusão entre ele e a emissora, como este blog já se manifestou, o técnico tinha ampla e total razão, perdida em parte com sua atitude intempestiva. Mas não é o caso de se desculpar, ele apenas exerceu um direito.
Seria interessante se, neste momento reflexivo, Dunga aproveitasse para tentar entender o papel da imprensa. E aí dividir esse aprendizado com seus seguidores, os dunguistas. Todos lucrariam se o treinador compreendesse que o papel dos jornalistas não é torcer pela seleção, mas cobrir a Copa do Mundo, o que significa informar e analisar o que acontece. Da melhor maneira possível.
Enfim, um grande momento do nosso Capitão do Mato. Assim é que se age, reconhecendo excessos e buscando o caminho da civilidade. Ninguém torce contra o Brasil, estamos juntos nesse barco. E, para o internauta que reclamou do apelido que uso para Dunga, um lembrete: chamo-o assim desde que assumiu o escrete e a ideia não é desmerecê-lo, pelo contrário. Sou do mato e tenho o maior orgulho disso, camarada.
Gersão, isso aí é só um “até a próxima”. Não vi sinceridade no olhar dele, senti q era discurso pronto de alguém que recebeu dicas de alguma assessoria. Tomara que eu esteja enganado.
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Para mim o mesmo tem que começar pelo Pelotas/RS.
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Ainda tem que a cara de pau de se fazer de vítima, vou te contar.
Adeus Dunga …
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O alvo principal que é é jornalista Escobar da globo nem foi sequer indiretamente mencionado. Para mim de nada valeu.
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Dunga deu uma bicuda segura no trazeiro da globo e quaze causa um dishin*(terremoto) em boa parte dos cobridores de copa.
Mesmo abaixando o cocuruto, o que foi dito, esta’ dito, mas este episodio pode deixar uma serie de aprendizados, tanto para treineiros, como para os jornalistas esportivos.
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E isso ai Harold concordo com vc ainda tem gente da imprensa que vai sar queimado dessa copa a imprensa esportiva e corporativista e nao gosta de ser contrariada tem uns que se acham verdadeiros deuses do olimpo
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Sinceramente ou não, o Dunga deu o primeiro passo no caminho da civilidade. De esperar para ver se vai ter companhia.
A propósito, o MCP sugere que o Dunga e os “dunguistas” deveriam aproveitar o momento para tentar entender o papel da imprensa. Mas, deveria ter dito ainda que uma parcela significativíssima dos próprios jornalistas, além de também procurar melhor entender o papel da imprensa, deveriam se esforçar para desempenhá-lo adequadamente.
Quanto ao apelido, o lembrete serviu para mim também, eis que pensei que se tratava de alusão àquela violenta e odiosa figura utilizada pelos antigos senhores feudais brasileiros para perseguir, surrar, matar, enfim, para submeter os escravos – o Capitão do Mato.
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