
As estatísticas da base de assinantes da TV paga no Brasil cada vez mais se assemelha ao filme “Feitiço do Tempo” (de 1993. também conhecido como “O Dia da Marmota”; tem Bill Murray e Andie McDowell no elenco). Há anos são sempre as mesmas (péssimas) notícias para o setor.
Junho não foi diferente, como mostra o levantamento da Anatel. Foram 125 mil assinantes a menos em junho. Só nos primeiros seis meses de 2021 a TV paga brasileira já perdeu quase que 1 milhão de assinantes (960 mil para ser mais exato). Para um país que no final de 2014 tinha praticamente 20 milhões de assinantes, e que tinha expectativas otimistas de chegar a 40 milhões de assinantes até 2017, está dando tudo errado. E pior: não há perspectiva alguma de mudança. Só se for para descer ainda mais a ladeira.
No momento, o Brasil tem 13,8 milhões de residências pagantes de TV, o que dá mais de 38 milhões de usuários legalizados. Já o número de usuários de serviços piratas chega a 33 milhões, segundos dados da Mobile Time. Em termos de audiência a TV paga também já ficou para trás em relação ao streaming.
Como esta coluna informou com exclusividade no ano passado, os serviços de streaming já têm mais audiência que toda a TV paga somada. (Da coluna de Ricardo Feltrin, no UOL)