Na raça, Papão vence Altos e fica a um passo da classificação

A comemoração dos jogadores do Papão ao final da partida contra o Altos-PI, em Teresina. O duelo foi difícil, com duas viradas e cinco gols. Falou mais alto a atitude vitoriosa e a determinação do PSC em buscar o triunfo. Robinho abriu o placar aos 7 minutos do primeiro tempo, Manoel empatou aos 12′, Netinho virou aos 33′ e Perema empatou novamente aos 38′. No segundo tempo, logo aos 7 minutos, o lateral Leandro Silva marcou o gol da vitória aproveitando falha da zaga piauiense.

O protagonista da partida foi Leandro, pelo gol da vitória e por ter assinalado o gol contra no primeiro tempo. Com o resultado, o Papão chegou aos 27 pontos e assumiu temporariamente a primeira colocação. Dependendo dos resultados de Manaus x Ferroviário e Botafogo x Jacuipense, o PSC pode se classificar já nesta rodada.

Homenagem póstuma a Armando Zurita

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O professor Armando Zurita Leão, fundador do PT Pará, doutor em Direito pela PUC de SP, falecido em 27 de fevereiro deste ano, aos 81 anos, recebeu homenagem neste sábado (18), em cerimônia de cinzas e plantio de árvore na Praça Batista Campos, em Belém. A cerimônia teve a participação da família de Zurita, do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues; do ex-presidente do PT-PA João Batista; do titular da Funpapa, Alfredo Costa, autoridades, amigos e lideranças sociais. Zurita ajudou a reflorestar muitas áreas devastadas e a preservar parte da floresta existente no município paraense de Tailândia.

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Zurita criou e coordenou o Instituto de Divulgação da Amazônia (IDA), foi um dos fundadores da Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos do Pará (SDDH), além de ter participação ativa junto à Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa). Junto às cinzas de Zurita, foi plantado um pé de pau preto.

Carolina, filha de Zurita, declarou imensa gratidão pelo convívio com o pai e disse que ele estaria feliz com a homenagem, pois era um defensor da Amazônia. A neta dele, Mel, foi a primeira a jogar as cinzas do avô ao pé da árvore.

Permanecer é a meta

POR GERSON NOGUEIRA

Remo 2×1 Avaí-SC (Pingo e Raimar)

A essa altura do primeiro turno, entre a terceira e a 10ª rodada, o Remo viveu seu inferno astral na Série B, despencando para a lanterna, onde ficou por várias rodadas. Não era para menos: nos oito jogos desse período, o time ganhou 3 pontos – empates com Vitória, Guarani e Náutico – e sofreu cinco derrotas, para Botafogo, Avaí, Sampaio, Coritiba e Vila Nova.

Nenhuma equipe resistiria a fase tão desfavorável sem partir para mudanças. A primeira (e óbvia) foi a demissão do técnico Paulo Bonamigo, substituído por Felipe Conceição. A substituição se mostrou positiva, pois o Remo reagiu, saiu da zona e se situou no blocão intermediário.

E é justamente lá que pretende permanecer até o fim do campeonato. Isso ficou claro nas declarações do treinador logo depois da empolgante vitória sobre o Avaí, quinta-feira (17) à noite, no Baenão, quando o Remo obteve a nona vitória, atingindo 33 pontos e 45,8% de aproveitamento técnico.

Traduzindo o pensamento da diretoria do clube, Felipe avaliou que o resultado foi importante por manter a equipe na 11ª posição, na fronteira para o G10, mas não pode estimular pretensões de acesso. A ideia é manter os pés no chão de olho no objetivo maior da campanha: permanecer na Segunda Divisão a fim de se estruturar melhor na próxima temporada.

Para chegar ao número mágico dos 45 pontos, são necessários 12 pontos. A missão parece plenamente possível, ainda mais com a entrada em cena do Fenômeno Azul a partir da 25ª rodada, mas Felipe sabe que o risco de oscilações técnicas dentro da Série B não pode ser subestimado. O próprio Remo das primeiras rodadas é um exemplo dessa situação.

Não seria absurdo pensar numa sequência que permita ingressar no G4 e na briga pelo acesso, mas projetar isso representa uma fuga da realidade. O mais sensato é investir na regularidade, avançando passo a passo.

A matemática é simples: se mantiver o desempenho atual (45% dos pontos disputados) o Remo garante permanência com relativa facilidade. Terá mais seis jogos a cumprir em casa – Náutico, Coritiba, Ponte Preta, Londrina, Goiás e Confiança – com 18 pontos em disputa, mais do que suficientes para o atingimento da meta estabelecida.

A intensidade exibida contra o Avaí revela evolução, pois repetiu a performance da partida diante do Vitória, em Salvador. Taticamente, o Remo está atingindo uma espécie de platô. Pratica um modelo pré-estabelecido, raramente alterando seus planos em função de adversários.

Para atingir tal nível de rendimento,passou por desafios inclementes. Ficou sem jogadores importantes no final do turno e neste começo de returno. Os titulares Erick Flores, Romércio, Igor Fernandes, Tiago Ennes, Kevem e Uchoa desfalcaram o Leão nas últimas seis rodadas.

Contra o Avaí, aconteceu o retorno de Romércio nos minutos finais. O fato é que, se experimentou o lado amargo da perda de peças fundamentais, Felipe teve a chance de testar opções – Pingo, Marcos Jr., Warlei, Raimar, Rafinha, Ronald e Jefferson –, auferindo bons resultados.

Com os titulares recobrando condições de jogo, o elenco fica mais qualificado porque os novatos passam a ser alternativas concretas para alterar rotas táticas em campo. Assim é a vida.

Os planos e ideias do caçula Amazônia Independente

A maior atração da Segundinha que se aproxima é o caçula do futebol santareno. O Amazônia Independente ganha corpo e se fortalece. Sob o olhar cuidadoso do fundador e presidente Walter Lima, o elenco se apresentou durante a semana e fez o primeiro treino coletivo.

Waltinho fez questão de conversar demoradamente com os atletas. Explicou o projeto do Amazônia Independente, que é muito mais do que um mero time emergente em busca de acesso à elite do futebol paraense.

Pretende ir além disso. Disputar grandes competições e preparar atletas para colocar na vitrine. A preferência é por atletas jovens, capazes de se adaptar à filosofia do clube. Alguns já têm alguma rodagem, mas foram escolhidos por critérios de afinidade com as ideias do comandante.

O técnico é Matheus Lima, filho de Waltinho, que já dirigiu times no Parazão. Comprometimento e foco são itens básicos cobrados dos atletas para a difícil missão de conquistar vaga na elite regional.

Na Segundinha, o Amazônia vai treinar e mandar jogos no CT da Desportiva, em Marituba. Além de 14 contratações, alguns jogadores serão cedidos pela Desportiva e outros foram observados por Walter e Matheus.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, na RBATV, a partir das 22h. Em pauta, os jogos dos clubes paraenses nas Séries B, C e D do Campeonato Brasileiro. Participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Edição de Lourdes Cézar.

Pandemia afunda finanças e impõe mudanças

A pandemia virou o mundo de ponta-cabeça em todas as áreas. O futebol pagou um alto preço também. Os clubes brasileiros sofreram bastante, registrando quedas acentuadas no faturamento. Sem bilheteria e perdendo patrocínios, a transição de 2020 para 2021 tem sido dolorosa.

Levantamento da empresa de marketing Sports Value mostra que apenas Corinthians e Atlético-MG tiveram aumento de receita na Série A. Os demais só perderam, com destaque para Inter (39%) e Flamengo (33%).

Os prejuízos da pandemia sinalizam para um fato óbvio: os clubes terão que se reinventar criando fontes alternativas de renda, para não depender apenas da presença de torcedores nos estádios e da venda de atletas.

(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 19)