POR GERSON NOGUEIRA
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Começa gloriosamente a temporada das projeções matemáticas no Campeonato Brasileiro. Na Série B, onde o Remo cumpre campanha ajustada e satisfatória, restam 12 rodadas para o final. Pode-se dizer que, com 36 pontos, o Leão Azul paraense está hoje a seis (projeção mais otimista) ou oito pontos de garantir permanência na competição para 2022.
Aos otimistas empedernidos, a estatística permite sonhar mais alto, mas aí seria forçoso somar um mínimo de 26 pontos em 12 jogos para brigar diretamente pelo acesso. Com 62 pontos, o Remo competiria diretamente com Vasco, Goiás, CRB, Avaí e Guarani pelas duas vagas restantes, considerando que Coritiba e Botafogo tendem a se isolar na frente.
O ponto mais relevante em relação à campanha do Remo é que a competição se encaminha para uma linha de corte mais baixa, tanto para o rebaixamento quanto para o acesso.
Ao contrário de anos recentes, quando o primeiro do Z4 terminou com 44 pontos, desta vez é provável que o 17º colocado não passe dos 41 pontos. Caso esse cenário se confirme, ainda mais com a perda de três pontos pelo Brusque, o Remo se manterá na Série B com 41 ou 42 pontos.
Como a prioridade declarada dos remistas é a permanência, o caminho está bem pavimentado. O time precisa de duas vitórias e dois empates para se tranquilizar de vez, com o adendo de que o acúmulo de vitórias favorece quanto aos critérios de desempate.
A partir daí, até para não perder motivação, a meta passa naturalmente a ser mais ambiciosa: alcançar o patamar do G4, tarefa que vai exigir arrojo, foco, elenco e qualidade técnica. Para ter chances de se habilitar a disputar o acesso, é obrigatório fazer uma campanha de time campeão, praticamente sem erros a partir de agora.
O Remo teria que acumular oito vitórias e dois empates nas 12 rodadas restantes. Nesse sentido, a arrancada deveria começar pela partida de amanhã em S. Luís contra o Sampaio Corrêa, prosseguindo pelas próximas rodadas, tanto dentro (Coritiba, Ponte Preta, Londrina, Goiás, Confiança) como fora de casa (Sampaio, Vila Nova, Brusque, Cruzeiro, CSA, Operário e Vasco).
Como o campeonato é marcado por forte equilíbrio, os sonhos são plenamente aceitáveis, mesmo diante da fria lógica dos fatos. O importante é entender que projeções divertem e aguçam a expectativa do torcedor, mas não significam muito. Até porque no balanço das horas tudo pode mudar, como diz a canção.
Na trilha de Danrlei, baionenses buscam chances
Danrlei começa a trilhar o caminho do sucesso no PSC e serve de referência para outros meninos oriundos de Baião. Popó, que é da vila Açaizal Central, neto de seu Justino, passou pela Desportiva e vai disputar a Segunda Divisão do Parazão pelo Pedreira de Mosqueiro, sob a batuta de Junior Amorim. Tem 18 anos e é volante.
No Paraense, do Garrido, outros três baionenses lutam por uma chance, vindos da Vila de Calados e do Igarapé Preto.
Direto do blog campeão
“Caro jornalista. Na década de 70 e até final dos anos 80, épocas em que os jogadores de futebol não se importavam com cortes e pinturas extravagantes de cabelos e jogavam mesmo futebol, vários eram os gestos atléticos com os quais comemoravam seus magníficos gols – relembre-se Pelé. Um dia – não há registro de quando – algum peladeiro, não podendo por incompetência chamar a atenção do torcedor, resolveu comemorar o gol tirando a camisa, jogando-a no chão para depois correr, descamisado, ‘para a galera’. Daí a ser copiado pela profusão de pernas de pau, que hoje abundam nos estádios, foi um pulo. Esse gesto é uma cafajestagem e um desrespeito à ‘galera’ e ao clube que paga gordos salários a esses desclassificados. De um tempo para cá – não sei por decisão de quem – os árbitros passaram a punir com o cartão amarelo. Essa punição, todavia, prejudica mais o clube que o jogador porque ‘pendura’ o peladeiro para os próximos jogos e, sobretudo, não compensa o clube pelo desrespeito à camisa, manto sagrado que representa a agremiação e merece respeito. Assim, só o amarelinho não satisfaz. Urge que os clubes punam os atletas com uma pena pecuniária de, pelo menos 50% de seu salário, pois assim talvez o peladeiro conquiste também o respeito do torcedor”.
Heraldo da Costa Paredes, professor e ex-consultor jurídico do Estado
Prateleira de títulos da Série C destaca o Papão
Onze títulos nacionais estão no tabuleiro histórico das oito equipes classificadas para a segunda fase da Série C. O grupo do PSC lidera nesse quesito, com nove conquistas. O bicampeão paraense aparece com destaque, com as taças da Copa dos Campeões 2002 e das Séries B de 1991 e 2001.
O Criciúma tem quatro troféus de amplitude nacional. Uma Copa do Brasil (1991), duas Séries B (1986 e 2002) e Série C 2006. Ituano e Botafogo-PB têm um título cada. Os paulistas venceram a Série C 2003 e os paraibanos foram campeões da Série D 2013.
Já o Grupo D tem apenas duas conquistas nacionais. O Novorizontino triunfou na Série C 1994 e o Tombense foi o vencedor da Série D 2014.
A pesquisa minuciosa é do amigo Jorginho Neves, colaborador da coluna.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 29)