Uma notícia falsa começou a circular na tarde de hoje, 22, sobre o estádio da Curuzu, do PSC. Nas redes sociais, internautas divulgaram um documento falso para indicar que o estádio não teria o laudo técnico da engenharia, a uma semana da abertura do Estadual, entre Papão e Castanhal (domingo, 28, às 10h30). Em sua conta oficial no Twitter, o presidente bicolor Maurício Ettinger fez questão de mostrar o documento oficial assegurando que a Curuzu está pronta para receber o espetáculo.
“Pessoal, tá circulando uma informação de que falta o laudo de engenharia da Curuzu. Isso é fake! Sempre esteve tudo ok no estádio inclusive estamos fazendo reparos pro jogo de domingo, deixando nossa casa mais bonita”, escreveu.
No período de seis meses após a alta hospitalar, um em cada quatro pacientes graves de Covid-19 que foram intubados acaba morrendo. Entre os internados que não precisaram de ventilação mecânica, a taxa de mortalidade é de 2%.
Os resultados preliminares são do estudo Coalizão, conduzido por oito hospitais de excelência do Brasil e institutos de pesquisa, que avalia a qualidade de vida e os desfechos de sobreviventes de hospitalizações por Covid-19.
Os participantes são pacientes internados nessas instituições. São monitorados por ligações telefônicas a cada três, seis, nove e 12 meses após a alta hospitalar.
Os pesquisadores investigam, por exemplo, se eles foram reinternados por alguma razão, se sofreram eventos cardiovasculares e falta de ar e se voltaram ao trabalho e às atividades habituais.
Os dados já disponíveis mostram que, no período de seis meses, a taxa de nova hospitalização geral desses pacientes foi de 17%. Entre os intubados na primeira internação por Covid, 40% tiveram que ser reinternados.
“Trabalho em UTI, estou envolvido com vários estudos e fiquei muito surpreso com esses resultados. Mesmo nos casos mais leves, a doença não tem uma evolução tão benigna quanto pensávamos”, diz Alexandre Biasi, diretor de pesquisa do HCor (Hospital do Coração) e membro da Coalizão Covid-19 Brasil.
A rede é formada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa e os institutos Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).
Embora a intubação esteja associada a uma maior taxa de mortalidade e complicações na internação e após a alta, é a gravidade da doença, e não o procedimento em si, a responsável pelos desfechos ruins.
A ressalva é importante porque muitas pessoas têm retardado a ida ao hospital com medo da intubação, o que piora ainda mais o quadro clínico.
O estudo Coalizão ainda está compilando as causas das mortes e das reinternações dos sequelados pela Covid, mas os dados preliminares já servem de alerta para a importância do acompanhamento desses pacientes após a alta.
O trabalho mostra que 20% dos pacientes que foram intubados ainda não tinham voltado a trabalhar seis meses após deixarem o hospital. Entre os que não precisaram de ventilação mecânica, foram 5%.
“O problema não acaba quando o paciente sai do hospital. Temos agora um contingente absurdo de pessoas com sequelas de uma doença aguda que antes não tínhamos na sociedade. Falta de ar, por exemplo, é super comum, mesmo em casos que não eram graves. É uma perda para as pessoas, uma perda para a sociedade”, diz Biasi.
Os primeiros resultados do estudo Coalizão envolveram 1.006 pacientes. Atualmente, mais de 1.200 estão sendo acompanhados e outros ainda serão incluídos. A idade média dos participantes é de 52 anos, sendo 60% homens. O tempo médio de hospitalização foi de nove dias. Um quarto necessitou de ventilação mecânica.
Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores é a alta taxa de queixas de transtornos mentais após a alta hospitalar: 22% relatam ansiedade, 19%, depressão e 11%, estresse pós-traumático.
“Independentemente de terem sido ou não intubados, o impacto na saúde mental é grande. Em três meses após a internação, 20% dos pacientes intubados apresentam sinais de estresse pós-traumático. Entre os não intubados, foram 12%”, diz .
Nos pacientes mais graves, os pesquisadores estão analisando os efeitos da chamada “síndrome pós-UTI”. Essas disfunções acabam gerando sequelas importantes como fraqueza muscular e redução da capacidade física.
O fisioterapeuta Rogério Dib, do departamento de pacientes graves do hospital Albert Einstein, explica que os pacientes intubados, além da imobilismo e da sedação, usam uma medicação chamada de neurobloqueador, que “desliga” os músculos.
O tempo de reabilitação depende da gravidade da doença, do tempo de internação e da condição prévia de saúde do paciente. “Quanto mais frágil o paciente, mais sujeito a ter complicações.”
O empresário Victor Simão, 62, foi infectado em outubro do ano passado e ainda busca recuperar os sete quilos de músculo perdidos nos 19 dias de internação no Einstein, sete dos quais na UTI, intubado.
No seu caso, a evolução da doença foi muito rápida. Em menos de uma semana de sintomas, 75% do seu pulmão ficou comprometido, ele sofreu uma embolia pulmonar e precisou ser intubado.
Ao sair do hospital, ele conta que não tinha condições de ficar em pé tamanha a fraqueza. Em casa, precisou de mais 20 sessões de fisioterapia para ir recuperando a força muscular. No período, também contou com ajuda da fonoaudióloga para reaprender a comer sem engasgar.
“Você começa a dar importância às pequenas coisas da vida, que é a sua independência. Naquele período, me ajudavam a escovar os dentes, a pentear o cabelo, a ir ao banheiro. Alguém precisava me ajudar a sair da cama porque se eu ficasse em pé, cairia.”
Ele retomou a rotina de trabalho e faz academia quatro vezes por semana. “Estou quase no que eu era. Não consigo levantar os mesmos quilos de antes, mas estou chegando lá.”
Para ele, foi um conjunto de fatores que possibilitou a sua rápida recuperação. “Acho que foram as correntes de orações, o hospital, os médicos, as enfermeiras, a fisio, a fono, a nutricionista. Você depende de uma série de pessoas, elas é que te salvam a vida. Eu sou um privilegiado não só pela recuperação, mas por ter acesso a todo esse tratamento.”
O técnico Marcelo Chamusca foi apresentado nesta segunda-feira (22) como técnico do Botafogo para a temporada 2021. Ele afirmou que escolheu comandar o clube porque o projeto de reestruturação “mescla grandeza com profissionalização”. Adiantou que o elenco para o Carioca e a Série B deve ter reforços para todos os setores: “A análise de mercado é uma análise permanente”.
Um lance polêmico fechou o primeiro confronto da final da Copa Verde 2020, ontem à tarde, no estádio Mané Garrincha (Brasília). Wellington Silva recebeu passe na entrada da área, dominou e bateu no canto direito da trave do Brasiliense. O gol daria o empate ao Leão, mas o VAR anulou, apontando o tal impedimento milimétrico, outra das aberrações que a nova realidade das arbitragens criou.
Ao longo da partida, o Remo manteve um desempenho técnico satisfatório, principalmente a partir dos 20 minutos do primeiro tempo. Bem compactado e com troca de passes rápidos, chegou ao gol aos 22’ após uma brilhante assistência de Felipe Gedoz a Wallace, que apareceu livre na pequena área do Brasiliense e desviou com um simples toque.
Erros pontuais na marcação, principalmente pela falta de mais vigor no combate direto à frente da zaga, permitiram ao Brasiliense reequilibrar as coisas e chegar à igualdade minutos depois. Uma bola perdida pelo volante Pingo na saída da defesa deu a Sandy a chance de finalizar da intermediária. Ele bateu no canto, surpreendendo o goleiro Vinícius.
O Remo ainda chegou com grande perigo em cabeceio de Lucas Siqueira rente ao poste esquerdo de Sucuri, após arremesso cobrado por Marlon. A movimentação do meio-campo era ágil quando tinha a posse da bola, o que resultava em boas tramas aproveitando certa lentidão do setor de marcação do Brasiliense.
No segundo tempo, as tentativas iniciais couberam ao time da casa, mas o Remo aos poucos foi retomando o controle da partida. Wellington Silva teve duas excelentes oportunidades ao receber completamente livre pelo lado direito do ataque. De frente para o gol, tomou decisões erradas: optou por cruzar ao invés de chutar direto.
Depois, Laílson (que havia substituído a Pingo) acertou um tiro forte que explodiu na trave direita de Sucuri. Gedoz também teve chance clara, mas chutou por cima do gol. O Brasiliense se mantinha encolhido e não tinha velocidade quando buscava o ataque.
Tímido, o time de Vilson Tadei pouco saía de seu campo. Numa das poucas tentativas no ataque, nasceu o gol da vitória. Aos 34’, em escanteio cobrado por Peu da direita, o atacante Aldo se antecipou aos quatro defensores azulinos e desviou a bola para as redes.
O Remo não se abateu, voltou a insistir e criou algumas situações perigosas. Bonamigo queria dar fôlego e juventude ao time, mas tirou o trio de ataque – Hélio, Augusto e Wallace – e isso não favoreceu a reação final. Tiago Miranda e Dioguinho entraram bem pelos lados, junto com Laílson, mas não havia referência e força dentro da área.
Gedoz partiu para uma tentativa individual aos 44’ e disparou com muito perigo, assustando o goleiro. Logo depois, em rápida troca de passes entre Gedoz e Lucas Siqueira a bola chegou a Wellington Silva na entrada da área. Ele mandou no canto. Era o gol do empate, que a arbitragem invalidou após consulta ao VAR.
A imagem com a linha imaginária traçada mostra que os jogadores estavam na mesma linha, mas a decisão foi pela anulação do gol, baseada num suposto adiantamento do lateral remista por alguns centímetros.
De positivo para o Remo ficou a certeza de que o time está mais entrosado, compacto, tocando com rapidez e objetividade. Há uma inegável evolução depois de toda a reformulação do elenco. Resta corrigir a falta de combatividade à frente da zaga, a marcação frouxa em alguns setores e o preciosismo por parte de Gedoz em determinados lances.
Pelo futebol apresentado ontem, observando o nível técnico das equipes, é plenamente possível reverter o placar em Belém. Wellington, Gedoz, Lucas e Hélio atuaram em alto nível, constituindo-se nos destaques do time. (Fotos: Igo Estrela/Metrópoles)
VAR vira muleta para arbitragens fracas e medrosas
O Flamengo venceu o Internacional, ficou 2 pontos à frente e muito perto do bicampeonato. O jogo era igual até a expulsão de Rodinei no início do segundo tempo. Um pisão no pé do lateral Filipe Luís interpretado como força excessiva e o lateral foi excluído. O detalhe é que outros lances parecidos aconteceram, com igual intensidade física, sem que a interpretação fosse tão rigorosa.
No fim das contas, mais uma decisão de arbitragem influencia o resultado de uma partida decisiva. Uma rotina em jogos que envolvem o Flamengo. Coincidência ou não, os árbitros quase sempre tomam decisões que infelicitam os adversários do rubro-negro carioca.
Com a bola rolando, sem influência de apito, o jogo foi equilibrado, apesar de o Inter ter se atrapalhado na transição ofensiva, com dificuldades para encaixar jogadas verticalizadas, como é sua característica. No final, a arbitragem (e o VAR) acertou em punir falta de Pedro no lance que seria o do terceiro gol do Flamengo.
Curiosamente, o comentarista de arbitragem Paulo César de Oliveira insistiu até o fim com a tese esdrúxula de jogada normal, mesmo com as imagens evidenciando que o empurrão do atacante no zagueiro foi absolutamente acintoso.
O VAR ganha outra vez protagonismo na reta final do Brasileiro, o que não é boa notícia. O equipamento eletrônico, utilizado com sabedoria e praticidade nas competições europeias, virou uma patética muleta dos medrosos árbitros brasileiros.
(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 22)
O mesmo árbitro, Rafael Claus, em clássico Flamengo x Botafogo (2019), deu cartão amarelo para essa falta cometida por Rafinha. O VAR também não foi consultado. Arbitragens seletivas, dependendo dos interesses em jogo.
Na quinta-feira à tarde, a Tuna apresentou oficialmente o experiente meia Eduardo Ramos como reforço para a disputa do Campeonato Paraense. É, pelo menos até segunda ordem, a principal atração da competição deste ano. A própria Lusa chega cercada de grande expectativa, após longo período ausente da divisão principal.
ER, maior ídolo remista no século XX, chega credenciado pela técnica que sempre teve e por um sentimento de desafio, depois de ter sido descartado pela comissão técnica azulina ao término de seu contrato com o clube.
O esforço da Tuna, em meio à pandemia e suas consequências, dá a medida da importância que o Parazão tem para os torcedores. Um torneio que sempre foi deficitário, sem patrocínio master junto à iniciativa privada, tem seu suporte na verba disponibilizada pelo Governo do Estado.
É justamente o auxílio do governo que permite fôlego à Tuna para, com a colaboração de grandes entusiastas do clube, buscar uma contratação de grande envergadura. Como o campeonato é a única competição no calendário tunante, justifica-se plenamente o empenho de seus dirigentes.
No fundo, todo mundo sabe, o próprio Parazão só se mantém de pé em função do convênio com o Banpará e a Funtelpa, instituições estatais que detêm os direitos de marca e transmissão dos jogos, respectivamente.
Caso dependesse unicamente da capacidade de mobilização da Federação Paraense de Futebol, o Estadual nem mais existiria. Nesta temporada, há um problema a mais no aspecto técnico: serão 12 clubes disputantes, o que forçou um sistema inédito de disputa, meio confuso, mas ficando abaixo da quantidade de datas previstas pela CBF.
Toda a expectativa em torno do torneio desta temporada provém da rivalidade existente entre PSC e Remo, que não arrefece nem mesmo com a ausência de torcidas nos estádios. As discussões e gozações se transferem para as ruas, feiras, mercados, escritórios e demais ambientes de trabalho.
A dupla Re-Pa vai utilizar o Parazão como campo de experiências para o Brasileiro. O PSC vai disputar a Série C focado na busca do acesso à Série B. O Remo volta à Série B, com previsão de recursos mais fartos (R$ 8 milhões só pela participação), o que lhe permite encaminhar um rol de contratações, que têm estreia prevista para o campeonato.
Dos contratados, o centroavante Renan Gorne gera muita expectativa. A boa performance na recente Série B, marcando gols como titular do ataque do Confiança, abrandou as desconfianças da torcida em relação ao retrospecto de Gorne com a camisa do PSC há dois anos.
Além dele, o Leão vai ter como atrações os laterais Wellington Silva (que já participa da Copa Verde) e Tiago Ennes; o volante Jefferson Lima e provavelmente mais três ou quatro reforços que devem ser apresentados antes do Parazão. O artilheiro Salatiel segue na mira.
Do elenco que disputou a Série C 2020, o técnico Paulo Bonamigo terá Vinícius, Marlon, Lucas Siqueira, Rafael Jansen, Augusto, Wallace e Hélio Borges como peças de referência no elenco.
O PSC, atual campeão, anunciou seis reforços: o goleiro Victor Souza, os laterais Israel e Junior, o zagueiro Denilson e os atacantes Ari Moura e Igor Goularte. Nos planos, os volantes Adriel e Jonathan.
A rigor, o Papão é o time que vem mais modificado para a competição, a começar pela comissão técnica, encabeçada pelo experiente Itamar Schülle. Como o Estadual servirá como oportunidade para entrosar a equipe visando a Série C, alguns remanescentes serão importantes ao longo do processo.
O atacante Nicolas, melhor jogador da equipe nas últimas duas temporadas, segue como principal referência, tanto no equilíbrio tático ofensivo como finalizador. Na zaga, Perema deve ser titular, ao lado do novato Denilson.
As contratações devem chegar a 12 até o começo do campeonato, fazendo crer em uma transformação quase radical na maneira de jogar do time. Garotos vindos da base dificilmente serão aproveitados, ao contrário do que indicava o discurso de Schülle ao chegar. Alan Calbergue e Debu já foram descartados. Vitinho e Willyam já tinham saído.
Outro clube que tem investido pesado para a temporada é o Castanhal, que vem montando uma espécie de seleção regional, garimpando talentos em outros clubes e Estados vizinhos. A boa campanha de 2020 estimulou os dirigentes a reforçar o time, que é comandado por Artur Oliveira.
Dos emergentes, o Castanhal é seguramente o mais preparado para brigar com os grandes da capital. Bragantino, Águia e Independente, com menos avidez por contratações, correm por fora.
Bola na Torre
O programa começa depois da transmissão da NBA na RBATV. A apresentação é de Valmir Rodrigues com a participação (home office) de Guerreiro, Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, o primeiro jogo da final da Copa Verde e os preparativos dos clubes para o Parazão. Edição de Lourdes Cézar, com direção geral de Toninho Costa.
(Coluna publicada no Guia do Parazão 2021/Diário do Pará)