A CBF definiu nesta quinta-feira o trio de arbitragem para a primeira partida da final da Copa Verde. O árbitro escolhido foi Dyorgines José Padovani de Andrade (ES), com Fabiano da Silva Ramires (ES) e Vanderson Antônio Zanotti (ES). A novidade da decisão é a adoção do árbitro de vídeo (VAR), que ficará sob a responsabilidade de Gilberto Rodrigues Castro Júnior (PE).
Com a goleada de 6 a 2 sobre o Manaus, nesta quinta-feira, no Mangueirão, o Remo garantiu presença na decisão da Copa Verde 2020. Jogará contra o Brasiliense, que superou o Vila Nova. A primeira partida da final será domingo, 21, em Brasília. A volta será em Belém. Esta é a segunda vez que o Leão decide o título da competição; a primeira foi em 2015 e o time paraense ficou em segundo lugar, superado pelo Cuiabá.
O PSC anunciou nesta quinta-feira (18) a contratação de mais dois atletas para a temporada: o lateral-direito Israel, que estava no UD Oliveirense-POR, e o volante paraense Elyeser, que, curiosamente, pela primeira vai atuar no Estado onde nasceu. Integrado à equipe que treina em Barcarena, nordeste do Pará, Israel destacou o tamanho do desafio em sua nova casa. “Estou muito feliz de poder representar a camisa do Paysandu, um clube com essa grandeza. Estou com muitas ambições e objetivos. Não só eu, como meus companheiros, nós estamos trabalhando muito forte para alcançar nossas metas. Sou um jogador muito aguerrido, a torcida pode esperar muita vontade, dedicação e empenho. Chego com o objetivo de conquistar os títulos que o Paysandu almeja alcançar nesse ano de 2021 e o principal que é o acesso para a Série B”, afirmou o lateral-direito.
Elyeser, natural de Abaetetuba, que até então havia defendido somente clubes de fora do Pará, mostra-se ansioso pela chance de defender o Papão. “Depois de 17 anos eu estou realizando o sonho de toda a minha família, principalmente do meu pai. Atendendo a todas às mensagens dos torcedores, estou de volta à minha terra e a partir de hoje eu sou bicolor”, disse. O volante se incorpora ao elenco no próximo final de semana.
A Diretoria do PSC já havia acertado com o goleiro Victor Souza, o zagueiro Denilson, o lateral-direito Júnior e os atacantes Ari Moura e Igor Goularte, que já foram incorporados à fase de treinamentos do elenco.
O Brasil já deveria ter imunizado 431.983 indígenas contra a Covid-19. Mesmo com a inclusão dos aldeados entre os quatro primeiros grupos prioritários, apenas 164.592 foram vacinados no primeiro mês da campanha, de acordo com dados do governo consolidados até as 13h de quarta-feira (17). O baixo percentual de vacinação no Brasil (62% ainda não tomaram nenhuma dose) é ainda maior entre os estados da Amazônia (71%). É nesta região do país que mais lideranças relatam a difusão de fake news que alertam os povos indígenas contra o que chamam de “vacina com chip da besta fera” (leia mais a seguir).
Os dados foram contabilizados pelo G1 com base nas informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde na ferramenta LocalizaSUS. Os estados de Roraima, Paraná, Tocantins e Rio de Janeiro têm a menor taxa de aplicação da primeira dose (veja gráfico abaixo). Todos os nove estados da Amazônia vacinaram menos de 50% da população indígena.
Em meio aos relatos de notícias falsas e a baixa taxa entre os aldeados, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou, em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o status da vacinação entre quatro grupos de idosos e profissionais de saúde. Os números apresentados indicam que foram vacinados todos os idosos com mais de 90 anos e 73% dos profissionais de saúde. Entretanto, os dados dos povos indígenas brasileiros, grupo prioritário na Fase 1, foram omitidos.
baixa cobertura vacinal dos indígenas é o mais novo capítulo negativo na gestão federal da pandemia entre os indígenas. Ainda em julho, o STF determinou que o governo adotasse medidas para proteger as comunidades indígenas e evitar a mortalidade pela Covid-19. Na primeira tentativa de ação conjunta, entidades indígenas relataram humilhação. Pouco mais de um mês após a determinação, o STF ordenou que o plano fosse refeito. (Do G1)
Talvez nem a direção do Remo esteja se dando conta da real importância desta Copa Verde para o clube. Até agora a manifestação mais arrebatada, se é se que se pode afirmar isso, foi do técnico Paulo Bonamigo. Segundo ele, depois de perder o título da Série C, a conquista do torneio inter-regional virou uma obrigação.
Acontece que é bem mais que isso. Está em disputa uma competição que o Remo só conseguiu chegar uma vez à final, em 2015, com direito a traumático desfecho – perdeu de 5 a 1 para o Cuiabá depois de vencer em Belém por 4 a 0. Para ter chances reais de título, é preciso que o time acredite que isso é possível.
Ironicamente, o Remo poucas vezes entrou na competição tão pouco reforçado. E olha que o time só atuou com um time realmente forte em 2015, embora desfalcado do promissor Roni, que foi negociado pelo então presidente Pedro Minowa e deixou o clube antes da final.
As chances de êxito são razoáveis desta vez, mas, para isso, primeiro o Manaus terá que ser superado hoje à tarde, no estádio Jornalista Edgar Proença. Contra um adversário que se apresenta como franco-atirador, sem nada a perder, as dificuldades tendem a aumentar.
Na primeira partida, em Manaus, o Remo se atrapalhou em seus próprios erros. Permitiu a vantagem logo nos minutos iniciais, por uma lambança coletiva na marcação. Depois disso, o jogo foi se tornando um suplício para o time de Bonamigo, sem força reativa no ataque e sérias hesitações no meio-de-campo.
Foi preocupante a maneira como o time se confundia entre pressa e afobação, tornando-se presa fácil de contra-ataques do Manaus. A dificuldade de entendimento entre Lucas Siqueira e Pingo na marcação foi o ponto mais visível da dificuldade do time em se proteger.
Ao mesmo tempo, peças destacadas da última temporada, como Marlon, Wallace e Hélio, não renderam o esperado, o que diminuiu o poder de fogo ofensivo. Ressalte-se que o baixo rendimento do trio está diretamente associado à consequência do surto de covid (caso de Marlon) e a lesões recentes, situação de Hélio e Wallace.
O empate só veio depois de um esforço desmedido, mesmo contra um adversário que tinha um homem a menos, mas se protegia melhor quando atacado. Ao Remo faltou naquela tarde mais agressividade, principalmente no segundo tempo. Caso investisse em busca do gol certamente teria conseguido sem maiores atropelos.
O fato é que, para superar o Manaus, o Remo não pode repetir falhas do último sábado, como exagerar na troca exagerada de passes laterais, que não trazem consequência nenhuma. Será necessário tomar as rédeas do jogo, impor pressão e aproveitar as chances criadas.
Um outro aspecto que pode ter influído na partida de ida foi a falta de alternativas de substituição. Bonamigo levou sete suplentes, mas só recorreu uma vez – e mal – ao banco. Tirou Pingo e botou Dioguinho, de pífio desempenho no segundo tempo.
Jogadores promissores como Ronald, Warley, Pepê e David Lima, de boa técnica, estão pedindo passagem, mas o técnico, segundo suas próprias palavras, desconhece suas características.
Ocorre que, para passar pelo Manaus e chegar à final com possibilidades de vencer, Bonamigo não terá outra saída a não ser descobrir rapidamente o que a garota tem a apresentar. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)
Terá sido a última valsa de Messi no Camp Nou?
Foi surpreendente, não pela vitória, mas pelo resultado acachapante. Pelas oitavas de final da Champions League, o PSG visitou o Barcelona no Camp Nou na terça-feira (16) e meteu 4 a 1 no time de Lionel Messi. Mbappé fez três gols e voltou a ganhar respeito, depois de dois anos em baixa no continente. Neymar, lesionado, nem fez falta.
Mbappé quebrou também um tabu que durava 16 anos; com o hat-trick em cima do Barça, ele repetiu o uruguaio Diego Forlán, do Villarreal, último jogador a anotar três gols como visitante no Camp Nou, em 2005.
Por outro lado, de forma melancólica, o jogo pareceu o último de Messi pelo Barcelona no lendário gramado do Camp Nou. No time que Ronald Koeman vem montando, Messi parece cada vez mais desconfortável. Até tenta ajudar; e fez algumas partidas empolgantes do ponto de vista individual.
Mas, quando precisa de um time para chamar de seu, La Pulga fica a pé. Griezman, Dembelé e outros menos votados estão longe de compensar as perdas que o ataque do Barcelona sofreu nos últimos anos. A saída de Neymar foi o primeiro baque. Logo depois, Luizito Suarez pediu as contas.
Messi ficou sozinho e, ao que parece, este será seu último ano no clube catalão. Mostrou disposição para sair no ano passado, mas acabou forçado (pelas circunstâncias e multa contratual) a permanecer. Nada indica que, aos 34 anos, aceite ficar.
Claus vai apitar a “decisão”: perigo, perigo, perigo
A CBF definiu com larga antecedência a escolha do árbitro para o jogo de domingo, entre Flamengo e Internacional, que será praticamente a decisão do Campeonato Brasileiro. O eleito é Raphael Claus, velho conhecido da torcida rubro-negra, responsável por marcações simpáticas ao longo de seu tempo como árbitro do quadro principal da entidade.
Árbitro caseiro, cabelo carregado na gomalina, Claus na dúvida sempre pende para o mandante. Talvez a ausência de torcida ajude a atenuar essa característica. De toda sorte, a imprensa gaúcha e a torcida colorada já se mostram preocupadas, com várias manifestações nas redes sociais.
É bom que fiquem espertos e estejam em alerta.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 18)
É sabido que um povo doente, combalido, alimentado com informações tortas e maldosas, fácil de ser dominado, acaba sendo extremamente útil para determinados tipos de governos autoritários.
No meio dessa quarentena, que está longe para acabar, me veio na cabeça um pedaço da letra de uma música da Rita Lee que diz “Se a Debora Kerr que o Gregory Peck”.
Como ficou somente esse fragmento da música na memória, recorri à Internet e encontrei a letra de “Flagra” da cantora, composta junto com Roberto de Carvalho no ano de 1982, e que a estrofe inteira diz o seguinte: “Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck / Não vou bancar o santinho / Minha garota é Mae West / Eu sou o Sheik Valentino”.
O pedaço, e depois a letra inteira dessa fantástica música, poderia remeter para diversos lugares e situações, mas num meandro abandonado da minha mente parou um nome: Gregory Peck.
Logo de cara me lembrei do filme “Os Canhões de Navarone”, que o Gregory Peck foi um dos protagonistas, e que assisti num cinema de bairro nos anos 60 na cidade de São Vicente, no litoral do Estado de São Paulo. Bons tempos aqueles, mas como estamos vivendo nesses dias de arrepiar o cabelo, me apareceram algumas imagens de um filme em que ele trabalhou, também, uns vinte anos depois dos “Canhões”, intitulado “Os Meninos do Brasil”.
Segundo a sinopse existente na Wikipédia, a enciclopédia livre, esse filme com o título original em inglês “The Boys from Brazil”, de 1978, “O caçador de nazistas Ezra Lieberman segue a pista de criminosos de guerra até a América do Sul, onde descobre e tenta impedir um plano diabólico do cientista do III Reich Josef Mengele, que tenta criar clones de Adolf Hitler”. Gregory Peck interpreta, nada mais, nada menos, nessa história apavorante, o diabólico médico nazista Josef Mengele.
Por outro lado, é sabido que um povo doente, combalido, alimentado com informações tortas e maldosas, fácil de ser dominado, acaba sendo extremamente útil para determinados tipos de governos autoritários. E também não é mais novidade para ninguém que o atual presidente tem o perfil de uma pessoa racista, homofóbica, psicopata, misógina, necrófila, entre outras péssimas qualidades, pois parece que quer aniquilar de vez o povo que habita essa parte do planeta chamado Brasil.
Ou isso é um exagero?
Por exemplo, a sua fixação em querer armar a população para que ela resolva seus “próprios problemas” é de uma bestialidade tamanha e ele até já vem sendo qualificado como um anticristo por estudiosos no assunto, depois de seus dois antecessores, Napoleão e Hitler, de acordo com alguns escritos e profecias.
Mas se da ficção para a realidade o passo pode ser curto, será que esse “cidadão” poderia ser um “menino do Brasil”, ou “um clone do Adolf”, como vimos na tela do tenebroso filme “Os Meninos do Brasil”, protagonizado pelo Gregory Peck?
Vai saber!
“Nem todos têm a capacidade e os meios de construir na medida do que gostariam. Mas todos, sem exceção, podem evitar os males dos realizadores sem escrúpulos, dos empreiteiros ambiciosos, dos que destroem tudo por onde passam no afã do lucro, numa política de cupidez e terra arrasada. Você pode não realizar seus sonhos mas deve fazer tudo para que outros não realizem seus pesadelos.” (Millôr Fernandes).
Para finalizar, uma última pergunta: será que estamos fazendo de fato “tudo para que outros não realizem” nossos pesadelos?
(*) Graduado em geologia (1976) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas (UNESP), mestre em Geologia Geral e de Aplicação (1987) e doutor em Ciências (1993) pela USP. Pós-doutor (2000) pela Universidad Politécnica de Cataluña – UPC e pós-doutorado (2010) pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP)