Mas não eram contra a corrupção?!

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E como ficam agora os batedores de panela e os bocós indignados? Te dizer…

A lógica golpista

 

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MPF declara Dilma inocente de crime de responsabilidade por pedaladas fiscais. STF, Senado e mídia tacanha ignoram. Silêncio geral, afinal, pela lógica do golpe, a decisão só seria válida se fosse contra Dilma.

E vida que segue!

Del Valle despacha o Boca na Bombonera

https://www.youtube.com/watch?v=3NqhOgPs7aE

Purismo

POR LUIZ CARLOS AZENHA, no Facebook

Tem alguns puristas se esgoleando nas redes sociais porque o PT apoiou Marcelo Castro (PMDB) e depois Rodrigo Maia (DEM). Que eu saiba um partido sempre considera o que é melhor (neste caso, menos ruim) para seu futuro. Sabe-se lá quais foram as transações de bastidores e às vezes, como é o caso da cozinha daquele restaurante, se você é purista melhor nem saber o que acontece lá.

Este “pragmatismo” do PT não é novidade. Para chegar ao Planalto o partido recorreu a todo tipo de manobra de bastidor, acionando a militância essencialmente em períodos eleitorais.

Será que é preciso lembrar que até ontem o PMDB era da base governista, que Temer era vice de Dilma, que muitos daqueles que levaram Maia e Rosso ao segundo turno foram da base ou flertaram com Lula?

O fato de que vc se arrepende de um dia ter casado com aquele/a homem/mulher não desfaz o casamento, pois sim?

As notícias aí são duas: o controle avassalador dos conservadores sobre o Parlamento e o fato de que Erundina encarou disputar a hegemonia na esquerda, o que antecipa as próximas eleições municipais.

O enfraquecimento do PT, se tem a ver com o impacto midiático do mensalão/petrolão e com o afastamento dos movimentos sociais, tem a ver também com o solapamento das bases sobre as quais o partido se construiu.

O Brasil teve uma perda relativa no setor industrial e uma explosão no setor de serviços, cujos empregados não se vêem representados por um partido de origem operária marcadamente do ABC paulista.

Mas, e todos aqueles beneficiários dos programas sociais do PT?

Essa é fácil: eles assistem ferozmente à Globo na tela grande que lhes foi proporcionada pela política econômica de um governo petista!

Entre os nós da liberdade

Tudo é previsível.
O relógio que não pára,
o ovni visto e incrível,
o desígnio de Che e de Sara.

O tempo de olhar com rímel,
a pose do retrato e o das rugas,
mesmo o se dado ao impossível,
mesmo amor e seus verdugos.

Viver ganha a certeza
de que tudo acontece,
porque um povo explode e arde.

Prever denuncia e enfeza
o homem que quase esquece:
amanhã será possível, ou tarde.

(Márcio Almeida, poemas II, Ed. Civilização Brasileira, 1979)

Crônica da Bucólica setentista

A Bucólica setentista retratada pelas lentes espertas de Ronaldo Moraes Rego, com pitadas de Cinema Novo e uma trilha sensacional.

A Comunicação Social morreu. Viva o novo profissional de Comunicação!

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POR GILBERTO SCOFIELD JR., no Linkedin

Ainda no ano 2000, enquanto o mundo respirava aliviado porque o Apocalipse previsto com o Bug do Milênio não tinha acontecido, recebi um convite do querido jornalista Helio Muniz para um mergulho na febre das empresas pontocom. Nossa missão era colocar de pé a parte de conteúdo e bolar a interface do iG Finance, braço do portal iG voltado para notícias econômicas e um dos primeiros portais a tentar vender produtos financeiros na rede. A ideia era ótima, mas esbarrou numa série de incompreensões e desentendimentos típicos daquela fase eufórica de experimentalismo digital sem a devida compreensão de como a coisa deveria funcionar na prática.

Havia estranhamentos internos: o banco Opportunity, que era o financiador do projeto, queria que os jornalistas que trabalhavam no portal fazendo conteúdo seguissem o mesmo horário dos profissionais do banco que tratavam de vender os serviços financeiros, ou seja, entrar às 8h e sair às 17h. Mas para jornalistas de finanças, o chamado after-market, aquele período imediatamente após o fechamento dos mercados (bolsas, câmbio, papéis do Tesouro, etc.),  é fundamental para se fazer um balanço sólido do que aconteceu no dia. Ou seja, como os investidores interagiram de fato ao que aconteceu naquele dia na economia do país e do mundo. Era preciso chegar mais tarde e sair mais tarde.

Havia incompreensões externas: pouca gente sabia, naquela época, os hábitos dos brasileiros em termos de consumo de produtos financeiros na internet. Havia muitas dúvidas sobre a segurança do sistema. Sem um robusto projeto de comunicação e marketing do portal e esbarrando nestes vários desentendimentos, acabei voltando para o Globo, onde eu era editor adjunto de Economia, para ajudar nas mudanças no site do jornal.

Isso foi lá atrás. Há 16 anos. Hoje, com o surgimento das mídias sociais e a evolução da inteligência digital, não faz mais sentido se pensar em Comunicação Social como a gente fazia há 10 anos (nem precisa ir muito longe). As mudanças continuam, a revolução digital segue em frente e é preciso refazer tudo: das rotinas corporativas às rotinas pessoais, da maneira como enxergamos leitores e consumidores à maneira como nos comunicamos com eles. O tempo e as distâncias se encurtaram. Definitivamente, a época de se fazer jornalismo olhando somente para anunciante e acionistas não existe mais. A maneira de se fazer publicidade e marketing de olho somente no produto ou nas vendas não tem mais espaço num mundo onde o consumidor final se empoderou tanto. Por fim, as antigas táticas de Relações Públicas e comunicação corporativa que se limitavam ao envio de releases ou de jabás para jornalistas enfrenta uma realidade onde uma empresa que queira falar com seu público pode nem chegar perto de um jornal como conhecemos. Basta uma ação no Instagram.

A indústria da Comunicação Social, que antes dividia-se claramente no tripé jornalismo (conteúdos de narrativa), publicidade/marketing/branding e Relações Públicas (comunicação corporativa) virou um bicho único, totalmente horizontalizado com a popularização da internet, redes sociais e novas plataformas digitais.  Não é possível, hoje, trabalhar em comunicação fazendo apenas uma dessas três pernas. Qualquer agência de RP ou de publicidade ou assessoria de imprensa ou mesmo os produtores de conteúdo tradicionais, como a velha mídia, foram varridos pela digitalização dos meios. O consumidor se empoderou com a internet e as redes sociais e virou o jogo. Não é à toa que a maioria das produtoras de cinema virou produtora de conteúdo de imagem para qualquer um que pague, de corporações a canais de streaming, tipo Netflix ou YouTube.

Então a percepção que se tem no mundo da Comunicação Social, hoje, é que as agências de publicidade, de RP, assessorias de imprensa e até mesmo a imprensa vão virar empresas de comunicação multiplataforma. Ponto. A remuneração será feita mais pela estratégia intelectual – e isso inclui produtos que tenham dentro uma estratégia intelectual de comunicação e serviço, como, digamos, o aplicativo Waze – versus horas dedicadas do que por qualquer bônus de volume ou veiculação. Desde o valerioduto do mensalão, este velho modelo ruiu. Agora, diante na nova realidade digital, até mesmo a eficácia dos tradicionais anúncios na mídia como forma de comunicação vem sendo questionada.

Vencerá quem vender melhor a estratégia intelectual como um todo e em todos os formatos. A tradicional Comunicação Social morreu. Viva o novo profissional de comunicação!

Rock na madrugada – Lovin’ Spoonful, Summer In The City

https://www.youtube.com/watch?v=U5bUmx-hk-c

Sob a marca do declínio

POR GERSON NOGUEIRA

O Brasil está de novo fora da decisão da Taça Libertadores. O São Paulo, time nacional de maior tradição vitoriosa na competição nos últimos anos, foi eliminado após duas derrotas para o Atlético Nacional, da Colômbia. Faz algum tempo já que o país pentacampeão do mundo se mostra incapaz de brilhar em torneios sul-americanos, seja de clubes ou de seleções.

A Libertadores, que nos últimos 20 anos teve forte participação brasileira e sempre serviu de balizamento sobre o futebol no continente, está cada vez mais fora do alcance de nossos principais clubes. Mesmo reclamando (com certa razão) da atrapalhada atuação do árbitro chileno anteontem à noite, o São Paulo saiu de cena golpeado pelo ousado Atlético.

Na verdade, o São Paulo foi eliminado ainda no jogo de ida, disputado no Morumbi, diante de sua torcida. Ali, ainda com Ganso em campo, os colombianos fizeram 2 a 0 e surpreenderam pelo bom futebol, a facilidade na troca de passes e uma habilidade que um dia foi exclusividade nossa.

A trajetória dos clubes nacionais no principal torneio do continente é um item significativo a se somar ao conjunto de evidências da derrocada do futebol brasileiro desde os idos de 2006.

O fracasso do São Paulo conduz forçosamente a uma análise mais rigorosa destes 10 penosos anos de resultados insatisfatórios, nenhum destaque nas Copas do Mundo (incluindo a de 2014) e fraquíssima safra de revelação de jogadores.

de1a816f-91c3-4a21-b030-854da7d78018Ao contrário do que acontece com os concorrentes mais tradicionais – Argentina, Alemanha, Espanha, França, Itália –, o Brasil estagnou. E o principal sinal está na pobreza técnica, resumida no surgimento de apenas um craque durante a década.

Outros até ensaiaram se consolidar, mas se perderam pelo caminho. O fato é que, com exceção de Neymar, não há outro boleiro capaz de ser escalado e fazer a diferença com a camisa da Seleção.

O torneio olímpico que se aproxima é um bom momento para avaliar, de verdade, o estágio atual da produção nacional de jogadores. Raras têm sido as revelações que engrenam e se tornam realidade nos clubes. Um dos últimos sopros de talento, o meia-atacante Gabriel Jesus, do Palmeiras, vive de lampejos. Lucas Lima, do Santos, segue na mesma direção.

É verdade que surgem de vez em quando alguns atletas valorosos, levados diretamente para a Europa pelos pais (como os filhos do Mazinho na Espanha) ou por empresários, como Éder e Peleé, da jovem seleção da Itália. São exceções que apenas confirmam a regra.

Quanto aos novos, a dificuldade aumenta em função dos altos e baixos. A oscilação, que seria plenamente aceitável, por se tratar de jovens atletas, torna-se preocupante porque são esses jogadores ainda imberbes que carregam a imensa responsabilidade de representar o Brasil nas principais competições. E tudo fica mais difícil ainda porque não existem mais veteranos de peso para blindar os meninos.

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A força-tarefa de reconstrução do Baenão

Uma pequena força-tarefa junta associados, conselheiros e torcedores remistas em torno do objetivo de colaborar com a atual gestão e conseguir a recuperação do Baenão, excetuando a área destruída das cadeiras. Baluartes (Odilardo, Lameira, Washington e outros) trabalham exclusivamente em campanhas como a do porcelanato e da aquisição de sacos de cimento. Atuam em equipe, mas evitam holofotes. No momento, precisam de reforços. Qualquer ajuda para soerguer o clube será bem-vinda.

As obras do Baenão se tornaram prioritárias porque o estádio, parcialmente recuperado, poderá ser utilizado em partidas oficiais que atenuariam consideravelmente os transtornos financeiros causados pela programação obrigatória de jogos no estádio Jornalista Edgar Proença.

Os azulinos de boa cepa devem se juntar a esse time de abnegados.

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Papão de Dal Pozzo modifica antigos conceitos

Sob a batuta de Gilmar Dal Pozzo, o Papão está reescrevendo a antiga teoria segundo a qual “quem não faz gol, leva”. Depois de nove jogos sem tomar gol e um goleiro (Emerson) que virou recordista, o conceito precisa ser ligeiramente modificado: quem não faz gol também não leva.

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Direto do blog

“Sou leitor do DCM e li o artigo do suposto Scott Moore nesse site. Meu comentário foi pela primeira vez censurado, talvez por ter dito que o tal Scott não existe em carne e osso. Quase todos os seus artigos enaltecem o Corinthians e tem o ranço provinciano e bairrista do paulista. Daí não acreditar na existência do tal inglês (e não estou só nessa crença, entre os leitores do DCM). O modo de se expressar o dedura como alguém da pauliceia. Quanto a dizer que não temos nada a aprender com os europeus (aí está mais uma crença bairrista), isso vem ser a prova de que não conseguimos ver o declínio técnico do futebol brasileiro, outrora o melhor do mundo (sem bairrismo). Vi grandes jogos nessa Eurocopa 2016, como Alemanha x Itália, e por lá desfilaram, mesmo em fim de temporada, grandes craques. Os estádios, gramados e organização foram exemplares. Vi pouquíssima firula, cera e antijogo, ao contrário do que é visto em jogos de nossos campeonatos, que se arrastam durante 90 minutos. Não é preciso ter complexo de vira-latas para aprender com os outros. Ainda somos um grande celeiro de jogadores de bom nível, mas que precisam aprender regras do jogo, ter disciplina tática, treinar chutes de longa distância, ter espírito coletivo e abandonar de vez a malandragem. Do lado de fora, precisamos de dirigentes profissionais e honestos e mais organização. Sem isso, o declínio continuará firme e forte em direção ao abismo”.

Miguel Silva, a respeito do texto de Scott Moore, reproduzido na coluna de anteontem

(Coluna publicada no Bola desta sexta-feira, 15)