POR GERSON NOGUEIRA
O Papão foi a Pelotas em busca do empate e, se possível, conseguir aquela tal uma bola para vencer o jogo. Não deu. O Brasil, mesmo sem jogar bem, acabou chegando ao gol em pênalti polêmico marcado pelo árbitro sergipano. A partida apresentou um festival de passes errados, muita disputa no meio-campo e poucos lances de área.
Pior para o representante paraense, que sofreu o gol na reta final do jogo, quando tudo indicava que o placar final ficaria em 0 a 0. Mas é forçoso dizer que o Papão também não fez por onde vencer. Mostrou-se excessivamente preso às preocupações com a marcação, deixando de lado as tentativas de ataque.
A improdutiva presença do meia Rafael Costa contribuiu para o fraco rendimento ofensivo do time, que também não contou com apoio pelas laterais e ainda sofreu com as limitações de Wanderson na área. Costa tinha a incumbência de comandar as articulações no meio, mas não teve iniciativa e nem criatividade para levar o Papão à frente.
Jonathan se desdobrava no acompanhamento a Diogo Oliveira, o camisa 10 do Brasil e em tentativas de fazer a ligação com o ataque. No primeiro tempo, quase não teve oportunidades de avançar, mas na etapa final quase transformou um contragolpe em gol. Lançou Wanderson, recebeu de volta e devolveu para o centroavante, que isolou a bola, deixando de acionar o próprio Jonathan, livre na entrada da área. Foi o melhor momento do Papão na segunda parte do confronto.

Mesmo fechado, evitando maiores riscos, o time fraquejava em lances de área devido às precipitações de Domingues e Lombardi. O Brasil não se beneficiou disso porque errava nas jogadas de aproximação. Ao perceber que Augusto Recife não conseguia combater e nem se antecipar aos atacantes, Dado Cavalcanti lançou Rodrigo Andrade, que reforçou o combate à frente da zaga.
Na lateral direita, Edson Ratinho substituiu a Ronieri desde os 11 minutos do segundo tempo, mas praticamente não foi notado em campo. Dedicou-se a tentar marcar, sem qualquer preocupação de ir ao ataque.
Quando se esperava que Rafael Costa fosse substituído, Dado optou por colocar Rafael Luz e tirar Jonathan, sacrificando o que era a melhor alternativa de jogadas rápidas do Papão. Luz entrou ciscando muito, buscando arrancadas, mas longe demais de Wanderson e Fabinho, o único atacante bicolor que realmente criou dificuldades para a defensiva gaúcha.
O pênalti marcado por Claudio Francisco Lima da Silva decidiu a parada. Uma interpretação que atende às orientações da Fifa, mas que agride o bom senso. A bola resvalou na perna de Pablo e tocou no braço. Lance claramente não intencional.
Muito além dos problemas vistos no jogo de hoje, com ênfase na contradição entre maior posse de bola (59% contra 41%) e menor agressividade, o Papão terá que recuperar os jogadores entregues ao departamento médico.
Até o momento, Dado Cavalcanti não conseguiu repetir um time na Série B, ficando sem opções de atacantes – Leandro Cearense, Betinho, Ruan e Bruno Veiga contundidos e Alexandro suspenso. Não há entrosamento que resista a tantas mudanças.
Ontem à noite, o time teve uma ausência de última hora: Lucas, volante que é também o goleador do time (4 gols), foi barrado por lesão. Perderia ainda Ronieri no decorrer da partida.
Na análise da partida, Dado preferiu não justificar o mau resultado pelos desfalques, mas é inegável que o trabalho tem sido bastante comprometido pelas ausências de peças fundamentais. Se a Série B já é normalmente difícil, fica ainda mais complicado encarar a competição com baixas tão numerosas.
Chama atenção que o elenco tenha tantos problemas físicos e de condicionamento logo no começo da competição. Normalmente, são situações que surgem a partir da 15ª rodada. Preocupante é que o Papão já dá sinais de esgotamento antes mesmo de a competição entrar em seu período mais crítico.
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Atuação razoável, resultado ruim
Emerson, Fabinho Alves e Jonathan foram os melhores no Papão. Caso o time tivesse a mesma eficiência do trio o resultado poderia ter sido outro. De maneira geral, levando em conta tantas mudanças no time, a atuação foi razoável. Não há justiça em futebol, mas o empate seria o resultado mais próximo da realidade da partida.
Um aspecto curioso da campanha é que há quatro jogos o Papão tem mais posse de bola do que os adversários. Foi assim contra Oeste, Tupi, Luverdense e Brasil. Apesar disso, o time amarga a 16ª colocação, com apenas 5 pontos ganhos.
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Públicos decepcionantes na Série B
A rodada de ontem da Série B teve jogos interessantes e que, em tese, deveriam atrair bons públicos, mas as torcidas decepcionaram. O clássico Bahia e Náutico, disputado na Arena Fonte Nova, teve 8 mil espectadores. Já Oeste e Vasco levaram apenas 3 mil pagantes à Arena Barueri, quase a mesma quantidade de torcedores presentes no Serra Dourada para ver Vila Nova x CRB.
Nenhum dos jogos teve público que se aproximasse da plateia que prestigiou Remo x Asa, anteontem, no Mangueirão – 14 mil espectadores.
(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 01)
Perfeito Gerson.
Apenas um adentro, penso que o desgaste físico tenha relação direta com a preparação mal feita para o brasileiro. O PSC se preparou para vencer duas competições, agora paga por isso. Apenas espero e desejo que o PSC, depois da parada, consiga voltar a competição ao ponto de competir pelas primeiras colocações.
Amigo, espero e torço para que o Paissandu funcionem como aquelas corridas de fórmula 1 que o piloto larga nas últimas posições por problemas técnicos e a chuva e a entrada do carro de segurança ajudam na vitória ao final da corrida.
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Penso que o papel do “novo profissional” – ou DAS no serviço público, chamado Analista de Desempenho, nova moda que chegou a Paysandú e Remo, deveria ser a de avalizar a contratação de jogadores e avaliar o rendimento destes, em campo. Pergunta-se ao Analista do Paysandú: 1) qual o custo benefício de jogadores usuários habituais do chinelinho, como Betinho, L. Cearense, Ray; e 2) os rendimentos de Wanderson, Marcelo & Rafael Costa, Celsinho, justificam suas permanências no time, e no clube ?
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Pouco interesse do público é proporcional ao nível do futebol praticado.
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Um não, foram três e só marcou um!
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Também não entendo a preterição ao Jonnathan. Só se é porque o meio campista trocou abruptamente o Papão pelo Ceará no início deste ano e Dado agora tenta provar que não o acha importante. No caso da substituição, era nítido que Rafael Costa já estava cansado e Jonnathan era quem fazia a transição e se aproximava do solitário e atabalhoado Vanderson.
Gostaria, também, de destacar o bom trabalho do miolo de zaga bicolor. Em um jogo de abafa, como o feito pelo Brasil, é muito difícil resistir a pressão exercida desde a saída da bola, principalmente quando o time não consegue segurar a bola lá na frente. Mas Domingues e Lombardi resistiram muito bem e não deram outra alternativa ao juiz caseiro que não marcar aquele pênalti de forma hedionda. Menos mal que o juiz não era o Batista, ex seleção brasileira e agora comentarista da SPORTV, que viu dois outros pênaltis,inclusive em um lance que o Capanema nem teve contato físico com o adversário, tanto que o juiz marcou simplesmente tiro de meta; e outro em que o Domingues subiu sobre a cama de gato do adversário, mas o Batista queria pênalti. Haja bairrismo.
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Esse jogo de ontem me lembrou muito o time do ano passado. muita marcação e pouca inspiração. A diferença é que ano passado tinhamos os gols milagrosos do pikachu.
Jogar com três volantes é isso aí, o jogo fica muito mais truncado e feio de se ver, com pouquíssimas chances de gol. mas não descarto essa formação, principalmente para jogos fora de casa, pois o time fica mais cascudo, embora o jogo fique muito feio e chato de se ver.
O problema maior é que o dado simplesmente não tem tempo de treinar essa formação, pois ou está jogando, ou está viajando, ou está recuperando os jogadores.
Fica muito difícil assim.
Mas tenho certeza que no final as coisas vão se acertar, embora não acredite muito no acesso, mas em uma boa campanha na parte de cima da tabela.
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Nisso to contigo Nelio. Mas, acho que dá para ser eficiente com Jonhatan, Lucas, Capanema e o meia armador.
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A melhor chance na partida foi uma bola aérea no início do segundo tempo acho que foi o zagueiro Domingues. Com relação ao penal, que o juizão arranjou a bola pega primeiro na perna do Pablo e depois resvala no cotovelo. Resumindo o time do Brasil é muito fraco tecnicamente, independente de Leandro Camilo (pensei que já era aposentado) e Marcos Paraná, o time todo é muito ruim não sei como está no G4, mas sinceramente daqui há umas 15 rodadas acho que vai está brigando para não cair.
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O Paysandu tem como maior adversário os seus desfalques. Ontem foram nove. É verdade que pelo que vem jogando não sei se reforçariam em alguma coisa.
Quanto a público da Série B, acho que o rival deveria acabar com o futebol e alugar sua torcida para times com menor paixão.
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Sobre o público, confesso que achei decepcionante. Apesar de ser um bom público para uma segunda. Eu esperava algo entorno de 20 mil pessoas. Explico: Remo estava sem jogar jogos oficiais a bastante tempo, quase oito anos sem disputar a série C, veio de um bom resultado em Cuiabá e foi o primeiro jogo em Belém.
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Companheiro, a grana está curtíssima, principalmente para o público que frequenta estádios.
Não está fácil para ninguém.
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Acácio ser tu quiser a torcida do Remo pode ajuda vc porque 5 mil já é a glória kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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No primeiro tempo o juiz deixou de marcar um penal do zagueiro Domingues em cima do atacante do Brasil quando ele caiu em cima do jogador do Brasil
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Time sem a menor organização tática, mal treinado e um amontoado.
Francamente trouxeram só pernas de pau, piores do que estavam aqui. É um dos piores times que o Paysandu já formou e o Dado ainda diz que gostou da partida. Eu hein? É Maia, dentro de campo, continuas devendo…..
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Aquele outro timeco que está na série C, coitado, esse nem se fala então. Dá até dó ver….
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Não tem mais o Delson é nem o Joelson Cardoso pra ajudar kkkkkkkkkkk
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