Barbosa sobre a votação: “É de chorar de vergonha”

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O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e hoje advogado Joaquim Barbosa utilizou nesta segunda-feira (18) seu perfil no Twitter para desabafar sobre seu descontentamento com o teor dos votos dos deputados no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no último domingo. O ex-ministro não se manifestou a favor nem contra o impeachment da petista.

“É de chorar de vergonha! Simplesmente patético!”, afirmou o ex-ministro, que ficou famoso pela sua atuação dura no processo do mensalão, que levou à prisão os principais nomes da cúpula do PT.

O comentário de Barbosa foi feito logo após criticar a imprensa brasileira e recomendar aos seus seguidores assistirem a entrevista de Glenn Greenwald à emissora de TV americana CNN e também lerem a matéria da revista britânica “The Economist” listando as justificativas dos deputados em seus votos pelo impeachment.

Nos votos, a maioria dos parlamentareés favoráveis ao afastamento da petista não fez nenhum comentário ou posicionamento sobre as pedaladas fiscais – manobras contábeis que embasam o pedido de impeachment – e utilizou como justificativa seus próprios familiares, “Deus”, “cristianismo”, o fim da corrupção, dentre outros motivos que surpreenderam até jornais internacionais.

“Anotem: teremos outras razões para sentir vergonha de nós mesmos em toda essa história”, seguiu Barbosa, que em nenhum momento se manifestou se era favorável ou contra o afastamento da presidente. (Do UOL)

2 comentários em “Barbosa sobre a votação: “É de chorar de vergonha”

  1. Esses mesmos parlamentares vergonhosos formavam, até poucos meses atrás, a base de apoio do governo e ajudaram a atual presidente vencer a última eleição. O fato é que o PT e o PMDB são gêmeos siameses. Ou em nosso linguagem regional: farinha do mesmo saco!

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  2. De fato, foi uma tarde/noite de manifestações parlamentares deploráveis, de parte a parte.
    Mas, é preciso ter em mente que não havia necessidade ou obrigatoriedade de nenhum dos deputados dizer mais do que “sim” ou “não”, inclusive o tempo destinado para a manifestação, 30” no máximo, já indicava que a brevidade máxima devia informar o voto dos parlamentares.

    Na realidade, como havia um relatório dotado de uma extensa motivação sugerindo um dos possíveis caminhos a seguir, só mesmo para aqueles que discordassem da tal sugestão se justificava usar todo o tempo disponível para fundamentar sua discordância.

    Mas, para mim, a baixíssima qualidade da esmagadora maioria das manifestações dos deputados, para além de retratar a baixa qualificação que caractariza, regra geral, os nossos parlamentares, deixa à calva o pouco interesse, pra dizer o menos, que, via de regra, o nosso eleitorado dedica ao exercício do direito ao voto e à escolha de seus representantes.

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