Bruno Veiga está de volta ao Papão

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O atacante Bruno Veiga está de volta ao Paissandu, conforme o blog havia antecipado na última segunda-feira. Ele foi apresentado na tarde desta sexta-feira na sede social, atraindo vários torcedores, animados com a contratação. Assinou contratou com o clube até 2019 e já está à disposição do técnico Dado Cavalcanti.

Em entrevista, Bruno admitiu ter cometido um erro de cálculo ao deixar o clube no começo da Série B 2015, optando pelo Mogi Mirim. Desmentiu também qualquer negociação para defender o Remo, dizendo-se “torcedor” do Papão. Chegou a comentar que, por essa condição, jamais vestiria a camisa do maior rival. (Fotos: Ascom/PSC)

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A vez da coragem

POR MINO CARTA, na CartaCapital

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Desde a vitória eleitoral de Dilma Rousseff em 2014, CartaCapital, nesta e em muitas outras das suas páginas, aponta a única saída possível para a crise econômica que humilha o Brasil: crescer e crescer. O grande exemplo é o New Dealrooseveltiano, inspirado por lord Keynes, mas vale reconhecer que o presidente dos EUA contava com instituições sólidas e com uma base popular politizada. Mais ou menos o contrário da situação atual no Brasil.

Temos Executivo, Legislativo, Judiciário? Cabem ponderáveis, desoladoras dúvidas. Um juiz da província, um punhado de delegados de polícia e de promotores assumem tranquilamente o poder diante da indiferença governista e do comando da PF, enquanto um presidente da Câmara inequivocamente corrupto até hoje comanda a manobra golpista do impeachment de Dilma Rousseff, legítima presidenta. Está claro, porém, que ela somente, na qualidade de primeira mandatária, tem autoridade para reverter a rota, já a trafegar em pleno desastre.

O tempo que lhe sobra para agir é escasso, é bom sublinhar. O começo da ação tem de se dar antes do início do ano brasileiro, ou seja, depois do Carnaval, conforme nossa grotesca tradição. Caberia a Dilma partir de imediato para o mesmo gênero de investimento público que em 1933 colocou Roosevelt no caminho certo para estancar os efeitos do craque de 1929.

Ao se mover com esse norte, a presidenta teria de enfrentar as iras do chamado mercado, o onipresente Moloch, espantalho do tempo e do mundo, onde, debaixo da sua hegemonia, pouco mais de 270 famílias detêm o equivalente a 50% da riqueza do resto da humanidade. Para decisões de tal porte, de tamanha ousadia, exigem-se coragem, bravura, desassombro além dos limites. A questão é saber se o governo tem estatura para chegar a tanto.

Por ora, é doloroso constatar que o Executivo se deixa acuar, em primeiro lugar pela mídia e por quem esta apoia e protege. Está provado que toda tentativa de mediar, compor, conciliar, fracassou. Há tempo o governo exibe uma assustadora incapacidade de reação, a beirar a resignação. A quem mais, senão a Dilma, compete salvar o país? Creio não exagerar no emprego do verbo.

Pouco importa quanto o FMI propala a nosso respeito. O próprio Banco Central mostra-se agora mais atento às pressões do Planalto do que às do Fundo. O Brasil dispõe de recursos, a despeito do abandono a que foi relegada a indústria, maiores de quanto supõe a feroz filosofia oposicionista. Por exemplo, a chance de produzir petróleo a 8 dólares por barril, como se lê na reportagem de capa desta edição.

A tarefa que o destino atribui à presidenta é grandiosa e empolgante e lhe garantiria um lugar decisivo na nossa história. Os cidadãos de boa vontade, abertos a um diálogo centrado nos interesses nacionais, hão de esperar que Dilma encontre a força interior para agir

O passado é uma parada…

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Imagem do velho bondinho puxado por animais que fazia o transporte de veranistas para as praias de Mosqueiro até os anos 50. Senhores e senhoras elegantes, vestidos como se estivessem a caminho de um evento solene, desembarcavam dos vapores no trapiche da vila. Em seguida, apanhavam o bondinho até o distante Chapéu Virado. (Fonte: Mosqueirando/via Belém Antiga)