Há 34 anos sem Elis

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Há 34 anos, a música perdeu Elis Regina, considerada por muitos como a melhor cantora brasileira de todos os tempos. Gaúcha de nascimento, ela foi encontrada morta no dia 19 de janeiro de 1982 em seu apartamento, em São Paulo, aos 36 anos de idade. O laudo médico indicou como causa da morte uma mistura fatal de cocaína e álcool. A perda consternou o país. Elis estava no auge do prestígio. Tinha uma carreira sólida, com repertório de primeira linha, excepcional domínio de palco e voz afinadíssima.
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A cantora surgiu nos festivais dos anos 60 e se consagrou com os espetáculos Falso Brilhante e Transversal do Tempo. Politizada, sempre questionou as restrições impostas pelo regime militar. Em 1979, como repórter de O Liberal, tive a honra de entrevistar Elis no antigo Equatorial Hotel (foto abaixo), por ocasião da passagem por Belém de seu show “Essa Mulher”.
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Há 73 anos, nascia no Texas (EUA) a cantora e compositora Janis Joplin, cujo ápice da carreira foi no final dos anos 60 durante a era “flower power”. Consagrou-se como a melhor cantora de rock daquele período. Ela veio ao mundo em 19 de janeiro de 1943, na cidade de Port Arthur. Morreu em 4 de outubro de 1970, em Hollywood.

Cinco sinais de que alguém é bem-sucedido na vida

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Um dito popular aqui no Brasil diz que sempre acreditamos “que a grama do vizinho está mais verde que a nossa”. Que, apesar de as pessoas terem conquistas na vida, elas sempre se frustrarão por não terem ido tão longe quanto outras em alguns aspectos. Dar valor demais ao êxito alheio pode até incentivar a busca por mais conquistas. Mas, pelo menos no curto prazo, tal hábito leva à infelicidade.

Vale lembrar que, neste exato momento, pode haver alguém que esteja “olhando para a sua grama”. Sim. Há pessoas que estão em uma situação pior que a sua e te consideram alguém bem-sucedido por alguma razão. Uma reportagem originalmente publicada na “Inc.” elenca alguns dos fatores associados a pessoas bem-sucedidas. É bem possível se identificar com alguns deles. Conheça-os e valorize o que você tem:

1. Você não passou por nenhuma tragédia
Quem perdeu algum familiar ou amigo querido, sofreu algum acidente ou teve alguma doença complicada, seja ela física ou mental, tem motivos suficientes para se sentir frustrado. Todas elas são experiências traumáticas. Se você não enfrentou nenhuma delas nos últimos anos, considere-se um vencedor.

2. Sua situação financeira não é tão apertada assim
Poucos têm independência financeira. Isto é fato. No entanto, pode ser que o lucro de sua empresa, ou seu salário, não seja tão ruim assim. Deve haver um número razoável de pessoas com a sua formação acadêmica e classe social em uma situação muito mais crítica. Pense nisso.

3. Há um plano
Ser bem-sucedido é realizar sonhos. E é preciso ter metas para que eles se transformem em realidade de forma mais fácil. É claro que é impossível conquistar os objetivos sem uma boa execução. Mas quem planeja o que fazer para atingir a meta tem boa vantagem.

4. Você é ambicioso
Outro ingrediente importante na busca pelo sucesso é a ambição, uma grande vontade de conquistar seus objetivos. Quem deseja muito algo tende a se esforçar mais. E está um passo à frente no longo caminho que leva à realização de um sonho.

5. As pessoas te respeitam
Ter respeito, seja dos amigos, família ou colegas de trabalho, interfere positivamente na autoconfiança de alguém. Ao ter relações harmoniosas das pessoas que te cercam, você está melhor que muitas pessoas que não se dão bem em casa e no trabalho e, de quebra, não têm muitas amizades verdadeiras.

(Transcrito de “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”)

A mania de usar o inglês para soar chique

POR FREI BETTO

As palavras dançam, trocam de par e de país, andam de sandálias de dedo ou salto alto. Gabriel García Márquez dizia que, ao escrever, espalhava sobre a mesa vários dicionários, de modo que as palavras brigassem umas com as outras.

Pelo que se observa, há palavras chiques e banais. Em qualquer aeroporto, se você viaja de classe econômica, a indicação da fila está assim mesmo, em português. Porém, se embarca em classe executiva, então a palavra se veste em Londres: business class. Ainda que viaje apenas por lazer, sem nenhum propósito de fazer negócios.

Se tomar um café com uma fatia de bolo em casa, às quatro da tarde, isso é um lanche. Se à mesma hora o lugar do café for em uma empresa, então muda de figura – coffee break. Soa mais elegante, embora não necessariamente mais farto e saboroso.

Todo idioma se gasta pelo uso e, também, pela submissão colonialista. Soa mais charmoso o colonizado empregar termos proferidos pelo colonizador. A moda hoje é o inglês, como foi o grego na Antiguidade e será, com certeza, o mandarim no futuro.

Assim, há quem diga que trabalha full time. Jamais a faxineira usará essa expressão. Dirá apenas que trabalha o dia todo, inclusive sem tempo para aprender o que significa full time. E jamais ouvi quem trabalha meio período dizer part time.

O anglicismo pega fundo. Liquidação virou sale. Ora, se a intenção do lojista é vender o estoque, melhor anunciar isso em bom português, considerando que apenas 5% da população brasileira domina fluentemente o inglês.

Outrora se dizia que fulano era diretor de vendas ou gerente comercial. Agora a bossa é qualificá-lo de diretor de marketing. Se isso aumenta o volume de vendas, dou a mão à palmatória. E sugiro aos novos escritores se qualificarem como writers na tentativa de fazerem suas obras se tornarem best sellers.

Se você se hospeda em um hotel estrelado certamente encontrará no apartamento um kit de higiene. Só um hotel de baixa categoria ousa anunciar: “Utensílios de higiene”.

Nos estádios, nos teatros, nas cerimônias, costuma ter uma ala vip. Destinada a very important person – pessoa muito importante. Às vezes, quem tem direito ao acesso à ala privilegiada nem tem alguma importância, mas o dinheiro ou a função fala mais alto. “Ala das autoridades” ou “ala das celebridades” seria adequado, desde que uma multidão pernóstica, que nem é autoridade nem celebridade, não se considerasse tão importante.

Uma área que sofre de anglicismo crônico é a da informática. Mouse significa rato. Mas soa menos repulsivo manipular um mouse que um rato.

E há expressões com prazo de validade. Meu pai se referia ao chato dizendo que era um “sujeito pau”. Imbecil era tratado de boçal. Hoje em dia já não convém dizer que me senti incomodado. Soa mais in falar que deixei minha zona de conforto.

Muito eu teria a escrever sobre isso, mas como o jornal me impõe um deadline, prazo para a entrega do texto, melhor parar por aqui.

* Frei Betto é articulista do Portal Top Vitrine desde maio de 2012.

www.topvitrine.com.br/artigo/usar-o-ingles-soa-chique

Chelsea a fim de pagar R$ 58 milhões por Pato

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Chelsea e Alexandre Pato estão próximos de um acordo, que deve ser selado nesta semana. A informação é do jornal inglês Daily Express. Segundo a publicação, a transação deve ser fechada em 10 milhões de libras (R$ 58 milhões). As conversas ganharam novos rumos após a lesão na tíbia do principal atacante do time, Diego Costa, ocorrida no sábado.

Os Blues já tinham intenção de contratar um reforço para o ataque antes da baixa de Diego Costa. Outro atacante do elenco, o francês Remy também tem problema físico e pode deixar o clube.

A falta de opções no mercado também contribuiu para o Chelsea intensificar negociação com Pato. O jogador externou sua intenção de se transferir para uma equipe da Inglaterra e teve autorização do Corinthians para negociar sua saída do clube paulista.

O jornal Daily Star acredita que Pato já possa fazer sua estreia pelo Chelsea no clássico contra o Arsenal, dia 24, no Emirates Stadium. Caso se concretize a venda por R$ 58 milhões, o Corinthians teria direito a 60% da venda (R$ 34,8 milhões). Pato chegou ao time do Parque São Jorge em 2013, transação que representou R$ 40 milhões.

A diretora de negócios do Chelsea, a russa Marina Granovskaia, recebeu a missão de analisar a aquisição de Pato. De acordo com o jornal The Telegraph, a contratação do atacante do Corinthians é vista como uma “alternativa barata”, se comparada a outras aquisições no futebol inglês. O salário de Pato no Chelsea giraria em torno de 40 mil libras por semana (R$ 230 mil por semana). Os brasileiros Willian e Oscar, por exemplo, recebem mais de 120 mil libras por semana. (Do UOL Esporte)

Da série “O futebol é a mãe mais generosa”. Te dizer…

Caixa vincula Profut ao patrocínio de 10 clubes

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A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (19), em Brasília, a estratégia de patrocínio ao futebol para 2016. O banco divulgou investimento de R$ 83 milhões em 10 clubes brasileiros. Para este ano, a Caixa mantém os times já patrocinados, desde que tenham permanecido nas séries A e B do Campeonato Brasileiro. A novidade é a inclusão dos maiores times de Minas Gerais – Cruzeiro e Atlético Mineiro.

Segundo a presidenta da CEF, Miriam Belchior, os patrocínios ao futebol integram a estratégia mercadológica do banco, fortalecendo sua marca e colaborando com a profissionalização dos processos de gestão dos clubes. “O apoio ao futebol, assim como a outras modalidades esportivas, aumenta a visibilidade da nossa marca e contribui com o desenvolvimento do esporte. Os patrocínios ao futebol já obedecem aos critérios estabelecidos no Profut, além de outras exigências legais que definem a comprovação de regularidade fiscal dos clubes”, comentou a presidenta.

“A vinculação dos patrocínios da Caixa ao Profut demonstra que o banco está alinhado a essa iniciativa do governo federal para a profissionalização do futebol: gestão fiscal, governança, fortalecimento do futebol feminino, melhoria das condições de trabalho dos atletas e formação de categoria de base. Para isso, o Profut prevê ainda a criação de uma modalidade exclusiva de Loteria Instantânea Federal a ser administrada pela Caixa, com destinação de recursos arrecadados para os clubes que aderirem ao programa, mediante a cessão de uso de imagem das marcas”, explicou Miriam.

A lista de clubes com patrocínio master da Caixa inclui: Flamengo (RJ), Cruzeiro (MG), Atlético Mineiro (MG), Atlético Paranaense (PR), Coritiba (PR), Chapecoense (SC), Figueirense (SC), Sport (PE), Vitória (BA) e CRB (AL). Os contratos assinados têm vigência até 31 de dezembro de 2016. O banco mantém ainda, negociações com o Corinthians, que tem contrato vigente até fevereiro de 2016.

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Difícil é acreditar que Corinthians e Flamengo estejam em perfeita situação contábil e jurídica (e, portanto, habilitados ao Profut) com as dívidas monstruosas que acumulam há décadas e as centenas de processos nas costas. 

Histórias do mundo da bola

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Seleção vice-campeã do mundo em 1998, na Copa da França. Taffarel; César Sampaio, Rivaldo, Aldair, Junior Baiano e Cafu. Ronaldo, Roberto Carlos, Leonardo, Bebeto e Dunga. O técnico era Zagallo. HiFoi o mundial do apagão de Ronaldo, que teve convulsões antes do jogo final contra os franceses. Sob medicação, entrou em campo, mas foi substituído na metade da partida por Edmundo. Zidane comandou a França a uma vitória incontestável por 3 a 0.

A ecologia como marketing

POR GERSON NOGUEIRA

Competição idealizada às pressas e criada exclusivamente para salvar o Remo da inatividade em 2014 – havia ficado sem vaga no Brasileiro da Série D –, a Copa Verde estava precisando de um ato oficial e simbólico, que marcasse sua relevância para o futebol das diversas regiões que abrange.

Esta lacuna será parcialmente corrigida amanhã, às 16h, no Crowne Plaza. Até por sua importância para o torneio, Belém é de fato a cidade mais adequada para o evento. Afinal, aqui estão os clubes que sustentam e garantem a continuidade da Copa Verde. Sem a dupla Re-Pa e seus milhares de fanáticos torcedores, o torneio nem chegaria à segunda edição.

A solenidade terá um tempero extra: a Copa Verde passa a ostentar o selo de “primeira competição carbono zero do futebol brasileiro”. O marketing elaborou um pacote de iniciativas sustentáveis e previsão de compensação de todo o CO2 emitido durante o campeonato dão peso prático à pomposa denominação.

Para estimular a reciclagem de lixo, haverá troca de ingressos por garrafas PET em partidas realizadas no Acre, Amapá e Mato Grosso do Sul. O torcedor vai até os postos credenciados entregar garrafas e trocar por um ingresso.

No Brasil, ações que se misturam com apelos ecológicos costumam já nascer esvaziadas e sem efeito prático. Dificilmente o pacote da Copa Verde fugirá a esse padrão. O único mérito está na divulgação de boas práticas de sustentabilidade.

Em sua terceira edição, a Copa Verde 2016 evoluiu também na quantidade de competidores. A abertura será no dia 6 de fevereiro, com 18 clubes de 12 Estados do Centro-Oeste e Norte, regiões donas de dois dos maiores patrimônios naturais do país: a Amazônia e o Pantanal.

Ainda em atenção à face preservacionista da Copa, o campeão deste ano receberá dois troféus: a taça convencional e uma árvore da flora brasileira, a ser plantada na sede ou no estádio do clube vencedor.

Ah, a competição passa a ter um hino oficial e ganhou um mascote. A arara vermelha foi a escolhida como símbolo da fauna tapuia.

Tudo isso será apresentado na cerimônia de amanhã, com a presença de representantes dos clubes e das federações, políticos, convidados especiais e o presidente em exercício da CBF, coronel Antonio Carlos Nunes.

O Pará, que tem dois vice-campeões, perdeu dois representantes neste ano por força de uma mudança no regulamento. Independente e Parauapebas, segundo e terceiro colocados no campeonato estadual, foram alijados da disputa. Com base no ranking de clubes, a CBF atendeu um apelo do canal Esporte Interativo e incluiu Papão e Águia – embora este tenha que disputar um confronto classificatório com o Fast.

A festa tem tudo para ser bem animada e concorrida, mas seria melhor ainda se os clubes participantes passassem a ter direito a premiações mais dignas e condizentes com sua condição.

Os dois grandes do Pará, por exemplo, por justiça deveriam auferir um ganho extra pelo prestígio que dão ao torneio e pelo retorno financeiro ao canal de TV. Mas isso talvez fique para uma fase em que o torneio seja menos ecológico e mais pé no chão.

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Enfim, um Papão mais destemido

Em entrevista no fim de semana, o técnico Dado Cavalcanti garantiu que o Papão deste ano será mais ofensivo que o de 2015. Segundo ele, o time do ano passado jogava aberto pelos lados, mas fechado no meio, preocupado em se defender e padecendo da ausência de uma cabeça pensante na armação.

No Parazão, o torcedor já poderá observar um desenho diferente. Se mantida a formulação dos treinos, o Papão terá uma linha de quatro na defesa, três volantes (Capanema, Recife e Ilaílson), dois meias avançados (Rafael Luz e Marcelo Costa) e um atacante (Leandro Cearense).

É uma proposta interessante, que usará o campeonato estadual como laboratório para o decorrer da temporada. Caso o esquema se consolide, o Papão poderá jogar assim nas demais competições.

A mudança de mentalidade é providencial, pois na recente Série B o time padecia de um excesso de cuidados com a marcação. Fechava-se tanto às vezes que esquecia de atacar. Contra times do mesmo porte, o expediente se justificava, mas contra Mogi Mirim e outros desciam a ladeira a postura defensiva causou sérios prejuízos à campanha bicolor.

Que venham os novos tempos. E, justiça se faça, agora o treinador conta com vários homens para o setor de criação (Marcelo Costa, Rafael Luz, Celsinho, John César e Vélber). Antes, tinha muitos nomes e nenhum camisa 10 de verdade.

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Para quem vai o voto do grande benemérito 

O amigo azulino Ronaldo Passarinho, grande benemérito com extensa folha de serviços prestados ao Remo, envia mensagem à coluna comunicando seu apoio à chapa Miléo Jr-Milton Campos e esclarecendo os motivos.

“Espanta-me a leviandade de falsos informantes que tentam me colocar como uma pessoa que faz jogo duplo. Entendo que o André Cavalcante, se vier a ser eleito, poderá fazer uma excelente gestão no Clube do Remo.

Mas as pessoas que cercam o Miléo e o Milton Campos, além de serem excelentes caracteres, são remistas com relevantes serviços prestados ao Clube. Exemplifico: Domingos Sávio, Ângelo Carrascosa, Abelardo Sampaio, Ramayana Ribeiro e tantos outros do mesmo quilate que darão a Chapa 20, excelente suporte administrativo.

O que o Remo precisa é de Remistas autênticos que não condicionem a própria eleição qualquer ajuda que podem, apenas se eleitos, contribuírem com o Clube. Sou de uma época na qual o Clube do Remo sempre esteve acima de quaisquer divergências. Pensávamos apenas no clube e no seu êxito.

Hoje o que vejo, contradiz todo o passado. Egoísmos e vaidades sobrepõem-se ao amor que deveriam dedicar ao CR”.

(Coluna publicada no Bola desta terça-feira, 19)