Minowa renuncia à presidência do Remo

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O presidente Pedro Minowa apresentou neste sábado sua carta-renúncia ao Conselho Deliberativo do Remo, abrindo mão do restante de seu mandato, que iria até o final de 2016. Licenciado há seis meses, Minowa corria o risco de ser cassado pela AG, em face de várias denúncias de gestão temerária à frente do clube. Na carta, em duas laudas, Minowa dirige-se a sócios, conselheiros e aos torcedores, principalmente, ratificando seu “incondicional amor pelo clube”. Observa que o Remo é sustentado pela paixão de sua imensa torcida, que vem carregando o time há anos, independentemente de seus passos em campo.

O agora ex-presidente cita o fato de ter sido o primeiro presidente eleito em pleito direto no Remo (sendo que ganhou dois turnos, pois o primeiro escrutínio foi anulado) e que recebeu o clube com salários em atraso e uma “folha de pagamentos inchada”, exigindo renegociação urgente de salários. Revela o esforço feito para honrar com os salários de dezembro e o 13º salário referente a 2014, além da necessidade de montar um time às pressas para disputar as competições iniciais da temporada.

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Conclui sua carta observando que, por decisão de foro íntimo, “acreditando dar um passo importante para a busca de melhor estabilidade do clube, fortalecendo a dinâmica da democracia interna no Remo e proporcionando passos para construir um ambiente de renovação e assim promovermos novas eleições no clube – e ainda em conformidade com as nossas normas estatutárias -, renuncio neste ato ao cargo de presidente do Conselho Diretor do Clube do Remo”.

Nas ponderações finais, agradece a todos que contribuíram para sua eleição à presidência e conclama o vice-presidente Henrique Custódio a seguir seus passos. Com Minowa presidente, o Remo substituiu o técnico Zé Teodoro por Cacaio, dando início à sequência vitoria no Campeonato Paraense e na Copa Verde (vice-campeão).

Em conversa mantida há poucos minutos com Cláudio Santos, falando em nome do blog, o médico Henrique Custódio informou que irá entregar ainda hoje sua carta-renúncia. Disse entender que o Remo precisa de “um novo presidente, com ética e dignidade”, daí ter tomado a decisão de se afastar em definitivo. Observou, ainda, que irá se dedicar às suas atividades profissionais, lamentando o assalto “absurdo e lamentável” à sede do clube. (Foto: MÁRIO QUADROS)

15 comentários em “Minowa renuncia à presidência do Remo

  1. O Tourinho deixou uma feira inteira de abacaxis, até hoje estão descascando…Porque a pressa Minowa? Não vai esperar nem pelo resultado da investigação do roubo na sede?…Então, sayonara ou harakiri pra ti…kkkk

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  2. O sr. Minowa certamente teve seus erros, sendo muito provável que não tivesse os adjetivos necessários para conduzir o Clube do Remo, mormente nas condições que se encontra há mais de uma década, ao menos.

    No entanto, devido talvez a preconceitos ou outras razões inconfessáveis, toda a culpa recaiu em seus ombros.
    Sentindo que dava murro em ponta de faca, e pelo bem do Remo, renunciou abrindo caminho para algum milagreiro, abnegado ou coisa assim, possa tirar o Remo do buraco em que se encontra.

    De outro lado, sendo Minowa esse crápula que muitos falam, tendo cumprido seu objetivo escuso, sai de fininho.

    Numa hipótese ou noutra, não é culpado por todo o descalabro que atravessa o CR. Há sim ressentimentos da parte do grupo que perdeu a eleição. Alguma semelhança?

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  3. Verdade Celira, este sr é muito remista

    Caiu num golpe, foi usado pra retomarem o clube
    Pois sabiam que ele não ia dá conta do recado.
    No primeiro vacilo dele inventaram uma tal de administração temerária e o resto da história já sabemos

    Saiu da primeira vez pra não atrapalhar e agora renuncia pois com certeza se convenceu que não é bem vindo.
    Ainda bem que ele não era o presidente quando o dinheiro sumiu, pois seria acusado de gestor temerário .
    Boa sorte na vida, seu Minowa.

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  4. Não há muito o que discutir sobre a competência dos gestores azulinos nos últimos vinte anos pelo menos, porque não há tanta competência assim sobre a qual realizar um debate. Há um golpe estatutário sobre o clube, com seus conselhos e beneméritos. Só não vê quem não quer. O Clube do Remo está sendo apropriado por uma elite prevista no estatuto, algo incompreensível e inaceitável. A estrutura administrativa, corrupta e viciada, aliada a uma cultura colonial, onde nem todos os sócios são respeitados de verdade, onde sócio é um título alternativo a cliente cativo. No Remo, muitos sócios não são titulares dos mesmos direitos que outros sócios, a elite prevista no estatuto. Associar-se ao Remo é sinônimo de burrice justamente porque você pode estar associando-se a gestores temerários, iguais, diferentes, ou piores que Minowa. O próprio Manoel Ribeiro, com o assalto à sede, dá provas de que é capaz das mesmas atitudes inconsequentes que afastaram Minowa da presidência, como bem observado pelo Edson, o bicolor mais remista que se tem notícia, de tanto que se preocupa com o Leão Azul mais lindo do mundo! Provocações aos rivais à parte, entretanto, a abordagem do Edson é muito oportuna, é preciso lembrar que há os Raimundos Ribeiros, Amaros Klautaus, ainda muito próximos do poder no mais querido…

    O Remo não subiu à série C por causa da diretoria, e nem o programa ST azulino se deve à grandes ações de marketing. O sucesso de 2015 se deve fundamentalmente ao trabalho feito por elenco e comissão técnicas. O julgamento do torcedor sobre o elenco e a comissão técnica é altamente positivo. O torcedor se sentiu representado por eles em campo. A diretoria, sabiamente, não quebrou essa identificação específica entre a torcida e a atitude dos jogadores e membros da comissão técnica.

    O Remo precisa ser modernizado em gestão e aprender a investir em futebol, não apenas contratando jogadores, mas construindo um CT, reformando o estádio, valorizando o patrimônio e as categorias de base. Investir em futebol não pode ser sinônimo de folha de pagamento de contratados pelo clube, há de se ver que investimento é, também, apoiar e dar chances aos garotos da base, honrar os compromissos financeiros e ter responsabilidade com o patrimônio do clube. Nem Minowa, nem Manoel Ribeiro são assim tão responsáveis pelo sucesso de 2015, são os que vão colher os frutos políticos do trabalho dos outros, dos jogadores e comissão técnica.

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  5. Amigo Lopes, estou me convencedo de que o nosso Mais Querido precisa ser refundado. E, cá pra nós, mesmo não vendo sabedoria alguma na atual diretoria, tenho pra mim que o problema de gestão azulina não é de amadorismo, pois o que não falta ali são profissionais.

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  6. Lopes, depois de uma ofensa dessa sua, prefiro me calar pra não ser grosseiro

    Em baixo de cada post tem um quadro pra que se emita opinião
    Foi iso que fiz

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