Petrobras e as incríveis coincidências

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Por Fernando Brito

O mundo, realmente, deve ser muito pequeno.
O doleiro Alberto Yousseff já foi acusado, processado, firmou um acordo de delação premiada, rompeu-o e foi condenado por um juiz criminal do Paraná.
Isso em 2004, dez anos atrás, pelo caso Banestado, que envolvia lavagem de dinheiro para campanha da dupla Jaime Lerner (DEM), que tinha uma coligação informal com Álvaro Dias (PSDB) em 1998.
Quem era o juiz? O Dr. Sérgio Moro, que definia o doleiro como “um bandido profissional”.
Um década depois, outro processo envolveu Yousseff e, por uma destas artes incríveis do destino, o juiz é o mesmo Dr. Sérgio Moro. A menos que haja uma conexão entre os dois casos, separados por mais de uma década, só pode ser uma imensa coincidência.
Yousseff ficou preso até fevereiro de 2004. Dois meses antes de seu atual comparsa, Paulo Roberto Costa, conseguir, indicado pelo falecido deputado José Janene, do PP, uma nova diretoria na Petrobrás. E Yousseff passa a ser operador de Costa.
Não parece crível que um executivo corrupto vá chamar para ajudá-lo, em operações secretas, um camarada que acaba de ser solto, depois de gramar meses de cadeia por corrupção empresarial (e política).
Afinal, há dúzias de operadores financeiros “ficha limpa”, sem condenação criminal e muito menos cadeia, prontos a “fazer o serviço”, por polpudas comissões.
Fica-se sabendo agora que o Dr. Moro nada tem a opor ao vazamento dos depoimentos de Yousseff e Costa porque seriam ”um consectário normal do interesse público e do princípio da publicidade dos atos processuais em uma ação penal na qual não foi imposto segredo de justiça”, e que não estariam relacionados com a delação premiada de Costa e Youssef.
Mas, diga o leitor, se o pagamento de propinas a partidos políticos não está relacionado à delação premiada negociada com o STF, o que estaria? Por que Yousseff e Costa, num estranho balé verbal, usaram a expressão “agentes políticos”, para fazerem suas acusações a políticos e não tenham se referido a ninguém que, por deter mandato, estivesse sob foro do STF?
Porque isso foi uma ordem do juiz Moro, transcrita na Folha:
“Esse processo em participar diz respeito a supostos desvios de valores da Petrobras através de empresas contratadas da Petrobras. Antes de lhe indagar a esse respeito, vou fazer alerta: não tratamos autoridades com foro privilegiado porque vão ser tratadas pelo STF, então, não decline nomes de autoridades. Pode se referir a agentes políticos, agentes públicos. Evidentemente, isso vai vir a público no momento adequado”.
Quer dizer, então, que ao não se falar o nome do “agente político” que deve ser julgado no STF, qualquer juiz de comarca pode tratar daquele suposto ilícito que teria de ser apurado e julgado numa ação penal da Suprema Corte?
Por que, se era público, não se permitiu o acesso de todos e “vazou” um vídeo, com características de gravação clandestina, sem imagens e apenas o áudio? Certamente não foi por obra do advogado de Yousseff, Dr. Figueiredo Basto, que só por acaso era, até poucos meses, integrante nomeado (pelo governador tucano Beto Richa) do conselho de uma estatal paranaense e ele próprio advogado de Richa em pelo menos uma ocasião, não é?
E o que seria ”momento adequado” para vir a público, Dr. Moro, o senhor poderia fazer a fineza de explicar-nos, a todos quantos confiamos na isenção do Judiciário?
Seria no momento em que todas as tevês e jornais iriam colocar acusações de um ladrão e seu doleiro “bandido profissional” – na sua própria definição, Dr. Moro – como imputações a partidos e candidatos que não têm sequer o direito de saber das acusações que existem, porque, para negar-lhes acesso, aí vale o segredo de Justiça?
Ah, foi tudo casual, espontâneo, coincidência…

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Mestre Gil agora está com Dilma

A campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) divulgou neste sábado (16) que o cantor e compositor Gilberto Gil, ex-ministro da Cultura do governo Lula, declarou seu apoio à candidatura petista no segundo turno das eleições presidenciais. Em vídeo noticiado pelo PT, Gil revela que votou em Marina Silva no primeiro turno, mas que no segundo turno Dilma receberá seu voto.

images“Eu votei em Marina, sou do Partido Verde, é a candidata do Partido Verde. Vou votar em Dilma no segundo turno. Convivi com ela em ambiente de governo, em situação, enfim, de ministério, que decisões precisavam ser tomadas, que a disputa pelo orçamento se dava, e ela sempre tratou o Ministério da Cultura com muito respeito, muito apreço, dando a ele muita importância”, disse Gilberto Gil. O cantor e compositor, que é filiado ao PV e foi ministro da Cultura do governo Lula entre 2003 e 2008, declarou voto em favor de Dilma antes da reunião que será realizada no domingo (17) e irá decidir quem o PV irá apoiar no segundo turno. (Do portal Terra)

Seleção ganha em campo, mas leva o maior dos tapas na cara fora dele

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Por Julio Gomes, da BBC Brasil

Era um verão de 2007. Eu estava de férias, dando uma volta de carro pela Turquia antes de cobrir o GP de F-1 local para a Rádio Bandeirantes. Andava atrasado e com pressa, como sempre, de uma cidade para outra. Já tinha dirigido uns 1000 quilômetros naqueles dias e não via a hora de chegar logo a Istambul. Passando por uma cidade chamada Bursa… sirene. Encosta. Polícia. Putz.
Eles não falavam inglês. Eu não falo turco. Era nada com nada. Sem chance de diálogo. Eles pediam muito dinheiro, eu nem tinha aquilo tudo comigo. E, claro, sabia que não devia ser o valor de uma multa simples de velocidade. Mas eu tinha uma câmera no porta-malas do carro. E tinha uma entrevista gravada nela. Não lembro agora se era do Alex ou do Roberto Carlos. Acho que era do Alex. E tinha uma camisa do Brasil também, que eu sempre levava comigo. A 10 de Ronaldinho.
Em 10 segundos, estava resolvido. Abraço pra lá, abraço pra cá. Acho que eu recitei todos os nomes de jogadores brasileiros que jogavam na Turquia naquela época. Até do Marco Aurélio, que tinha virado ou iria virar Mehmet Aurélio. Os caras adoraram. E eu segui caminho.
Quem é jornalista e já viajou bastante sempre terá histórias parecidas para contar. Ser brasileiro já me tirou de cada enrascada!
Não são as novelas. Nem os políticos. Não foi o tricampeonato do mundo. Nem as vitórias dos times brasileiros no Japão. Sempre foram, na minha razão, dois fatores. O primeiro, que talvez poucos notem, o fato de o Brasil não ter se metido em guerras e ter recebido tantas ondas de imigrantes. Não temos inimigos. O segundo, o que todos vemos a olho nu, é a paixão pela magia do nosso futebol.
O amor pelo Brasil não vem de nossos títulos. Tantas Copas Américas, tantas Copa das Confederações, tantos isso, tantos aquilo. O amor é pelo jeito de jogar. A tal “ginga”. O modo simpático, alegre, leve de atuar dentro de campo. O sorriso no rosto. Nós sempre fomos o futebol. Não só jogamos. Somos a essência do esporte.
Eu já cobri jogo da seleção brasileira na China. A primeira vez, faz 11 anos e alguns meses. Era a estreia de Carlos Alberto Parreira, logo após o penta de Felipão. A seleção era uma febre. A segunda, em 2008. Era a semifinal olímpica, e o estádio inteiro torcia pelo Brasil de Ronaldinho (e Dunga).
Neste sábado, a TV chinesa mostrou grupos e mais grupos de pessoas com a camisa da Argentina nas arquibancadas do Ninho de Pássaro. Amigos me contam que a coisa estava dividida por lá. Torcida dividida em jogo da seleção em país neutro. Asiático, ainda por cima. Não, não é normal.
Alguns podem dizer que a culpa é de Messi. Chineses vestiam a camisa da Argentina por causa de Messi. Tem sentido. Mas é bom lembrar que outros jogadores argentinos são protagonistas nas grandes ligas europeias. Di María, Aguero, Zabaleta, Rojo, Mascherano, estão nos times que têm todos os seus jogos transmitidos para a Ásia. E são importantes neles, não apenas coadjuvantes.
O fato é que, na era do futebol global, o Brasil perdeu protagonismo. E o futebol que a seleção brasileira pratica já não tem magia há anos. Décadas.
Vocês acham que algum gringo se apaixonou pelo Brasil assistindo às Copas de 2006, 2010 ou 2014? Saiu para comprar camisa? Ou vendo o São Paulo contra o Liverpool. Ou o Corinthians contra o Chelsea. Acha mesmo?
Dois casos recentes que aconteceram comigo me fizeram abrir os olhos.
Em maio, em Londres, onde estive a trabalho, passei todo um trajeto batendo papo sobre futebol com um taxista. O cara era um apaixonado pelo futebol brasileiro. Amava Sócrates, Tostão, Rivellino. E, em determinado momento, me disse. “O Chelsea (time dele) tem um jogador aqui que é muito bom. Mas que não tem nada, nada, nada de brasileiro. O nome dele é Ramires. Corre, corre, corre. Mas tenho certeza que ele não nasceu no Brasil!”.
(Em tempo, eu gosto do futebol de Ramires. Não vejo brilho, mas gosto.)
O outro caso aconteceu na Copa, participando de transmissões da rádio BBC 5 Live. E os colegas comentaristas estavam assustadíssimos com o futebol muitas vezes violento apresentado pelo Brasil. Especialmente naquele nefasto jogo contra a Colômbia, em Fortaleza. “Julio, o que aconteceu com nosso Brasil?”, perguntavam. Era como um divórcio. Eles estavam acordando do sonho que viveram por décadas.
Porque vamos lá, né. Vamos combinar. Na Europa, a não ser meia dúzia de fanáticos ou ultraprofissionais, ninguém vê futebol brasileiro e nem jogos da seleção brasileira. A canarinha só é apreciada nas Copas. É por isso, desconfio, que eles demoraram tanto para cair na real. E os 7 a 1 foram aquela coisa. Acordaram do sonho caindo da cama. Foi meio bruto.
O jogo contra a Argentina, por ser em um sábado “vazio” e sem concorrência, por ser um clássico, por ser em bom horário, até que teve um bom número de “gringos” comentando na minha timeline do Twitter. E vocês acham que a vitória e os gols de Tardelli foram suficientes? Claro que não. E nem poderiam.
Foi um Brasil consciente de sua limitação, o que é mérito de Dunga. Sabe que é inferior, se defende com louvor e tenta achar oportunidades nos contra-ataques, com jogadores bons e velozes. Podia ter perdido da Argentina, pelo que foram os 30 primeiros minutos. Mas ganhou. Mereceu ganhar o jogo. Porque fez seu plano de jogo se impor. Mas fantasia? Magia? Sorriso no rosto?
haha
É um Brasil de contra-ataques. Como foi o anterior de Dunga. Comprometido, atualizado, aproveitando-se da evolução tática e técnica dos seus nas ligas europeias. Os times de Mourinho também são assim. É um Brasil que pode ganhar de qualquer um. E que pode perder de qualquer um. Que vai jogar em função do adversário, não fazer o adversário jogar em função dele. Que não vai ser lembrado nem admirado.
O Brasil pode até ganhar a próxima Copa. Mas ele já se divorciou de si mesmo há muito tempo, muito antes do divórcio internacional que estamos vendo agora. Aquelas camisas da Argentina em Pequim não são coincidência. São um tapa na cara. E merecido, por tudo o que foi feito com o futebol brasileiro ao longo dos últimos 30 anos.
Aqui, aprendemos que o que importa é ganhar. Seja no futebol, seja nas eleições, seja na reunião de condomínio. Legado? Isso não faz parte da nossa sociedade. É o aqui, agora. O que me satisfaz. E pronto.
Você acha mais importante ganhar da Argentina de 2 a 0, seja como for, do que perder de outra maneira? Você acha que a Supercopa das Américas é mais importante do que ter meia dúzia de chineses com a camisa do Brasil na arquibancada?
OK, eu respeito. Vocês são maioria.
Eu apenas lamento. Ganhar e perder, todos ganham e perdem. Tocar lá no fundo é para poucos.
Ainda dá tempo de mudar tudo isso, mas creio que na estrada turca, daqui a alguns anos, não restará outro idioma que não o do dinheiro para conversar com aqueles guardas. A camisa brasileira já não deverá estar valendo para muita coisa, não. Não irá tocar corações e nem arrancar sorrisos. Será apenas um pano amarelo.

Baita texto, tidizê…

Direto do Facebook

Por Palmério Dória

A mídia gosta de uma boa história de corrupção. Gosta mesmo? Por que nunca foi atrás dos negócios de Mario Covas Neto, o Zuzinha, com um guarda-chuva chamado Tejofran? Por que jamais se preocupou em destrinchar a fortuna incalculável de Tasso Jereissati e sua família, donos do Ceará? Muito menos de Aécio Neves, esperança dela para cortar a sequência de governos petistas, entrutado até o pescoço. E do pescoço vai passar com Andrea Matarazzo levantando bufunfa para ele nesta campanha.

Tempo de esperanças

Por Gerson Nogueira

A semana começa ainda em ritmo ciriano e cheia de esperanças para o Papão, que vai intensificar treinamentos para enfrentar um adversário desconhecido, que pratica um futebol competitivo e está invicto há 13 jogos. Por tudo isso, o Tupi de Juiz de Fora merece todo respeito, atenção e estratégia.

Em entrevista ao Bola na Torre, o ala Pikachu comentou que o técnico Mazola Junior ainda não parou para conversar com o elenco sobre a maneira de jogar do Tupi. Mazola vem estudando a equipe mineira, valendo-se dos bons contatos que tem no futebol das Alterosas, onde militou como auxiliar técnico do Cruzeiro durante anos.

Não resta dúvida que os cuidados são mais do que necessários em confronto de mata-mata, mas é fato que o Papão precisa acima de tudo ajustar suas linhas e corrigir as imperfeições, principalmente na meia cancha, onde a falta de um organizador continua a clamar por solução. Como não há mais tempo para arranjar um especialista (Rogerinho não será mais contratado), resta ao técnico se virar com os jogadores disponíveis.

unnamedAs experiências recentes revelam que Héverton foi o mais produtivo quando foi utilizado na ligação com o ataque. Essa opção funciona melhor quando Augusto Recife ganha liberdade para iniciar as jogadas, passando e lançando. Recife é titular absoluto, mas Héverton nem sempre é aproveitado por questões de ordem física.

Com ambos, o Papão fica mais forte pelo meio, embora o principal trunfo do time continue a ser o lado direito, onde Pikachu pontifica quando parte de trás rumo à área inimiga. Seu avanço na diagonal, cruzando ou recebendo lançamentos nas costas da zaga, é há muito tempo a jogada mais letal do time.

Mazola até custou a perceber isso neste retorno à Curuzu, mas já providenciou os ajustes necessários e Pikachu voltou ao corredor que conhece e domina. Quando tem a companhia de Djalma fica ainda mais produtivo. Para o primeiro jogo da decisão é possível (e desejável) que a dupla seja mantida. Foi graças a ela que Pikachu, mesmo com altos e baixos, se consolidou como vice-artilheiro da equipe na temporada, com 13 gols marcados.

Como é provável que Pikachu seja negociado a partir de janeiro, conforme declarações do próprio presidente Vandick Lima, a partida de sábado se reveste de um significado especial: será mais uma oportunidade para o torcedor apreciar o futebol de uma das estrelas do nosso futebol, revelação das divisões de base e um dos melhores alas em atividade no Brasil. Com a vantagem de ser um exímio finalizador, coisa que nenhum de seus rivais de posição consegue ser.

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Remo se entrega ao embate político

Sem atividades até dezembro, o Remo se dedica à política. Duas chapas estão postas para o pleito que se aproxima. Zeca Pirão de um lado, Pedro Minowa do outro. Pela lei natural das coisas e levando em conta o trabalho realizado, o presidente é favoritíssimo à reeleição. Mas Minowa, que integra a atual diretoria, é um dirigente com bom trânsito junto às torcidas e bem avaliado por sócios e conselheiros.

Da discussão de propostas deve surgir um novo projeto de gestão para o clube, ora sem uma solução para as obras do estádio Evandro Almeida, cuja parte de camarotes e cadeiras ainda não chegou a ser construída. A diretoria negocia parcerias, mas por enquanto não há uma definição.

Carro-chefe da vida do clube, o futebol profissional vai centrar esforços na conquista do bicampeonato, que garantirá participação na Série D. Cabe observar que o elenco precisará dispor de peças de reposição para atender aos compromissos da Copa Verde, cujas datas coincidem com a segunda metade da competição estadual.

Pelo bem do próprio clube, é lógico supor que a eleição marcada para 8 de novembro não cause divisões definitivas e irreconciliáveis na cúpula remista. Mas, obviamente, tudo dependerá da campanha eleitoral, que já começou.

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Goleiros, as novas estrelas alvinegras

Não se pode dizer que o Botafogo tem um ataque eficiente ou ameaçador. A carência de atacantes é uma das grandes causas da terrível campanha no Brasileiro. Se não vai bem na ofensiva, o Glorioso tem o consolo de que a retaguarda está funcionando. Pode mesmo se vangloriar de contar hoje com três grandes goleiros.

Jefferson, titular da Seleção, pegou até pênalti cobrado por Messi no amistoso contra a Argentina. Helton Leite, terceiro reserva, só não fez chover diante do Corinthians na heróica vitória de sábado em Manaus. E Andrei, reserva imediato de Jefferson, foi confirmado como titular da Seleção Brasileira sub-23.

Um trio à altura da tradição alvinegra na posição, onde pontificaram nomes como Manga, Wendell, Paulo Sérgio e Wagner.

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Direto do blog

“O Brasil jogou boa partida e a vitória ajuda na retomada da autoconfiança. Impressionante como Diego Tardelli tem jogado como veterano e se entendido muito bem com Oscar, Willian e Neymar. Isto abre uma perspectiva do time canarinho tornar-se mortal no contrataque, algo que faltou na Copa. Infelizmente, Neymar fez muita fita, como nos velhos tempos, se tivesse jogado com a objetividade que costuma atuar pelo Barcelona o placar poderia ser mais folgado.

Destaque também para a bem postada defesa brasileira, inclusive o goleiro Jefferson. Dunga começa a resgatar a credibilidade de nossa seleção, gostemos ou não do seu trabalho. Com ele, pelo menos sempre estivemos no bolo das melhores, apesar da perda da Copa de 2010.”

De Jorge Paz Amorim, sobre a quarta vitória de Dunga sobre os Hermanos como técnico do escrete.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 13)

A batalha contra o ódio

Por Valmor Félix (grupo Coração Valente)

O sujeito diz que não vota no PT porque é contra a corrupção, aí você mostra com dados que o PSDB é o partido mais corrupto do Brasil.

O sujeito diz que o PT não investe em educação, aí você cita o Prouni, as Cotas, o Pronatec, o Ciências sem fronteiras, as dezoito universidades federais e as mais de duzentas escolas técnicas.

O sujeito diz que é contra o Bolsa Família, que tem que ensinar a pescar e não dar o peixe, aí você explica com toda a paciência o que é o Bolsa Família, que a criança tem que estar na escola, que ninguém vive com R$ 77,00 por mês. O sujeito diz que conhece uma amiga da amiga da empregada da vizinha que ganha quase um salário mínimo sem fazer nada, aí você explica que se essa mulher existe deve ser presa, porque está burlando o programa.

O sujeito diz que o PT quer transformar o Brasil em Cuba, aí você explica que vivemos em uma democracia plena, tanto que batem no PT diariamente nos jornais e nunca mandaram prender nenhum colunista da Veja.

O sujeito então diz que o PT quer calar a mídia e você mostra que quem manda recolher computadores na casa de jornalistas e tenta calar sessenta e seis blogueiros é o mocinho de Minas.

Aí o sujeito apela e diz que votaria até no Levi Fidelix pra tirar o PT do seu projeto de poder. Aí você se convence que o ódio realmente não tem explicação lógica ou fundamento… o ódio é só o ódio.