Árbitro denuncia incidente no estádio da Curuzu

Um menor foi o responsável pelo ponto destoante da grande festa de reinauguração do estádio da Curuzu, sábado à noite. Durante o segundo tempo do jogo Paissandu x Salgueiro, ele arremessou uma garrafa pet vazia para dentro do campo. Denunciado por torcedores, o infrator foi apreendido por policiais que faziam a segurança do jogo e em seguida levado até uma das viaturas da Polícia Militar. Dentro do carro, o garoto teria confessado que foi induzido pelo ex-diretor do Papão, Carlos Silva, o Carlão, a cometer o vandalismo. O árbitro da partida 

O advogado Alberto Maia, chefe do departamento jurídico bicolor e candidato à presidência do clube, prometeu as medidas necessárias para evitar que o clube volte a ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas mostrou-se desanimado com a reincidência. “Corremos o risco de pegar outra punição e vamos trabalhar para ver o que pode ser feito. O Paissandu tem um histórico de reincidência e dificilmente deixará de ser punido, caso venha a ser denunciado”, avaliou Maia.

Fontes ligadas à Federação Paraense de Futebol (FPF) disseram que o árbitro Wagner dos Santos Rosa (RJ) não teria tomado conhecimento do episódio, o que livraria o Papão de uma possível punição. Ocorre que o árbitro, que antes da partida chegou a receber uma plaqueta pela carreira concedida pela FPF, registrou o incidente na súmula do jogo. Informou que o objeto foi atirado no gramado aos 44 minutos do segundo tempo e que o acusado não chegou a ser apresentado a ele pelo clube.

“Aos 44 minutos da 2ª fase, me foi informado pelo Árbitro Assistente nº 1, Sr. Lorival Flores, que fora arremessado para o interior do campo de jogo uma garrafa PET plástica vazia, sendo recolhida rapidamente por um funcionário da equipe do Paysandu S.C., não tendo atingido ninguém. Até o presente momento não foi informado o autor”, relata Wagner.

 

O OUTRO LADO
Procurado ainda no domingo pela reportagem do caderno Bola, ontem pela manhã, o ex-diretor de segurança do Papão, Carlos Silva, 58 anos, negou que tenha orientado o menor a atirar a garrafa pet para dentro do gramado. “Isso é uma grande mentira, uma calúnia contra a minha pessoa”, defendeu-se. Carlão, como é mais conhecido no meio esportivo, contou que assistiu ao jogo em local bem distante onde o menor foi apreendido.

“Saí do estádio faltando dez minutos para o final da partida sem saber que tinham envolvido meu nome nessa história”, disse. “Jamais faria uma coisa dessas para prejudicar o clube”, disse. O ex-diretor, que é filho de Nabor de Castro e Silva, lendário dirigente do Paissandu, já falecido, não descarta a possibilidade de entrar com ação na justiça contra a diretoria. “Se tiver de entrar na justiça, infelizmente, vou ter de entrar para preservar a minha integridade moral”, disse.

17 comentários em “Árbitro denuncia incidente no estádio da Curuzu

  1. No jogo do Remo também jogaram duas latinha de cerveja, percebi que os dois elementos que jogaram estavam extremamente bêbados, foram imediatamente retirados do estadio pelos seguranças.
    Essa corja só prejudica nossos maiores clubes, infelizmente a segurança contratada nem sempre consegue identificar e responsabilizar esses marginais.
    Só esse ano Remo e o listrado tiveram mais de 2 milhões de prejuízo pela ausência de suas torcidas nos estádios.

    Curtir

  2. Num país onde se chama de macaco, preto fedido e uma moça de pele clara é flagrada berrando maaaaaaaaaacaaaaaaaaaacoooooooooo a um atleta, jogar uma garrafa pet e não atingir ninguém é fichinha de fichinha.

    Tá na hora dos advogados de clubes do Brasil, que são times de massa darem um murro na mesa e exigir mudanças no critérios de punição aos clubes.

    Esse papo de duas folhas de mau comportamento é bandalheira.

    Advogado do Paysandu tá indo muito mansinho já aceitando essas atrocidades feitas pelo famigerado STJD

    Curtir

  3. Apenas um breve comentário de quem estava no campo.

    1) A garrafa pet de dois litros vazia foi arremessada em direção a ninguém, pois, não tinha a intenção de agredir (isso que me leva a suspeitar que tenha alguém patrocinando estas ações estapafúrdias);

    2) Existem clubes brasileiros que o STJD passa a mão em situações como esta. As punições imposta aos times da série A são em virtudes de atrocidades cometidas no estádio (muito semelhante ao Paissandu x Avaí). Isso é fato. O caso do PSC é bizarro se levar uma punição (concordo com multa).

    3) O STJD deve começar entender que é impossível evitar que um animal desse faça tamanha asneira. Mesmo em jogos de copa do mundo ocorrem problemas com segurança. Além disso, ao aplicar por aplicar penalidades aos clubes é para qualquer um. O tribunal deve aprender avaliar casos e ver se realmente houve falta de segurança e perigo aos atletas, torcedores e demais (no caso do PSC não houve isso).

    4) Penso que os clubes devem se unir e fazer o STJD analisar os casos e não apenas meter a caneta (qualquer um faz isso).

    5) O clube tem responsabilidade de montar a segurança e prevenir casos mais graves, todavia, é impossível evitar, pois, isto é questão de educação.

    Curtir

  4. Guardadas as devidas proporções amigo Lira, como tá chegando a época do Círio, lembro do caso da corda. Todo ano se pede pra não levarem faca pra cortar a mesma, mas não tem jeito.

    Exatamente porque não dá pra vigiar uma multidão.

    Vai chegar um dia que a corda vai ser proibida.

    Como vc bem disse, se os clubes de massa desse país não tomarem uma iniciativa de pedir e propor idéias ao STJD para que os mesmos não sejam penalizados por atos desses do Paysandu, por exemplo, os clubes vão quebrar de vez.

    Pois receita de arquibancadas ainda é um carro forte das finanças dos mesmos.

    Curtir

  5. Alguem pode pesquisar e divulgar aqui, quantos jogos efetivamente o Curitiba foi penalizado qdo rebaixado e a torcida destruiu o estadio, nocateou policial, ou seja tocou o terror?….

    Curtir

  6. Valentim, tens alguma prova robusta contra o Vero, como esse flagrante não só da gRobo, mas como de todas as TV’s e rádios que lá estavam?

    Se tiveres, algema no Vero, falar é fácil, provar é outra coisa

    Curtir

  7. Racismo no futebol: os perigos da impunidade

    Por força da leniência de alguns e da impunidade que campeia em todos os níveis, o futebol paraense tem servido de cenário para atos racistas nos últimos três campeonatos. O preparador físico Wellington Vero foi protagonista de dois episódios, um em Castanhal em 2011 e outro em Marabá em 2012. Nada aconteceu para coibir a prática discriminatória.

    Um novo incidente foi registrado, sábado, no estádio Maximino Porpino, em Castanhal, depois da partida entre Paissandu e Águia pela Série C. O auxiliar técnico Brigatti, do Papão, teria dirigido ofensas racistas ao jogador Eduardinho, do Águia.

    Os jogadores do time marabaense se revoltaram com o ocorrido, o diretor João Galvão exigiu um posicionamento por parte dos bicolores, mas a história mudou de curso depois que o próprio atleta decidiu não levar o caso adiante. Todos se contentaram com a visita cordial que o presidente Vandick Lima, do Paissandu, fez a Eduardinho ainda nos vestiários, desculpando-se pelos impropérios do auxiliar.

    O caso Eduardinho amplia o histórico de ocorrências de ódio racial no Pará e a impunidade sempre tende a estimular a repetição. Se é verdade que aumentou muito o nível de consciência quanto à gravidade do crime, é inegável também que as próprias vítimas não se sentem encorajadas a sustentar as denúncias.

    (Gerson Nogueira em 01maio2014 – “A obrigação de vencer bem”)

    Curtir

  8. Não foi falta de aviso que o tiro ou o bombardeio amigo iria ocorrer pois tem muita gente com raiva do Vandique e este ingenuamente ainda cai nesta de paz e amor. Infelizmente os mentecaptos estão de todos os lados. Coisa muito bem pensada pois sendo um “de menor” este não será preso, certo?, logo, alguém, um grandessíssimo imbecil, deve ter dado uns dez paus para este moleque FDP para fazer o que fez.
    Concordo que os clubes devem fazer algum movimento para casos como este em que ninguém foi atingido sejam analisados e julgados de modo diferentes dos demais.
    A festa foi linda, uma pena que este desfigurado animal fez a merda!

    Curtir

  9. O lado ruim pra muitos é lado bom pra um, que o diga o agora candidato a presidente e Advogado das causas impossíveis.

    Curtir

Deixar mensagem para Antonio Valentim Cancelar resposta