O adeus de João Ubaldo

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O escritor João Ubaldo Ribeiro, de 73 anos, 7º ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras e colunista de jornal, morreu em casa na madrugada desta sexta-feira, no Leblon, no Rio. De acordo com a secretária de João Ubaldo, Valéria dos Santos, o escritor foi vítima de embolia pulmonar. Ele começou a sentir-se mal às 3h. Trinta minutos depois, foi dado como morto pela equipe médica.

— Ele sentiu falta de ar durante a noite. Dona Berenice (a psicanalista Berenice de Carvalho Batella Ribeiro, mulher do autor) e Chica (uma de suas filhas) pediram ajuda médica, mas não houve tempo para socorrê-lo. Foi uma morte súbita. Elas estão muito chocadas.

Em maio passado, o escritor esteve internado durante cinco dias no Hospital Samaritano por causa de dificuldades respiratórias. Os médicos aconselharam que ele parasse de fumar imediatamente. Desde então, João Ubaldo vinha diminuindo a quantidade de cigarros. “Não chegava nem a um maço por dia”, segundo Valéria, que trabalhava há dez anos com o escritor.

Ela lembrou, ainda, que o autor vinha escrevendo um novo romance há dois anos. Ele se levantava diariamente às 4h e escrevia até as 10h, “quando os telefones começavam a tocar e o interrompiam”, conta Valéria. Autor de clássicos como “Sargento Getúlio” (1971) e “Viva o povo brasileiro” (1984), João Ubaldo recebeu o Prêmio Camões, maior honraria da literatura em língua portuguesa, em 2008. Ele foi eleito para a ABL em 1993 para a cadeira número 34, no lugar do jornalista e escritor Carlos Castello Branco (1920-1993). (De O Globo) 

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