Até Efeagá critica direitismo de Serra

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem criticado duramente a campanha do tucano José Serra à prefeitura, especialmente o flerte do candidato com o que chama de setores conservadores. Segundo tucanos, FHC lamenta, por exemplo, a aliança de Serra com os opositores da cartilha anti-homofobia produzida na gestão de Fernando Haddad à frente do Ministério da Educação. Presidente de honra do PSDB, FHC alerta os aliados para o risco de Serra sair desta eleição com o rótulo de conservador após a exploração de temas como o kit contra a homofobia e o aborto – questão que abordou na sua campanha à Presidência em 2010. FHC também se queixa da resistência de Serra a conselhos, como o de levar o senador Aécio Neves à propaganda eleitoral já no primeiro turno numa tentativa de afastar os rumores de que, se eleito, deixaria a prefeitura para concorrer à Presidência.

FHC não é o único contrariado com os rumos da campanha. Amigo de Serra, de quem foi vice na chapa para o Palácio dos Bandeirantes em 2006, o ex-governador Alberto Goldman diz que não alimentaria o debate sobre o assim chamado “kit gay”. “Não foi Serra quem abordou. Mas, se fosse ele, não responderia. Diria que não tem nada a ver com a eleição para a prefeitura”, disse.

Ministro da Justiça no governo FHC, José Gregori também demonstra desconforto com o tema. Segundo ele, a opinião de apoiadores de Serra, como o do pastor Silas Malafaia, não retrata a do próprio candidato. Mas, numa campanha eleitoral, diz, essas discussões afloram. “O velho Serra, nesta altura da vida, não mudou”, diz. Segundo a primeira pesquisa Ibope para o segundo turno em São Paulo, o petista Fernando Haddad tem 49% das intenções de voto contra 33% de José Serra. (Da Folha de S. Paulo) 

7 comentários em “Até Efeagá critica direitismo de Serra

  1. Lula pode não ter instrução,ás vezes tem problemas com a concordância nominal nas suas falas, mas é inegável a sua genialidade política.Quando todo o PT paulistano queria Marta Suplicy para concorrer à prefeitura,ele impôs a sua vontade e determinou a escolha de Hadad,muito menos rejeitado que a ex-prefeita, contra o toda a desconfiança que cercava o ex-ministro da educação.E o desgaste de Serra advindo dessa guinada ainda mais à direita no seu discurso,é uma clara demonstração de desespero.Parece que o tiro saiu pela culatra.O apego ao fácil moralismo,flertando com discurso bastante reacionário e de certa forma preconceituoso de figuras como Malafaia,foi a pá de cal na já desidratada campanha tucana.Nada contra Serra,mas o novo fracasso na suas tentativa de levar o debate político para o campo da moralidade e da discussão sobre religião e homossexualismo,assim como havia tentado contra Dilma em 2010,é um bom indicativo do amadurecimento do eleitor,que demonstra estar muito mais interessado em discutir questões mais relevantes para a sua vida,como transporte,segurança,saúde entre outras demandas.

    Curtir

Deixe uma resposta