Coluna: Dupla Re-Pa se apequena

Para começo de conversa, não deveria se usar o termo “aditivo” quando o documento trata de diminuir valores. Quase ninguém atentou para a impropriedade durante o anúncio oficial da reformulação do contrato de patrocínio dos clubes paraenses. A rigor, a inadequação da palavra é a parte menos grave dessa negociação que fere seriamente as finanças dos dois principais clubes do Estado.
Chama atenção que a Federação Paraense de Futebol tenha manobrado para transformar o contrato em plataforma de apoio às ligas interioranas, com o aparente aval dos técnicos do governo. Se a idéia era agradar o interior, isso podia ser feito sem golpear a galinha dos ovos de ouro.
Remo e Paissandu, que fazem a festa e arrastam multidões, foram os únicos punidos com o corte de verbas. A dupla perde, sem estrilar, quase 50% do repasse anual – de R$ 1,2 milhão para R$ 698 mil. Curiosamente, os seis emergentes do certame estadual foram premiados. Apesar do enxugamento de 20% no valor total do acordo, passam a receber R$ 98 mil, contra os R$ 70 mil do acordo anterior.
Sou paraense, com um tremendo orgulho disso. Nasci às margens do belíssimo rio Tocantins na minha não menos encantadora Baião. Fato que não me impede de enxergar o óbvio. Remo e Paissandu são as duas maiores forças do nosso futebol, detentores de história e tradição, com torcidas que estão entre as 20 maiores do país.
Por mérito, não podem receber o mesmo tratamento dispensado a agremiações imberbes (com exceção de Tuna e São Raimundo), algumas das quais trabalham durante uma temporada e fecham na outra, sustentadas pelos projetos eleitorais de padrinhos de ocasião. Isso quando não são apenas siglas de aluguel, como é o notório caso do Independente Tucuruí.
Dirigentes que se insurgiram contra a partilha anterior costumam usar o argumento gracioso de que Remo e Paissandu deveriam disputar torneio exclusivo, sem a participação dos nanicos. Ora, talvez fosse interessante pensar em fazer um campeonato apenas com os seis intermediários, certamente capazes de galvanizar a massa com acirrados embates. Deixemos de ilusão: a ajuda oficial não se destina “ao” futebol do interior, mas a alguns de seus habilidosos cartolas. 
Sem excluir providências positivas, como a premiação aos finalistas de turnos, a questão por trás do fato tem natureza essencialmente política e expõe a fragilidade dos grandes clubes nesse âmbito. Apartados pela rivalidade, têm dificuldade em ajustar ações para defender interesses comuns. Unindo forças, ficam muito fortes e podem enfrentar qualquer situação, até mesmo quando a FPF se posiciona claramente como oponente.
É inadmissível que Remo e Paissandu não tenham sido ouvidos ou consultados quanto às modificações no contrato. São os dois dinossauros – e não a federação – que garantem o espetáculo e motivam o interesse pela transmissão de jogos na TV. Sem eles, não há campeonato e o negócio todo perde o sentido. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 26) 

49 comentários em “Coluna: Dupla Re-Pa se apequena

  1. Gerson, esta nao foi a primeira e nem sera’ a ultima, em que o Nunes enfia direitinho na dupla Titanic.

    Alias que jamais e em tempo algum eles quizeram ir para o combate contra o coronel.

    Se a Tuna sozinha fosse brigar, iria passar vergonha, mas acontece que Castanhal,Tucurui, Santarem, Maraba e Cameta tem o poder das urnas e ai…um sayonaraaa para a dupla maior do futebol nortista.
    Ao que me parece ninguem quer andar ao lado dos dinos.

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  2. Mas se Clube do Remo e Paysandu tem tanta força assim como alguns dizem, por que não conseguem patrocínios fortes de empresas privadas? Eles não são os ditos dinossauros e Titãs do norte? Se são isso mesmo que alguns insistem em dizer, por que não conseguem gerir com responsabilidade suas finanças sem depender de verba do governo? Eles receberam um montão de dinheiro do governo no ano passado mas não conseguiram sanar suas necessidades e continuam cheios de ações na justiça do trabalho. Sabendo disso, o governo ainda libera verba pública para eles? Esse contrato começou errado mas agora sofre um pequeno ajuste beneficiando e diminuindo as injustiças contra os outros seis clubes e isso parece incomodar muita gente. Enquanto o farelo era dado apenas para os seis irmãos pobres, os amigos do Rei ficaram caladinhos mas agora que a coisa mudou tem gente reclamando e transformando a dupla em vítima. Vamos ver como se viram os Titãs!

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    1. Ah ta bom Von, tira o Remo e o Payssandu do campeonato para ver se o interesse da midia, torcida, patrocinio etc serão os mesmos

      Se não fosse pela dupla RExPA nem teria sentido transmitir os jogos do Parazão. O interesse da Funtelpa é transmitir os jogos da dupla RExPA pois sabe do seu apelo junto a torcida.

      Vc não percebeu ainda o pq da dupla RExPA serem chamadas de Titã do norte? A força de um time está diretamente ligado ao tamanho de sua torcida.

      Vá em qualquer loja de esporte procurar uma camisa de Remo e payssandu que vc acha, diferente dos times nanicos que raramente é encontrado. A ultima camisa do Leão que comprei foi em um Shoping do Maranhão se quer saber.

      Não é a toa que o RExPA é conhecido mundialmente como o Classico Rei da Amazônia.

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  3. Mas se eles são tão grandes assim, por que não conseguem se manter com recursos próprios e de patrocinadores? Se são tão Titãs assim, deveriam dar de esmola essa verba toda da Funtelpa pros nanicos!

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  4. Remo e Paissandú sempre foram administrados com a bariga, sem planejamento contábil fim controlar gastos, as diversas ações existentes provam isso. Chegar ao ponto de colocar um patrimônio de mais de 100 anos a venda e ser açoitado em vários leilões é o passaporte da incompetência. Nossos clubes não se mordenizam e já se acostumaram na vidinha de esperar por patrocínio e nem para isso se esforçam para melhor obte-los. Os demais clubes por fazerem parte da liga da federação local tem direitos proporcionais ao que o governo rateia, indevidamente acrescento, pois sou contra o uso do dinheiro público neste caso, ainda mais quando mal administrado. Reconhecemos que Payssandú e Remo são grandes, principalmente se ladeados ao demais clubes, mas essa grandeza por hora é um na C e outro sem série, e olhem que do outro lado tem clube na C e na D confirmado para este ano.
    Falta é vergonha na cara e competência para fazeram um Remo e Payssandú maiores. O que produzem atualmente é muito pouco para a gradeza que lhes são confiados. Aquele jogo do Paissandú contra o Castanhal, fora a vergonha com o Salgueiro e Nova Aurora, deveriam fazer estes dirigentes ter mais vergonha na cara e procurar fazer o certo: trabalhar,trabalhar, trablhar e trabalhar com seriedade. É o que em penso.

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  5. Sinceramente,mas a coluna do amigo Gerson, hoje, está mais do que perfeita. Parabéns. Agora, Gerson e amigos, penso também que, com esse “assalto” que fizeram ao Remo e ao Paysandu, deveriam, não só os dirigentes se mobilizarem, para, pelo menos se chegar a 1 Milhão de Reais para os dois, no que pensaria ser mais justo,mas a Imprensa de um modo geral e nós torcedores desses dois clubes, pois não teve cabimento o que fizeram com os únicos TITÃS do Futebol Paraense. Nada contra os times intermediários terem ganho um aumento, mas sim, essa enorme redução nas cotas de Leão e Papão.

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  6. Opa! Calma lá amigo quando for falar da Tuna. É preciso ter certeza quando afirmar tal coisa caro Berlli. Primeiro que não tem nada oficial sobre a vinda dele pra Tuna e depois se ele realmente for contratado não será com o dinheiro do clube e nem da cota que o clube ganhará da Funtelpa, será pago por alguém que irá tirar do próprio bolso. Nossa folha hoje é baixa em relação aos demais (menos de 70 mil) mas bem distribuida e em dia, mesmo sem ter recebido ainda a tal verba da Funtelpa. Não tem disparidade de salários e todos estão dentro das possibilidades do clube além de todos estarem aqui por vontade própria. Até pq a Tuna não tem dinheiro pra gastar com excessos ou gorduras. Cada tostão aqui é muito bem aplicado amigo!

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    1. Por essa política da Tuna, não é difícil de perceber o porque dela estar a tanto tempo sem disputar um título. Vou te dizer.

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      1. Pelo menos a Tuna não está nas fileiras da justiça trabalhista. Pés no chão, respeito ao próximo e responsabilidade amigo, são coisas básicas para se evitar leilões e perda de patrimônio!

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      2. Até por ter muita admiração pela sua Tuna, amigo Von, não vou polemizar, agora, o planejamento de um time de massa, nunca deve ser comparado a um time de pequena torcida, com todo respeito. Pés no chão, sem cobrança, é uma coisa. Pés no chão, com uma grande cobrança, é muito, mas muito diferente. É a minha opinião.

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    2. VON, O Diário do Pará de hoje afirma que a Tuna acertou tudo com o Viola, então não estou errado. Sobre a Tuna utulizar o recurso do patrocínio para pagar despesas com salários direta ou indiretamente isso ocorre com todos os clubes, não seria diferente com a TUNA. No mais não quero criar polêmica, mas acentuar a besteira que o clube está fazendo.

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      1. Mas vc está redondamente enganado e deveria ter certeza do que está falando. Posso lhe garantir 100% que o Viola não vem pra Tuna. Ora, se tivessemos R$10.000,00 para pagar pro tal de Viola dariamos para o Fininho ficar aqui na Tuna, simples!
        Fique tranquilo Berlli que não transformarei sua opinião em polêmica mas é conveniente que se certifique melhor quando for afirmar alguma notícia sobre a Tuna. Acho que DP não consultou uma fonte confiável para divulgar a notícia. De qualquer forma, obrigado pela preocupação e fique tranquilo pois a Tuna não fará a besteira de trazer o Viola.

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      2. Von, o Diário publicou a contratação e baseado nisso eu comentei o fato. Espero sinceramente que o Viola não venha para o bem da TUNA. Quanto o resto esquece, já não está aqui quem falou. Abs.

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  7. Brilhante Gerson! Tem que ficar claro pra dupla REPA que não se trata apenas de redução da cota, mas sim de um prejuízo certo nas receitas dos jogos transmitidos para a capital, lembre-se d exemplo que dei ontem: 50 mil por mês não cobre a ausencia dos torcedores que não vão ao estádio e ficam em casa para assistir as partidas. Se o Paysandu fizer 3 jogos num mês e a cada jogo 3 mil torcedores optarem por não ir são 180 mil reais que se deixará de arrecadar. É um negócio fora de lógica,

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  8. Tudo o que o Gerson falou hoje eu já havia abordado às pressas ontem, em resposta a comentário do querido Cláudio Santos. É só ir lá no post anterior a respeito do assunto. Ninguém defende as administrações de Remo e Paissandu, mas tungar recursos da dupla e jogar no feudo político do “coroné” é um crime.
    Qual a contribuição dessas ligas para o engrandecimento do nosso esporte? Nenhuma. São meras organizadoras de campeonatos de peladas de times formados a pulso. Não há formação de atletas de base, não há o mínimo de organização e só sobrevivem porque são beneficiários do parasitismo da FPF.
    Pelo menos, desde que esse contrato governoxclubes foi assinado, nunca mais se viu atraso no pagamento das folhas salariais dos nossos clubes, exceção feita aos últimos meses do ano passado no Remo, quando Amaro antecipou receita e desviou a mesma de sua finalidade, pois contava com o ovo da venda do Baenão que ainda estava no fiofó ga galinha e que acabou não saindo, daí o malsinado empréstimo pedido à madrasta CBF. Mesmo com todos os percalços e desencontros, já podemos ver os nossos clubes tendo jogadores que construiram alguma reputação no cenário nacioal,como Vanderson, Rafael Mourisco, Alexandre Fávaro, entre outros, tornando o nosso campeonato um pouco mais atraente e com um nível técnico mais aceitável.
    Enfim, se o nosso futebol vai mal com o atual estágio em que se encontra a dupla Re/Pa, imagine o torcedor o quão pior seria sem ela.

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  9. Não sou advogado mas sei que denuncia de contrato é feita em cartório e não por simples declaração através da imprensa. Torna necessário comprovar a inadiplência alegada pela FPF. Os clubes foram avisados da decisão do seu representante no contrato ? É fácil, muito fácil, divulgar através da imprensa esportiva paraense.

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  10. A Dupla Re-Pa por anos e anos teve presidentes aloprados, mau admistradores, ladrões, folclóricos, etc. Só agora é que vieram as consequências. Nada de títulos, patrocínio, nada. Os nanicos se rebelaram. Não tem volta! É isso que dá perder prestígio. Há dez anos quando ainda eram titãs nunca, jamais os nanicos iriam passar a perna. Agora é calar e ainda mamar o pouquinho do leite -dinheiro publico- das tetas do governo (e que tetas, que leite!)

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  11. Em se tratando puramente de verba oficial para bancar clubes profissionais, acho vergonhoso. Principalmente pelo fato do amadorismo paraense, este sim, o verdadeiro foco da ajuda oficial, viver em situação de penúria, beirando o ridículo.
    No entanto, quando se percebe que o governo Jatene irá voltar a disponibilizar as linhas da funtelpa para o Grupo Liberal, e ainda irá PAGAR cerca de 40 milhões àquele grupo, o perdão da dívida milionária da Cerpasa com o fisco paraense, o montante monstruoso de recursos para empresas de publicidade… Bom, aí esta “capada” na ajuda que os dois maiores clubes do estado precisam, sim, para se reerguerem, e quem sabe trazer um pouco de alegria e autoestima ao povo paraense, deixa de ser vergonhoso e passa a ser uma grande sacanagem deste governo e daquele crápula da federação.

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  12. Greson, quando a federação “rompeu” o contrato anterior, logo após a eleição, eu avisei, se vc tem armazenado os post antigos pode comprovar, disse então, aí vem um golpe, e não deu outra. Quem conhece as peças, antevê o jogo.

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  13. Se Paysandu e Remo tivessem verdadeiros administradores, não precisariam estar mendigando recursos. Como não tem/tiveram, resta argumentar.Com a redução, a dupla deveria brigar pelo não televisionamento dos jogos realizados em Belém para a capital. Seria uma forma de compensar esse prejuizo.

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    1. Acácio, permita-me discordar, na atual situação esse “patrocínio” do governo é um bom negócio, em outras ocasiões talvez se conseguisse coisa melhor. O problema atual é que o Jatene e cia se acham espertos.

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  14. Entendo, Otávio, mas quando se administra bem não se precisa de esmolas. Isso tanto serve para os clubes como para qualquer negócio. Onde a gerência responsável é aplicada os resultados são sempre positivos.

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  15. SÓ UMA OBSERVAÇÃO:

    ONTEM, EM RECIFE, EU COMPREI A NOVA CAMISA DO PAPÃO LÁ NO SHOPPING GUARARAPES.

    NÃO ENCONTREI A CAMISA DO INDEPENDENTE E NEM A DO ÁGUA.

    LÁ TINHA A DO REMO TAMBÉM…

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  16. RE -PA são merecedores de respeito e os pequenos de incentivo.
    O Estado tem grana pra bancar todas as despesas do paraense se quiser, mas é muito pior administrado do que os próprios clubes. Muita, mas muuuita grana, põe muita nisso, é roubada dos cofres públicos e todos os setores básicos da vida do povo estão em situação caótica.
    Agora, não dá pra negar que moralmente nossos cartolas não merecem um centavo de mão beijada.

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  17. Antes de mais nada, gostaria de dizer que qualquer contrato deve ser benéfica para todas as partes. Muitos aqui estão falando que o governo está dando esmolas aos clubes, mas será mesmo? Será que a TV Cultura teria a audiência e venderia as propagandas como vende nos horários dos jogos? Alguém assiste a Cultura a não ser em jogos da dupla REPA?
    O contrato é sim benéfico para o Estado, que consegue difundir a marca da TV do Estado como nunca foi feito.
    Agora, com a nova revisão de contrato, a dupla REPA tem de ver o quanto este contrato continua sendo benéfica para eles. Acredito que não transmitir os jogos para Belém, quando estes estão sendo realizados na cidade, seria a medida imediata a se tomar. Com relação ao próprio REPA que já dá casa cheia, negociar um valor alto por fora para transmissão seria tb o caminho.
    Caso nenhuma condição seja aceita, que se cancele o contrato que ninguém receba nada, inclusive estes clubes nanicos que estão reclamanando e que vão buscar outras formas de arrecadação, tipo utilizar as datas de meio de semana e voltar com a copa norte, com formas melhor de vender este torneio, isto claro sem a participação da FPF que só está ai pra ganhar dinheiro e se manter no poder.

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  18. Gerson e amigos, este contrato firmado entre a Funtelpa e os Clubes está sendo considerado como patrocínio dado pelo Governo do Estado ao clubes.
    Observo no entanto que não se trata de um patrocínio, mas sim de um contrato comercial como outro qualquer no qual os clubes, estão vendendo o direito de transmissão de seus jogos. A funtelpa adquire esse direito e lucra com a venda de anuncios, e a divulgação das ações do governo, para milhares de telespectadores, em decorrência da alta audiência local que os jogos do Paysandu e do Remo proporcionam.
    Isso fortalece ainda a marca da TV cultura e alavanca a audiência de outros programas, como os debates que antecedem os jogos, ou outros que são divulgados nos intervalo dos jogos e durante a transmissão.

    Portanto, parem de falar que os clubes estão recebendo dinheiro de mão beijada pois não estão.
    Eles estão, como foi dito, vendendo o direito de transmissão dos seus jogos, um produto que lhes pertence. E para isso tiveram que investir no clube, em jogadores, em técnicos, comissão técnica, médicos, fisioterapeutas.
    Ou vcs acham que isso não tem valor econômico?

    A globo com certeza derrama uma fortuna nos cofres dos clubes para transmitir os jogos a troco de nada. Ela apenas está querendo patrocinar e incentivar os clubes do querido brasil que ela tanto ama.

    Repito, isso não é doação nem patrocínio, mas sim uma transação comercial de compra e venda de um produto. Esse papo de patrocínio foi criado pelo governadores para parecerem junto a população como apoiadores do futebol paraense e bem feitores sociais e todos estão embarcando nessa, inclusive nossos brilhantes e competentes dirigentes de Remo e Paysandu.

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    1. Você tem toda razão, não se trata de mera colaboração financeira, de apoio cultural ou coisa que o valha. Trata-se de aquisição de bem patrimonial, cuja finalidade, é, antes de tudo, econômica.

      O problema é que Remo e paysandu, donos quase absolutos do produto valiosíssimo que foi alienado, ao que tudo indica, não estão em situação de eficazmente reivindicar melhores condições para a venda do produto.

      Primeiro porque estão muitíssimos necessitados do dinheiro da venda. Segundo porque só existe um único candidato interessado em adquirir o produto e sem qualquer escrúpulo com o aviltamento do preço. Terceiro que, segundo foi divulgado, devido a pendências fiscais, os dois ditos grandes, não podem negociar o preço e demais condições do negócio diretamente com o comprador. Quarto que o representante disponível para efetivar a negociação (fpf) bota seus próprios interesses à frente dos interesses da dupla Re/pa. Quinto que os dirigentes da dupla mantem vínculos com a fpf, os quais de algum modo, os impede de reagir com grandeza e altivez.

      Com efeito, salvo uma heróica e improvável insubordinação, ou uma mais improvável ainda liberalidade do adquirente aproveitador, a dupla vai ter que se contentar com o preço vil quelhe foi imposto.

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  19. Mais um comentário. Essa História esta parecida com BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES, mas dessa vez é BRANCA DE NEVE E OS OITO ANÕES. Branca de Neve: FPF, Aguia: Atchim, Cametá:Dengoso, Castanhal: Soneca, Independente: Feliz, Paysandu: Zangado, Remo: Dunga, São Raimundo: ? e Tuna: Mestre. O príncipe: o presidente da FPF. Para ele poderia ser também: Que rei Sou eu? (novela).

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  20. Gérson, quem garfante que a dupla também não possa ter interesse nessa redução como forma de pressionar a não-transmissão de jogos diretos na capital. Essa será a moeda de troca: perde-se no “patrocínio” e ganha-se na bilheteria. Próximo ao período eleitoral, com certeza o contrato terá nova alteração. Mantenho minha posição: se não passa o jogo, então reduz-se o patrocínio. Ganha todo mundo nessa história, menos o povo pobre que deixou de ter a rara opção de alegria na TV Cultura.

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  21. CONCORDO, Gerson. SOU da mesma opinião, não de agora. REMO e PAYSANDU são a galinha dos ovos de ouro. NO entanto, se fossem bem administrados – de forma profissional, como tenho batido – nesta hora poderiam dizer um ‘NÃO’ bem grande à dona Federação – Cel Nunes, presidente vitalício – e ao próprio governo do Estado.

    O CLÁSSICO vai fazer 100 anos em 2014, e já está passando da hora de estar registrado – se é que ainda não está – no livro dos recordes como o maior clássico (derby, como queiram) do mundo, pois acho difícil haver outro igual no planeta.

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  22. Ainda estou achando esse acontecimento muito estranho, visto que, a dupla não foi notificada quanto as mudanças de contrato, caso tudo fique concretizado Remo e paisandu deveriam entrar com recurso pela não transmissão dos jogos na capital, seria uma maneira de levar o torcedor ao estadio e consequente ter uma renda melhor para tentar amenizar o corte de verbas. Naõ sou nenhum administrador mas tenho quase certeza que a dupla já contava com esse dinheiro para poder fazer futuros pagamentos de jogadores e funcionários, com a perda de quase 50% do montante os dois poderam ter serios problemas.

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  23. Gérson, sem ironia. Se a dupla ReXPa dá tanto retorno, porque as maiores redes de tv locais (RBA e Liberal) não compram os direitos de transmissão de seus jogos? E sem essa de grade e que a Cultura chegou na frente.

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    1. Ricardo, a RBA já transmitiu uma vez, em parceria com a antiga TV Filme (por assinatura). A Liberal também já transmitiu. Acho que são interesses diversos que afastam os canais abertos (grade de programação, despesas paralelas etc.), mas garanto que exibir jogos da dupla Re-Pa sempre foi rentável.

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      1. Gerson, então, noutras palavras, seria possível dizer que mesmo diante das despesas paralelas a transmissão de jogos da dupla é rentável, mas não se torna interessante para empresas como as que você citou devido a outros compromissos assumidos por estas, como por exemplo a grade de programação?

        A propósito, a questão da grade de programação pode não ser decisiva, e muito provavelmente não é, mas um indício de que constitui fator algo relevante para o eventual desinteresse das empresas privadas é o Programa Bola na Torre, cuja apresentação, nada obstante seja aguardada ansiosamente pela torcida paraense, isto é, tenha uma imensa e garantida audiência (mesmo no intervalo entre as competições), vai ao ar em horário que fica, no mais das vezes, na dependência da grade da Band. Enfim, você acha que seria muito difícil para o grupo RBA conseguir com a BAND mais ou menos meia dúzia de tardes de domingo para transmitir apenas os jogos entre Remo e paysandu no campeonato paraense?

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      2. Antonio, falei em tese, não lido com TV (pelo menos, não mais) na área de projetos, por isso não sei informar em minúcias a razão desse pretenso desinteresse. Não esqueça, também, que concorrer com as verbas do governo não é para qualquer grupo privado. Dificilmente, uma empresa privada poderia desembolsar R$ 2,9 milhões ou mais para bancar as transmissões.

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      3. Gerson, mesmo em tese, seus registros, como este que agora respondo e o anterior, são muito úteis para alimentar a reflexão e o debate. Obrigado!

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      4. E QUANTO ao grupo Liberal, este não tem intenção – por razões óbvias – de confrontar com o governo do estado.

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    2. Caro Ricardo a pergunta foi para o Gerson mas tenho minha opinião sobre o assunto. As tv’s locais já fizeram esse esforço mas não compram mais os jogos do Parazão devido o amadorismo dos dirigentes e a total falta de organização e compromisso com a qualidade. Sabemos que a torcida paraense é fanática e gosta muito de seus times mas não é burra e sabe quanto vale o seu bolso. Quem vai querer comprar um pacote de jogos medíocres? Por isso digo que, em relação ao Brasil atual, Remo e Paysandu são tão nanicos quanto os demais. Falta investir em qualidade para obter credibilidade.

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  24. Ta mais do que na hora da imprensa paraense se mancar e deixar de fazer tanto alarme sobre esse assunto. O fenomeno azul é quem realmente banca meu time. Assim como os torcedores da mucura listrada, em menor numero, também bancam seu time. Os grandes grupos de midia estão apoiando o Jatene, com interesses obvios e pouco falam da redução, mas falam demais da divisão. Chega de babozeiras. Vamos depender muito mais das torcidas e ponto final.

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