O baiano Mendes é o último reforço anunciado pelo presidente do Paissandu, Luiz Omar Pinheiro. O veterano atacante, de 34 anos, era cogitado desde o ano passado por Paissandu e Remo. Ao longo da carreira, defendeu vários clubes futebol brasileiro e internacional, como Juventude (RS), Náutico (PE), Vila Nova (BA) e Peñarol, do Uruguai. Por último, Mendes jogou a Série B pelo Bahia.

Por Jaciel Paes (jaciel@br-petrobras.com.br)

Observem as contratações do Paissandu: Sandro, Vanderson, Zé Augusto e agora o atacante Mendes, esse é o time sub-40. Acho que a diretoria do Paissandu deve observar que ainda estão sem clube: Robgol, Jobson, Wandick e Rogerinho. Isso é renovação? E mais, assisti aos jogos do gracioso torneio internacional ouvindo a Rádio Clube e percebi que o Remo está bem mais arrumado que o Paissandu. Presidente, será que o Sérgio Cosme é o treinador ideal? Na linha de contratação de jogadores visando a tão sonhada renovação, pense no Givanildo Oliveira. Que o Grande Arquiteto do Universo nos proteja.

Na Copa do Mundo da África do Sul, o jogador mais espetacular em ação foi Lionel Messi. Cheguei, nas análises que fiz através da coluna “Conexão África”, a apostar minhas fichas no selecionado argentino, exclusivamente pelo fato de contar com um super craque em suas fileiras. Desde a estréia até a eliminação fragorosa frente à Alemanha, foi possível apreciar a apurada técnica e o talento excepcional de La Pulga.
Dos jogos que assisti no estádio, fiquei particularmente impressionado com o que ele fez contra os mexicanos. Dominou o meio-de-campo, atraiu a marcação e abriu espaços improváveis na duríssima marcação adversária. Uma exibição estupenda, digna de um fora-de-série.
Aos que sempre atiravam pedras no craque, dizendo que não conseguia jogar com a camiseta alviceleste o mesmo que rendia com a vestimenta do supertime catalão, Messi deu na Copa a demonstração inequívoca de sua superioridade sobre os demais boleiros. Não conseguiu repetir Maradona e levantar o troféu, mas foi quase sempre grandioso.
Bola colada aos pés, como gostavam de fazer Rivelino e o próprio Dieguito, é absolutamente irresistível nas arrancadas em diagonal. O fato é que é um prazer ver o argentino jogar. Nenhum outro futebolista apresenta o domínio de bola que Messi tem e sua singular visão periférica do jogo, capaz de vislumbrar a 40 ou 50 metros um companheiro melhor posicionado.
A exemplo de Zidane, Messi é um organizador, como os europeus costumam definir competências como a dele. Ao mesmo tempo, é o camisa 10 clássico, com lançamentos e passes precisos. Pode ser também um refinado ponta-de-lança, comparável a Bebeto e ao alemão Möeller no apuro com que se entrega às jogadas de aproximação. E tem a frieza e a pontaria de artilheiros clássicos, como Romário. E faz tudo isso no espaço de tempo de um jogo!    
Com justiça, Messi leva para casa pela segunda vez o troféu de Melhor do Mundo, segundo a Fifa. Xavi e Iniesta talvez merecessem o laurel, por tudo que produziram em gramados sul-africanos, conduzindo a Espanha ao inédito título mundial. Acontece que, aos olhos do mundo, nenhum dos dois é mais jogador que o argentino e seria uma baita indelicadeza não lhe atribuir o prêmio quando se encontra em pleno apogeu.
Aos 23 anos, Messi ainda não ganhou a Copa do Mundo, mas tem cumprido temporadas consagradoras, com gols e jogadas de enciclopédia. Não há o que discutir: a Bola de Ouro está em boas mãos. E, pelo andar da carruagem, ainda vai faturar mais prêmios como esse.
 
 
Enquanto Messi era ungido em Zurique, Ronaldinho Gaúcho parece finalmente ter definido seu destino. O Flamengo, pela história e tradição, certamente merece tê-lo em suas fileiras. Minha dúvida é se o Ronaldinho de hoje ainda será útil ao Flamengo. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 11)

O Paissandu não encerrou, ainda, seu ciclo de contratações para o campeonato. Na manhã desta segunda-feira, o presidente Luiz Omar Pinheiro anunciou o atacante Cleysson Rato, que defendeu o clube nas temporadas de 2002 e 2003 e ultimamente estava no Murici (AL). Além disso, LOP acertou o retorno do gerente de futebol Carioca ao clube. Carioca trabalhou com Barbieri, no ano passado.