A onda de valorização de veteranos, inaugurada pelo retorno de Ronaldo Fenômeno há dois anos e que chega ao auge com a contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo, parece ter contagiado os dirigentes do Paissandu, que não cansam de anunciar “reforços” em final de carreira.
Além de Sandro, cuja pífia participação na Série C 2010 até hoje não foi digerida pela torcida, o clube repatriou Vânderson e contratou Alex Oliveira e Mendes, todos com idade acima de 34 anos e em franco declínio técnico. Cleyson Rato, outro jogador rodado, também entrou na mira. Caso Sérgio Cosme tenha peito, o torcedor pode ver o Paissandu com uma linha de contenção centenária no Parazão.
Insaciável, o presidente Luiz Omar Pinheiro teve a pachorra de revelar ontem que apresentou uma proposta ao meia Petkovic para vir engrossar a legião de masters do Papão. Por sorte, o sérvio parece não ter dado bola para o convite. Dispensado por Luxemburgo no Flamengo, Pet preferiu buscar acolhida no Vitória, mas deu com os burros n’água e foi rejeitado.
Quem conhece o espalhafatoso cartola, sabe de sua adoração por veteranos da bola. Trouxe Nildo, que já curtia aposentadoria em Recife. Contratou Marcelo Ramos, que deu meia volta sem estrear, e ainda bancou a vinda de Lúcio, cuja discreta contribuição foi o gol de empate em Salgueiro.
Pelo histórico, não será surpresa se daqui a alguns dias surgir o anúncio de contrato com Luiz Carlos Trindade, Edil, Agnaldo ou Rogerinho Gameleira. No Paissandu atual, tudo pode acontecer – inclusive nada.
Começaram a pipocar os papagaios da desastrada gestão de Amaro Klautau. Autodenominado reformista, com projetos mirabolantes que nunca saíram do papel, o ex-presidente deixou de pagar acordos com vários jogadores do time que disputou a Série D 2010.
Segundo fontes da nova diretoria, o volante Júlio Bastos é o primeiro a acionar o clube judicialmente. Quer R$ 276 mil de indenização por descumprimento de contrato. Outro abacaxi a ser descascado é a dívida de R$ 43 mil que o meia Vélber alega que AK deixou em aberto.
Vélber, aliás, é um caso de reincidência crônica. Em 2002, o jogador deixou o clube a ver navios. Alegando salários atrasados, rasurou contrato e forçou saída para o Paissandu. Cinco anos depois, voltou ao Baenão a tempo de ser rebaixado para a Série C. Novo débito contraído. Essa segunda pendência nem havia sido sanada quando o meia foi novamente contratado, por AK, no ano passado. Errar duas vezes é burrice, três vezes é suspeito.
Paulo Comelli pediu e os dirigentes do Remo decidiram raspar o cofre para trazer um artilheiro com pedigree. Dos nomes cobiçados – Finazzi, Marciano e Schwanke –, o mais cobiçado é o ex-jogador do Vitória e o mais provável é o atacante do Icasa, que defendeu o clube no Parazão 2010.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 13)
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