A frase infeliz

“Eu nunca trabalhei com a possibilidade de cair. Eu falo que não vou cair porque não sou presidente de pegar malária, de jogar no Pará, no Amazonas. É muito mais fácil eu ser assaltado no Rio de Janeiro que pegar malária no Amazonas. Aqui só tem Plano A, por seguir um plano foi que saímos da situação que estávamos”.

De Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, comentando a ameaça de rebaixamento do time na Série A de 2010. Como se nas Minas Gerais não existisse doença…

Jogo Águia x S. Raimundo teve 684 pagantes

O jogo entre Águia e São Raimundo, disputado na quinta-feira à noite, em Marabá, teve público pagante de 684 torcedores. Com 151 credenciados, o público total foi de 835 pessoas. A renda foi de R$ 11.475,00. As despesas somaram 9.374,59, cabendo ao Águia o valor líquido de R$ 2.100,41. (Informações da assessoria de comunicação da FPF)

Rivaldo chega para ser maestro tricolor

Craque ele sempre foi. Campeão brasileiro pelo Palmeiras, bicampeão espanhol pelo Barcelona, melhor jogador de 1999 segundo a Fifa e campeão da Copa de Mundo de 2002 pela seleção brasileira. Apesar desse currículo, Rivaldo mostrou simplicidade nesta sexta-feira, durante a apresentação oficial como jogador do São Paulo, para dizer que se considera um jogador de sorte e de coragem por jogar em um clube de tamanha proporção aos 38 anos.

O meio campista é enfático: não chega ao Morumbi só para atrair o dinheiro dos patrocinadores ou simplesmente encerrar sua carreira com chave de ouro. Ele vem para ganhar títulos. E como o maestro do time. Rivaldo já conversou com o técnico Paulo César Carpegiani e disse que gostaria de jogar como homem de armação. O fato de se dividir entre os gramados e o escritório – o jogador continua como presidente do Mogi Mirim -, garante Rivaldo, não vai atrapalhar seus planos. Ainda no gramado, ele vestiu a sua nova camisa, com o número 10 e já com patrocínio justificado justamente pela sua presença no time. (Com informações da ESPN)

E aí, parceiros de blog, Rivaldo vai dar certo na meiúca do São Paulo?

Fifa pode excluir Natal da Copa de 2014

Da Folha de SP

A Fifa já prepara um pacote pós-Carnaval para os organizadores da Copa de 2014. Quase seis meses depois da sua última visita oficial ao país, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, terá uma agenda cheia de reuniões decisivas depois de assistir aos desfiles das escolas de samba do Carnaval carioca no início de março. Baseado no Rio, Valcke pode excluir Natal do Mundial e vai cobrar pressa dos governos na reforma dos aeroportos. Ele também fechará detalhes do sorteio das eliminatórias e exigirá uma posição oficial dos dirigentes do Corinthians e do governo paulista sobre a construção do estádio de Itaquera. O projeto inicial previa uma arena com capacidade para 48 mil pessoas. A Fifa exige o mínimo de 65 mil lugares para o jogo de abertura.

A demora para o início das obras do estádio de Natal é um dos pontos delicados da pauta. Na semana passada, representantes do governo potiguar se reuniram com o Comitê Organizador Local para tentar acalmar a Fifa. A cidade ainda não licitou a obra. No encontro, o novo secretário extraordinário para assuntos relativos à Copa de 2014 do Governo do Rio Grande do Norte, Demétrio Paulo Torres, prometeu até junho concluir a licitação.

Outro ponto que será discutido é qual cidade receberá os estúdios do IBC (International Broadcast Center, ou centro internacional de mídia) durante a Copa-2014. Depois de praticamente garantir em setembro que o Rio receberia o centro de mídia, Valcke recuou e adiou a decisão por considerar a instalação carioca pequena. São Paulo, Brasília e Rio disputam o direito de receber o IBC, espaço nobre da Copa, já que dirigentes e milhares de profissionais ficam na cidade por períodos longos e gastam mais do que turistas.

Coluna: Acertando os ponteiros

As mudanças no contrato entre Funtelpa e Federação Paraense de Futebol para transmissão dos jogos do campeonato estadual atenderam a necessidade de reduzir custos – como, de resto, em toda a administração pública – e estabelecer um novo modelo de estímulo ao futebol paraense, bem diferente do que havia sido instituído no governo passado. Esta é a posição manifestada pelo secretário de Comunicação, Ney Messias.
Diante das dúvidas e reações ao termo aditivo, o governo chamou os grandes clubes para uma conversa sobre as novas bases do contrato. O gesto visou corrigir o encaminhamento tortuoso do processo, que ficou inicialmente a cargo do presidente da Federação Paraense de Futebol, signatária do acordo com o Estado.
O problema é que o presidente da FPF, Antonio Carlos Nunes, incumbido da tarefa de comunicar aos clubes, não se fez entender quanto às minúcias do contrato. Dirigentes tanto da dupla Re-Pa quanto dos nanicos não foram devidamente informados, o que desencadeou a reação grosseira de Castanhal e Águia, que entraram em campo na primeira rodada com faixas hostis ao governo, por desconhecer as vantagens que já estavam garantidas.
Por seu turno, Remo e Paissandu também sambaram na história. Foram avisados que haveria um contingenciamento de 20%. Prepararam-se para isso e espernearam quando foi confirmado o corte de quase 50% na verba recebida no ano passado. Como é natural, a bronca dos cartolas contagiou os torcedores. Ficou a impressão, inclusive para este escriba, que os clubes intermediários saíram vitoriosos na base da pressão.
“O governo não é padrasto, é parceiro”. A frase do secretário de Comunicação Ney Messias pontuou o encontro de quarta-feira à noite com Sérgio Cabeça Brás (Remo) e Ricardo Rezende (Paissandu), no Palácio dos Despachos. Ambos precisavam entender claramente o que levou o governo a cortar fundo no dinheiro do patrocínio e Messias queria principalmente explicar que não houve favorecimento aos nanicos.
Segundo ele, o contrato ganhou um aditivo para redistribuir a grana em bases inteiramente novas. Para tanto, o governo se inspirou em acordos existentes entre a CBF e clubes da Série B e levou em conta o montante pago pela transmissão do Campeonato Cearense.
Sem entrar nas minúcias do atendimento às reivindicações dos pequenos, que têm a FPF como madrinha, Remo e Paissandu ainda terão 35% do valor total, quase sete vezes mais que os pequenos. Caso cheguem às finais de turnos, a vantagem se multiplicará por nove. E podem ser atendidos quanto ao patrocínio do Banpará, que era de R$ 60 mil mensais.
 
No fundo, todos têm seu quinhão de aborrecimentos. Os custos de transmissão oneram bastante as despesas do Estado. Cada jogo transmitido não sai por menos de R$ 30 mil. No total, as despesas chegam a R$ 900 mil. Sendo que somente quatro cotas (a R$ 80 mil cada) foram comercializadas para explorar placas de publicidade nos estádios. Será que o torneio vale realmente tudo isso? Messias, fã de futebol e torcedor do Paissandu, entende que não. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 28)