O penal que só o árbitro viu sobre Souza abriu a temporada de apito amigo pró-Corinthians. E o Atlético-PR terminou com 9 em campo. Será um campeonato à parte.
Dia: 10 de maio, 2010
Fla e S. Paulo empatam no Rio
Coluna: Teorias conspiratórias
O torcedor navega por ondas insondáveis. É capaz de glorificar o perna-de-pau do momento, mas economiza aplausos para futuros craques. Moisés passou o diabo até ser aceito, plenamente, pelo torcedor do Paissandu. O mesmo se aplica a Héliton no Remo. Destaque no primeiro turno, foi o único punido – com endosso das arquibancadas – pelo fiasco nos jogos decisivos.
Surge agora outra manifestação típica das arquibancadas, própria para justificar insucessos: a alegação de marmelada no Re-Pa de sábado. Curiosamente, essa explicação já havia sido usada por parte da torcida alviceleste na derrota (por 2 a 1) na 4ª rodada do returno. O mesmíssimo motivo foi aventado para explicar a virada cametaense por 4 a 3.
Sempre que o placar não lhe favorece, o torcedor dá um jeito de elaborar uma blindagem para as gozações do vizinho ou do colega de trabalho. A mais comum é atirar pedras na arbitragem, culpando-a por todas as mazelas. Outra desculpa esfarrapada sempre utilizada é a de caráter climático. Sol senegalês ou aguaceiro que estraga o gramado. Claro que o prejudicado é sempre o time do coração, único a esbarrar nas poças d’água.
Depois do embate de sábado, que classificou o Remo para as finais do returno, torcedores do Paissandu rasgaram dinheiro nas arquibancadas, protestando contra suposta armação. Por desnecessário e em respeito aos profissionais envolvidos, nem vou tocar no aspecto moral da coisa.
É importante observar que arranjar pretextos para derrotas não é exclusividade do aficionado bicolor. Todo torcedor, por natureza, desenvolve alguma teoria conspiratória para denegrir oponentes ou vitimizar o clube de coração.
Quem viu o Re-Pa com olhos da razão sabe que o placar final de 2 a 2 retratou o equilíbrio reinante. Marcação forte no meio-campo, passes errados em demasia e poucos lances agudos de gol, embora não tenha faltado disposição ofensiva. Das cinco ou seis chances surgidas, os times converteram quatro. É uma excelente média de aproveitamento.
O Remo foi mais determinado, mesmo tropeçando em velhos erros e ficando em desvantagem por duas vezes. Depois de perder um pênalti, mostrou capacidade de reação, depois que Giba trocou Otacílio por Vélber e pôs Gian em campo. No Paissandu, Medina não justificou a opção de Charles e Tiago só apareceu bem no lance do 2º gol.
Mas o tiro de misericórdia na tese da marmelada foi desfechado pelos cartões amarelos recebidos por Sandro, Fabrício e Tiago Potiguar. Desafia a lógica pensar que, num jogo arranjado, três dos mais importantes jogadores do Paissandu se arriscassem a ser punidos. Ou será que os cartões também estavam combinados? Não duvido que haja quem acredite nisso. Afinal, no mundo da fantasia tudo é permitido.

A derrota do Cametá para o Águia garantiu o Remo na Série D. O grupo inicial deve ter Santana (AP) e Sampaio Corrêa. Mais moleza, impossível. (Foto 1: NEY MARCONDES; Foto 2: MÁRIO QUADROS; Foto 3: TARSO SARRAF)
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 10)
Capa do DIÁRIO, edição de segunda-feira, 10
Vitória do Águia garante Remo na Série D
Com dois gols marcados ainda no primeiro tempo, o Águia venceu o Cametá por 2 a 0, na tarde deste domingo, em Marabá. O jogo valeu pela semifinal do Campeonato Paraense. Com o resultado, o Águia disputará as finais do returno contra o Remo, que passou pelo Paissandu na outra semifinal. De quebra, eliminou o Cametá, classificando automaticamente o Remo para a disputa da Série D 2010.
Diego Biro, num belo chute da entrada da área, abriu o placar aos 15 minutos. Depois, aos 44, Wando foi derrubado na área e Jales converteu o pênalti, marcando o segundo gol marabaense. O Cametá teve um gol de Jailson anulado pela arbitragem, que assinalou impedimento.
O primeiro jogo decisivo do returno será no próximo domingo, às 16h, no Mangueirão. O segundo está marcado para o dia 23, no estádio Zinho Oliveira, em Marabá. O Águia, que teve melhor campanha nesta fase, joga por dois empates. (Com informações da Rádio Clube)

