

Remo e Paissandu empataram em 2 a 2 no 706º clássico da história. O resultado classifica o Remo para as finais do returno do campeonato estadual e elimina o Paissandu (vencedor do primeiro turno) da disputa. Com arbitragem do paranaense Evandro Rogério Roman, o confronto começou movimentado, com agudas jogadas ofensivas de parte a parte.

Logo aos seis minutos, recebendo belo passe de Tiago Potiguar, Fabrício foi derrubado pelo goleiro Adriano. Pênalti que Moisés converteu abrindo o placar para o Paissandu. O Remo não se abateu e continuou buscando o ataque. Jogada rápida de Landu termina em falta na intermediária do Paissandu. Marlon cobra com perfeição e empata o clássico, aos 11 minutos.
A igualdade empolga o Remo, que aumenta o volume ofensivo. A zaga do Paissandu falha seguidamente. Aos 14 minutos, diante de Favaro, Marciano recebe sem marcação e perde o gol. Dois minutos depois, o centroavante cabeceia rente à trave. Aos 21, chute forte de Samir passa perto do gol.
Aos 26 minutos, Tiago Potiguar puxa contra-ataque pelo lado esquerdo, passa pela marcação de Neto e cruza nos pés de Sandro, que bate sem defesa para Adriano. Paissandu 2 a 1. O Remo volta ao ataque, buscando o empate. Neto enfileira a marcação com dribles seguidos, mas a bola é afastada pela lateral. Aos 31, Samir invade a área e é derrubado por Flávio Medina. Na cobrança, o chute de Marciano vai fora.
Landu, que não fez boa partida no primeiro tempo, entra na área e recebe combate de Fabrício. Cai e pede pênalti, mas o árbitro ignora a reclamação. Aos 40, Marciano recebe junto à grande área e dispara rasteiro no canto. Fávaro espalma para escanteio.
Remo volta para o segundo tempo com mais presença no ataque e Vélber no lugar de Otacílio, substituição obrigatória de Giba em todos os jogos. Charles troca Fabrício, que já tinha cartão amarelo, por Alexandre Carioca. Times erram muitos passes no reinício da partida. Aos 5 minutos, Moisés arrisca um chute de longe, tentando surpreender Adriano, mas a bola passa longe.
Aos 18 minutos, Giba substitui Samir por Gian, para melhorar o passe no meio-campo. Charles tira, em cima do lance, Bruno Rangel e põe Didi em campo. Logo em seguida, uma sequência de cartões: Tiago Potiguar catimba para atrasar cobrança de falta do Remo e é advertido. Sandro, nervoso, reclama muito e também ganha um amarelo.
O toque de bola do Remo começa a surtir efeito e a descobrir brechas na zaga do Paissandu. Vélber, Gian e Didão tentam jogadas pelos lados da área, criando boas situações. Aos 22, Landu é lançado e fica de cara com Fávaro, mas em posição de impedimento. A jogada se repete aos 23.
No minuto seguinte, Vélber tenta lançar Gian na área, erra o passe e insiste no lance. Recupera a bola diante de dois zagueiros do Paissandu. Toca para Marciano, que cruza para o cabeceio de Landu. Remo 2 a 2.

A partir daí, o jogo muda por completo. Landu ainda perde uma grande chance, desarmado na hora do arremate pelo zagueiro Paulão. O Remo cadencia mais os passes, evita a correria e tenta gastar o tempo. O Paissandu arrisca cruzamentos para a área com Flávio Medina, mas sem objetividade.
Patrick substitui Neto no Remo. Zeziel entra no lugar de Edinaldo no Paissandu. O tempo passa, os times se perdem em lances no meio-campo. Insatisfeita com o empate, que tira o Paissandu das finais do returno, a torcida alviceleste grita “é marmelada” nas arquibancadas, tentando insinuar uma armação entre os rivais.
A renda foi de R$ 279.780,00, com um público pagante de 16.744 espectadores. Público total: 19.714 (2.790 credenciados). (Fotos: TARSO SARRAF)