Seleção encalha ingressos

O estádio do amistoso da Seleção Brasileira nesta quarta-feira na distante Estônia não comporta 10 mil torcedores. Ainda assim, como os ingressos estavam encalhados, os preços foram reduzidos. Mesmo com a redução, é provável que o estádio só tenha metade de sua lotação. Prova mais do que evidente de que os caça-níqueis do escrete estão cada vez mais desinteressantes – só a CBF finge não ver.

A quem interessar possa…

Agenda do presidente Lula para esta quarta-feira, 12:

08h – Partida para o Rio de Janeiro (RJ) – Base Aérea de Brasília (DF)

09h30 – Chegada ao Rio de Janeiro – Aeroporto Santos Dumont, III Comar

10h – Ato cívico religioso pelo sesquicentenário da Igreja Presbiteriana do Brasil – Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro, Rua Silva Jardim, 23, Centro

12h10 – Partida para Brasília (DF) – Aeroporto Santos Dumont, III Comar

13h40 – Chegada a Brasília – Base Aérea de Brasília

15h – José Manuel Zelaya, presidente de Honduras – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

16h30 – Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão

17h – David Feffer, presidente do Conselho de Administração do Grupo Suzano Papel e Celulose 

17h30 – Vieira da Cunha, presidente Nacional do PDT 

19h – Cerimônia de comemoração dos 71 anos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) – prédio da CNI, Setor Bancário Norte, Quadra 01, Bloco C, Edifício Roberto Simonsen

Coluna: Incentivo na hora errada

A premiação prometida pela diretoria aos jogadores do Paissandu tem alguns pontos cegos. Em primeiro lugar, o gesto parte de quem já deixou claro que não costuma respeitar promessas de gratificação, como ocorreu na crise surgida logo depois do campeonato estadual. E, depois, porque surge na hora menos indicada. Será que ninguém foi criativo o suficiente para pensar nisso antes do jogo programado para Belém?
Organizado e previdente, o Rio Branco lançou essa proposta antes de jogar em Arapiraca. Seus dirigentes anunciaram que toda a renda do jogo de volta na Arena da Floresta seria destinada ao time, caso a classificação à Série B seja obtida. Como conquistou o empate (1 a 1) fora de casa, são grandes as possibilidades do representante acreano e sua torcida certamente vai avalizar (nas bilheterias) o plano da diretoria.
Dirigentes de futebol no Pará continuam sem arredar pé do amadorismo. Agem como torcedores quando o negócio só envolve profissionais. Jogadores e técnicos têm a cabeça voltada para o mundo racional, embora de vez em quando, dependendo do calor da disputa, também reajam emocionalmente. 
O diabo é que a cartolagem só sabe lidar de forma paternal ou autoritária com os profissionais sob seu comando. E confunde esforço e disposição, que são atitudes inerentes a todo futebolista, com ações movidas a incentivo pecuniário. Mesmo diante de situação desesperadora, quando uma vitória representa a salvação da temporada, iniciativas nesse sentido devem ser bem avaliadas.
A idéia de premiar a equipe por uma vitória fora de casa, que não acontece há três anos, poderia ter sido negociada desde que terminou a fase classificatória. Ali mesmo em Codó, ainda sob a euforia do bom resultado obtido contra o Sampaio, deveria ter sido encaminhada a proposta de gratificar pelo sucesso no primeiro mata-mata.
O jogo da Curuzu, com renda estimada em aproximadamente R$ 300 mil, seria o alvo natural da negociação, propiciando até usar essa necessidade como justificativa para aumentar o preço dos ingressos. Mas, com o tropeço em campo, oferecer prêmio em dinheiro para os jogadores talvez venha no momento errado.
 
 
Schumacher frustrou todos os fãs da F-1 de alto nível, que era decidida no braço e no talento. O anúncio de que iria substituir Felipe Massa em pelo menos uma corrida foi a melhor notícia de toda a temporada. Proporcionalmente, a notícia de sua desistência foi o que de pior a modalidade poderia oferecer a poucas corridas do final do campeonato, que se encaminha para ser decidido por pilotos de escuderias inexpressivas. Nem o nivelamento por baixo, imposto pelo novo regulamento, ofereceu o propalado equilíbrio de forças.
Schumacher na Ferrari era a chance de ver, talvez pela última vez, um gênio nas pistas, subvertendo essa era de corridas decididas fajutamente na troca de pneus e reabastecimento.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 12)