Acaba o sonho da Série B

Com uma goleada de 6 a 2, construída principalmente na etapa final, o Icasa sacramentou sua ascensão à Série B. O Paissandu, que diminuiu no final do primeiro tempo e parecia disposto a buscar o empate no segundo tempo, caiu fragorosamente. Cada ataque cearense resultava em gol e o placar só não foi maior porque o time da casa pisou no freio nos instantes finais. Michel ainda descontou, mas o placar vexatório deixou jogadores e técnico Valter Lima sem palavras ao fim da partida.

Guaratinguetá e América na Série B

Guaratinguetá e América-MG serão os novos integrantes da Série B do Campeonato Brasileiro de 2010. Neste domingo, os times garantiram vaga às semifinais da Série C e, desta forma, conquistaram o direito de disputar a Segunda Divisão na próxima temporada.

No estádio Centenário, em Caxias do Sul-RS, o Guaratinguetá empatou com o Caxias por 1 a 1 e garantiu a vaga por ter vencido por 2 a 0 no jogo de ida. Leandro Diniz, aos 18 minutos do segundo tempo, abriu o placar para o anfitrião, mas Edu Pina, aos 38 do segundo tempo, encerrou de vez as esperanças da torcida do sul do país.

Já América-MG e Brasil-RS empataram sem gols no confronto em Pelotas e levaram a definição para o Estádio Independência, em Belo Horizonte, onde o anfitrião os 100% de aproveitamento em seus domínios e venceu por 3 a 1. Desta forma, o Coelho volta à Segundona após cinco anos de ausência.

Precisando vencer, o América-MG abriu o placar com gol de Luciano, aos 41 minutos do primeiro tempo. Aos 8 do segundo tempo, no entanto, João Rodrigo empatou. O resultado classificaria os gaúchos, mas o Coelho mostrou força dentro de casa e definiu a vitória com Leandro Ferreira, aos 24 minutos, e Bruno Mineiro, aos 26.

Icasa amplia para 4 a 1

Em dez minutos de segundo tempo, Junior Xuxa e Marciano liquidam a fatura em Juazeiro: Icasa 4 a 1. No terceiro gol, Mael perdeu bola que tinha domina e Roni não chegou a tempo de combater Xuxa. No segundo, um cruzamento sobre a área pegou Marciano livre. Roni e Córdova ficaram olhando.

Vélber, Torrô e Zeziel continuam desaparecidos do jogo.

Icasa vai vencendo por 2 a 1

Termina o primeiro tempo de Icasa 2, Paissandu 1, em Juazeiro do Norte. O Icasa venceu os primeiros 45 minutos por maior presença ofensiva e aproveitamento dos espaços e fragilidades da linha defensiva paraense. Um gol antes dos 10 minutos, em cobrança de escanteio que contou com a colaboração de Dadá. O outro por volta dos 30 nasceu da desatenção geral da zaga. O Paissandu só reagiu depois de sofrer o segundo gol. Em investida de Cláudio Alax pela direita, saiu cruzamento alto para a área, Zeziel cabeceou para trás e Aldivan chegou batendo, rasteiro. A bola enganou o goleiro Aloísio e reanimou o Paissandu em campo.

Algumas peças do Paissandu não produzem o que se esperava. Vélber está sumido do jogo e, sem criação, os atacantes Zé Carlos e Torrô não viram a cor da bola. Zeziel só foi notado no lance do gol e os dois laterais precisam aparecer mais, chegar mais à frente. O placar favorece o Icasa, mas um empate classifica o campeão paraense. O Icasa aparentemente sentiu o gol e começou a errar muito na saída de jogo.

A Rádio Clube informa que Valter Lima resolve trocar Zé Carlos por Balão. Acho que é uma boa providência, desde que Balão caia pela extrema, para jogar ao lado de Alax ou Aldivan. Torrô passa a ser a referência de área.

Argentina contra a privatização do futebol

Por Emir Sader

A Argentina é dos países que tem os torcedores de futebol mais fanáticos. Às segundas-feiras os jornais têm suplementos esportivos em que cada jogo do campeonato tem pelo menos uma página, qualquer que seja sua importância. Um jogo mais importante pode dispor de uma quantidade incrível de páginas para relatá-lo e comentá-lo. Há jogos que não são transmitidos diretamente, mas em que canais reproduzem a transmissão por rádio, enquanto as câmaras focalizam as torcidas dos dois times que jogam, sem nenhuma cena da partida. Os canais alegam que, qualquer que fosse o programa que colocassem no ar, a audiência iria seguir o jogo pelo rádio, então se transmite essa incrível combinação entre transmissão por rádio à que se agregam cenas das duas torcidas.

Isto se dá porque há 18 anos existia um monopólio de transmissão das partidas de futebol por uma única grande corporação privada – a do Grupo Clarin – que transmitia apenas um jogo por semana, às sextas-feiras à noite, sempre um jogo secundário, nunca algum do Boca ou do River, as equipes mais populares do país.

Para ver os outros jogos, os argentinos tinham que pagar canais a cabo e, ainda assim, para as partidas das equipes mais importantes, tinham que pagar uma taxa adicional.

Enquanto esse grupo ganhava somas milionárias com a privatização das transmissões de futebol, que vedava à grande maioria dos argentinos ver o seu esporte preferido e o lazer de grande parte deles, os times de futebol do país estão quebrados. A ponto que a Associação de Futebol Argentino (AFA) suspendeu o começo do campeonato argentino pela generalizado atraso de pagamento dos salários dos jogadores em praticamente todas as equipes.

Estas pediram ajuda econômica do governo, que se negou a simplesmente transferir recursos aos clubes, mas se desenvolveram discussões dentro da AFA com as direções das equipes, que desembocou numa proposta ao governo para que se rompesse o contrato com o Grupo Clarin e se estabelecesse um novo esquema de transmissão das partidas que, ao mesmo tempo, permita que os argentinos tenham acesso, por TV aberta, aos jogos, e que as equipes possam receber recursos que lhes eram negados pelo esquema que sobreviveu até agora.

O novo acordo, aprovado consensualmente pelos clubes em assembléia da AFA, e referendado pelo governo, prevê que cinco jogos serão transmitidos pelo Canal 7, a TV pública, e outros cinco serão transmitidos por canais privados, conforme licitação pública, todos em canais abertos. O governo colocará recursos iniciais, mas tem certeza que os recuperará com publicidades.

O Grupo Clarin, que vedava à grande maioria dos argentinos o acesso às partidas – a ponto que os gols da rodada só podiam ser transmitidos por outros canais depois da meia-noite do domingo, nunca um clássico Boca-River foi transmitido por sinal aberto – radicaliza a brutal oposição da imprensa diária – escrita, radiofônica e televisiva – ao governo, chegando a apelar à embaixada dos EUA (sic) para que mobilize os acionistas norteamericanos para que ajudem a tentar bloquear, política e juridicamente, o novo acordo entre a AFA, os clubes e o governo argentino.

Exemplo a ser considerado, mais ainda quando se desenvolvem no Brasil já os debates sobre a Conferência Nacional de Comunicação, com o tema da democratização dos meios de comunicação. Enquanto isso podemos esperar que a campanha nacional e internacional contra o governo de Cristina Kirchner, diante dessa medida democrática, eleve o seu tom, supostamente em nome da “liberdade de imprensa”.

Lula continua imbatível

Não tem combate. Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva consegue, até o momento, atravessar a mais nova crise política nacional e manter sua popularidade entre os brasileiros no mesmo patamar, informa reportagem publicada hoje pela Folha de S. Paulo. Segundo a pesquisa, para 67%, seu governo é ótimo ou bom, variação dentro da margem de erro na comparação com a última pesquisa, feita em maio, quando Lula atingiu 69% de aprovação.

O metalúrgico é um fenômeno… Arrebenta mesmo com toda a grande mídia a fustigá-lo e apesar da ladainha demo-tucana.

Coluna: Meia-cancha será decisiva

A milhas de distância de sua torcida, o Paissandu tenta hoje o milagre da auto-superação. Sim, porque o desafio não é apenas passar pelo Icasa, conquistando o acesso à Série B, mas enfrentar (e vencer) os próprios limites técnicos de um time que não se renova desde o campeonato estadual.

A estratégia, até ontem, estava mais ou menos montada num 4-4-2 flexível o bastante para se transformar em 4-3-3, se houver necessidade – e é quase certo que haverá. Na defesa, caso Rogério seja confirmado, praticamente não há mudança, mas do meio em diante as coisas se alteram por completo em relação ao último jogo.

Valter Lima esboça a escalação de uma forte linha de marcação (Mael, Paulo de Tárcio e Lê) para dar sustentação a Zeziel e Vélber, que terão funções mais ofensivas, juntando-se a Torrô na batalha contra a defesa do Icasa, que joga com três zagueiros.

No primeiro jogo em Belém, os ataques à moda antiga, com cruzamentos da linha de fundo e tentativas pelo centro da área, não deram o resultado esperado. Por isso, Zé Carlos deve ficar como alternativa para o segundo tempo. Torrô, pela mobilidade, ganhou a condição de titular. Balão é outro trunfo para reforçar as ações no meio, caso Zeziel e Vélber não sejam suficientes para tornar o Paissandu realmente agressivo.

Pelo que se viu ao longo do campeonato, o sucesso da missão Juazeiro dependerá em grande parte do comportamento do trio de marcação. Caso essa aposta funcione efetivamente, boa parte da força do Icasa será anulada e o Paissandu terá mais espaço e tranqüilidade para procurar o caminho da vitória – que é difícil, mas não improvável.   

 

 

O Flamengo compra espinhosa briga com a CBF ao exigir justa reparação pela perda do volante Kléberson quando a serviço da Seleção Brasileira, no caça-níquel do meio da semana, contra a truculenta seleção da Estônia. Na Europa, a compensação aos clubes é aceita com normalidade pelas federações nacionais.

Há, inclusive, o exemplo de Michael Owen, que se contundiu gravemente defendendo a seleção inglesa e teve seu período de ausência dos gramados indenizado regiamente – defendia o Chelsea. No basquete americano, sempre avançado em termos de relação profissional, os clubes dificultam a cessão de seus craques às seleções, impondo pesadas multas contratuais para contusões graves.

Por aqui, a relação de eterna dependência entre os clubes e a CBF sempre inviabilizou qualquer cobrança. Não faltam casos de jogadores lesionados na Seleção cujos clubes arcaram com todos os prejuízos – inclusive quanto a despesas de tratamento – sem dar um pio.

O esperneio do Flamengo, se levado a cabo, inaugura um novo modelo de relação com a intocável CBF, que costuma reagir com rispidez (e represálias) a qualquer projeto de rebeldia dos clubes a ela subordinados. Há na entidade a crença de que, ao convocar jogadores em atividade no Brasil, presta-se imenso favor aos clubes, visto que o escrete sempre valoriza a mercadoria, o que é uma triste verdade.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 16)

Quatro a caminho da Série B

Quatro times sobem para a Série B neste domingo. Os duelos são os seguintes:

16h – Caxias (RS) x Guaratinguetá (SP) – O primeiro jogo foi 2 a 0 para o time paulista, que jogou em casa. Agora, os gaúchos precisam vencer por três gols de diferença para subir.

16h – América-MG x Brasil – O jogo de ida, na casa do Brasil de Pelotas, ficou no 0 a 0. Agora, no Estádo Independência, quem vencer leva. 

18h30 – Icasa x Paissandu – Como o primeiro jogo foi 1 a 1, o Papão precisa vencer ou pelo menos empatar em 2 a 2 ou mais para subir à Segundona. Em caso de novo 1 a 1, decisão nos penais.  

19h – Rio Branco x ASA de Arapiraca – O primeiro jogo foi 1 a 1. A diretoria do R. Branco prometeu dividir toda a renda do jogo na Arena da Floresta entre os jogadores, que só precisam empatar em 0 a 0.