A premiação prometida pela diretoria aos jogadores do Paissandu tem alguns pontos cegos. Em primeiro lugar, o gesto parte de quem já deixou claro que não costuma respeitar promessas de gratificação, como ocorreu na crise surgida logo depois do campeonato estadual. E, depois, porque surge na hora menos indicada. Será que ninguém foi criativo o suficiente para pensar nisso antes do jogo programado para Belém?
Organizado e previdente, o Rio Branco lançou essa proposta antes de jogar em Arapiraca. Seus dirigentes anunciaram que toda a renda do jogo de volta na Arena da Floresta seria destinada ao time, caso a classificação à Série B seja obtida. Como conquistou o empate (1 a 1) fora de casa, são grandes as possibilidades do representante acreano e sua torcida certamente vai avalizar (nas bilheterias) o plano da diretoria.
Dirigentes de futebol no Pará continuam sem arredar pé do amadorismo. Agem como torcedores quando o negócio só envolve profissionais. Jogadores e técnicos têm a cabeça voltada para o mundo racional, embora de vez em quando, dependendo do calor da disputa, também reajam emocionalmente.
O diabo é que a cartolagem só sabe lidar de forma paternal ou autoritária com os profissionais sob seu comando. E confunde esforço e disposição, que são atitudes inerentes a todo futebolista, com ações movidas a incentivo pecuniário. Mesmo diante de situação desesperadora, quando uma vitória representa a salvação da temporada, iniciativas nesse sentido devem ser bem avaliadas.
A idéia de premiar a equipe por uma vitória fora de casa, que não acontece há três anos, poderia ter sido negociada desde que terminou a fase classificatória. Ali mesmo em Codó, ainda sob a euforia do bom resultado obtido contra o Sampaio, deveria ter sido encaminhada a proposta de gratificar pelo sucesso no primeiro mata-mata.
O jogo da Curuzu, com renda estimada em aproximadamente R$ 300 mil, seria o alvo natural da negociação, propiciando até usar essa necessidade como justificativa para aumentar o preço dos ingressos. Mas, com o tropeço em campo, oferecer prêmio em dinheiro para os jogadores talvez venha no momento errado.
Schumacher frustrou todos os fãs da F-1 de alto nível, que era decidida no braço e no talento. O anúncio de que iria substituir Felipe Massa em pelo menos uma corrida foi a melhor notícia de toda a temporada. Proporcionalmente, a notícia de sua desistência foi o que de pior a modalidade poderia oferecer a poucas corridas do final do campeonato, que se encaminha para ser decidido por pilotos de escuderias inexpressivas. Nem o nivelamento por baixo, imposto pelo novo regulamento, ofereceu o propalado equilíbrio de forças.
Schumacher na Ferrari era a chance de ver, talvez pela última vez, um gênio nas pistas, subvertendo essa era de corridas decididas fajutamente na troca de pneus e reabastecimento.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 12)
Na incompetência e falta de pulso, o desmando leva pipoqueiros a assumir atitudes desastradas e nada vantajosas financeiramente para o clube, inclusive envolvendo terceiros que passam a colaborar até muito mais que o bocudo. LOP caiu na manha dos comandados e na dificuldade maior passou a adotar premiação a dinheiro, como se os mercenários já não fossem bem salariados. Assim, esse trabalho está melhor que aquele de contrato por 8 meses para nada fazer a não ser enganar uma minoria. Estou impermeável a ajuda FUI…>>>>>>>>
Enquanto não profissionalizarmos a gestão do futebol paraense, dependeremos de sortes ocasionais para alcançar algum sucesso em competições nacionais. Clubes modestos como Brasiliense e Barueri adotam uma prática tão eficaz quanto lógica para times médios-pequenos: pagam salários considerados baixos (rigorosamente em dia, claro) entretanto a cada vitória ou meta alcançada, há um anabolizado adicional para cada jogador (o tal do bicho) pago em dinheiro, geralmente após as partidas. Isso explica uma informação que obtive (vale a pena conferir se é verdade): parece que o teto salarial do Barueri é de R$ 12 mil. E o esforço dos jogadores é compensado com premiações extras.
No mais, imagino que o grande LOP (Indira) já tem sua tática definida para a hora “H”. No vestiário tascará essa para os jogadores: “Se vocês não voltarem com a classificação, eu DESMAIO!”. Infalível.
Matheus,
O teto do Barueri é de R$ 10 mil, segundo o próprio Estevam Soares, que acaba de deixar o clube. O esquema é barriga de aluguel, mas executado com rigor e competência. Por que clubes de massa, como os nossos, se recusam a adotar sistemas de gestão? A resposta talvez seja a de que preferem a bagunça, porque assim fica mais fácil esconder as mazelas.
Gerson,
Se os jogadores tivessem um pouco de vergonha na cara, deveriam se reunir e fazer um pacto pela classificação, abrindo mão de qualquer premiação.
Com certeza, Paulo. Até porque, convenhamos, jogadores são empregados do clube e têm a obrigação de se dedicar em buscar do melhor rendimento, independentemente de bonificações.
Concordo com o Paulo, e tem mais, se fossem inteligentes deveriam saber que essa premiação não é nada próximo do crescimento profissional que terão com o acesso, inclusive com chances de transferencia, já que tem A e B rolando até fim do ano.
Gerson, pelo que eu li e ouvi antes do jogo, essa promessa de prêmio já havia sido feita sim, de 50% da renda líquida do jogo em Belém, que seria de aproximandamente R$ 72.000,00. No pós jogo, o LOP apenas reafirmou a promessa feita, e ontem arredondou o valor para R$ 100.000,00. Logo, a informação de que a promessa tenha sido feita só depois do jogo está equivocada, acredito.
Fico triste em ver o Paysandu nessa situação, fui a curuzu no jogo contra o luverdense e no domingo contra o Icasa vi de perto toda deficiência tecnica e fisica do nosso time, já havia notado isso contra o luverdense, mas resolvi tirar a prova dos 9 no domigo. Tento não torcer tanto para o Papão mas não dá, só tá faltando garra, talvez com muita garra a gente possa vencer domingo, pois todo o resto tecnica, dinamica, condicionamento fisico etc… já esta no limite desses jogadores, nos torcedores as vezes nos deixamos levar pela paixão ao clube e precisamos ser mais realistas, não dá pra esse time jogar melhor que isso, essa é a realidade de um time da série C…..
INCENTIVO NA HORA ERRADA ???
– Tá bom, então fica PROIBIDO para todo mundo sequer pensar no “ANTES TARDE DO QUE NUNCA”.
– Avisados, hein ?!?!?
Marco,
Você não me entendeu. Não estou dizendo que não se deve gratificar, mesmo que seja no segundo tempo do jogo. A questão é a oportunidade. Por que os dirigentes não prometeram isso antes do jogo aqui em Belém? Por que não firmaram um pacto com o time? São essas as minhas considerações sobre o tema. Até porque talvez seja tarde demais para tentar virar a situação apenas prometendo grana.
Gerson, só não esqueça uma coisa: Promessa não é dívida, para esse Presidente. Foi ele mesmo quem disse, no rádio e na Televisão.
Gerson, ontem ao ouvir o LOP falando um monte de bobagens, inclusive sobre um certo comentarista, ele passou dos limites, em minha opiniao, pois o LOP falou em bom e alto som, que esse comentarista deveria se aposentar, o que ensejou uma ligação do mesmo, dizendo que ele sim, sabe a hora de se aposentar..entaum meu caro Gerson, o LOP anda mais perdido do que cego em tiroteio..ele aumenta a premiação, reune os atletas dentro das 4 linhas, diz que se fosse ele, nao perderia a qtde de gols perdida, etc… td isso em prol do Payssandu…he he he …uma coisa é certa : se domingo o time passar a serie B, palmas pra todos..se nao conseguir o acesso, aí vai sobrar pra todos tambem..inclusive o bendito e coitado comentarista….
1 abraço,
Edmundo Neves
É, amigo Edmundo. Infelizmente, as competências estão em baixa e prevalece o voluntarismo, a improvisação. Não é de hoje. O futebol do Pará está na Terceirona por obra exatamente desse tipo de má gestão dos clubes. Cá pra nós, o que um presidente tem que ficar batendo boca com comentarista de rádio numa semana em que deveria estar cuidando de outros assuntos, realmente importantes (como a sempre forte questão dos bastidores)? O que o Paissandu ganha com essa discussão sem sentido??
Concordo com vc…bastidores nessa hora é superimportante…mas muitos gostam do jeito dele ”governar” o PSC…Eu ainda preferia o AT, rsrss….
Estou solidário com o Rui Guimarães depois das tolices que ouvi o Luiz Omar falar ontem na Rádio Clube. Este presidente do Paysandu, a cada entrevista, mostra-se mais despreparado para o cargo que ocupa. Seu descontrole emocional é evidente. Entre outros disparates, ele discorda que o time esteja jogando mal (!). Para o mandatário, o Bicolor fez uma grande partida domingo (!). Como explicar as vaias dos torcedores e as críticas da imprensa? Deve estar todo mundo errado e o Luiz Omar certo. Eu, que vinha crucificando o Valtinho e alguns jogadores, agora absolvo a todos porque vejo claramente de quem é a culpa: do Luiz Omar. Todos os desatinos destes dois anos foram de responsabilidade direta ou indireta dele, todos os erros e desmandos. E ele, com todos os erros, continua arrogante. Apesar do empate ruim, demonstra arrogância, despreza o Icasa, que considera um time fraco. Já o Icasa, faz o certo. Apesar do bom resultado obtido, permanece humilde e joga a responsabilidade toda pra cima do Paysandu. É preocupante a contusão do Paulo Vanzeller. O Córdova, em plena atividade já não sabia sair do gol, e agora, depois de tanto tempo parado, como deve estar? Também me preocupa a entrada do eternamente “promissor” Leandrinho na lateral, coitado, há um mês sem jogar. Uma sugestão ao Valtinho: retomar a revolucionária tática dos cones, que parou o Sampaio em Codó. Lá em Juazeiro, coloquem um cone de cada lado do campo. Com isso, certamente o Paysandu vai dar um banho no Icasa, que não vai conseguir se desenredar da estratégia do Valtinho.
Na verdade, se for por falar besteiras, todos dois deveriam se aposentar, o Luiz Omar e o Rui Guimarães. Mas não só eles. Ainda existem outras múmias nas rádios que falam como se ainda estivessem na década de 50. Salvam-se os lúcidos Carlos Castilho e o Tavernard Neves.