Jogadores do Paissandu irão doar 25 cestas básicas à entidade São Francisco de Paula, no bairro da Pedreira, neste sábado. Foi foi feita uma coleta com todo o grupo depois da premiação pela classificação. O organizador foi o meia Lecheva.
Dia: 6 de agosto de 2009
Máfia do apito: decisão adiada
Nesta quinta-feira, o julgamento da “Máfia do Apito” foi adiado pelo desembargador Christiano Kuntz, que pediu até a próxima terça-feira para tomar uma decisão. Kuntz pode pedir para que a sessão seja concluída na próxima quinta ou pedir que o processo seja retirado da pauta, sem determinar por quanto tempo. O que representaria, na prática, o arquivamento do caso sem punições.
Os outros dois desembargadores que votam no caso, Fernando Miranda e Francisco Menin, já pediram o arquivamento. Ambos afirmaram que no Brasil não há legislação que puna a manipulação de resultados.
Neste período, o Ministério Público deve revisar a denúncia, tentando enquadrar os responsáveis em alguma lei. Porém a decisão de um dos dois desembargadores deve mudar para que haja punição. A impressão é de que o caso deve mesmo ser arquivado.
Em 2005, o árbitro Edilson Pereira de Carvalho confessou sua participação em um esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro. Onze jogos foram anulados pela Justiça Desportiva. Um grupo de pessoas apostavam em sites e manipulavam os resuiltados de jogos. Sete pessoas foram denunciadas por estelionato e formação de quadrilha.
Nas águas do preconceito
Continua em marcha batida a cruzada discriminatória ao Pará e aos paraenses no vizinho Estado do Amazonas. Agora, sem ter o que fazer, a Secretaria de Saúde de lá faz alerta alarmista dizendo que o perigo da gripe suína está nos barcos paraenses que fazem linha para Manaus e outras cidades amazonenses. O principal jornal amazonense, A Crítica, abriu a seguinte manchete nesta quinta-feira: “A ameaça vem do Pará”.
O Instituto Evandro Chagas, principal referência no assunto no Norte e talvez no país, garante que o alarme é falso e exagerado. O engraçado é que Manaus tem, na região, a maior concentração de voos internacionais. E todo mundo sabe que o maior perigo de contaminação da Influenza A vem de países estrangeiros.
Dedos sujos em riste no Senado
Vejo na TV as imagens de mais uma sessão tragicômica do Senado, com uma arenga verbal digna dos litigantes. De um lado, o tucano Tasso Jereissati vociferando contra o peemedebista Renan Calheiros. O cearense diz ao outro para não apontar seus “dedos sujos” em sua direção, ao que o alagoano retruca lembrando que “sujos são os dedos de quem usou verbas do Senado para abastecer jatinho particular”. Segue-se um bate-boca dos diabos e fico eu com a constatação óbvia de que ambos têm razão.
Twitter de volta
Para deleite dos viciados na coisa, o Twitter já voltou ao ar.
Chico e o nepotismo global
Do Folhaonline
O ator Chico Anysio, que atualmente participa da novela “Caminho das Índias”, na Globo, postou em seu blog um texto criticando a emissora por contratar tantos atores jovens e pelas “panelas” feitas por alguns diretores, entre eles Wolf Maya.
No texto, chamado pelo próprio Anysio de “divagação”, o humorista diz que, mesmo trabalhando na novela, deixa de encontrar muitos atores conhecidos que estão no elenco da trama. Ao mesmo tempo, cruza com profissionais que não conhece. “Há pelo menos uns 15 cujo nome eu nem sei, porque a Globo está cheia de jovens, algo que nasceu de uma frase do Daniel Filho quando ocupou por um tempo o lugar do Boni: ‘A Globo precisa se juvenilizar'”, escreveu.
O ator disse que a frase foi então levada a sério pela emissora e se transformou em “uma tortura para quem tem mais de 50 anos”. “Por causa disso o Marcos Palmeira já fez papel de avô numa novela, o que, aliás, o irritou a ponto de ele sair da Globo”, afirmou.
Em seu texto, Anysio ainda falou sobre as escalações para os elencos das novelas na Globo. “Quem escala a novela é o autor ou o Manoel Martins [diretor-geral de entretenimento da emissora]? Ou será o autor através do que está sobrando na relação de nomes do Manoel? Voto na segunda hipótese.”
O ator comentou também sobre aqueles que o chamam de nepotista por ter três filhos trabalhando na emissora. “Que nome se dá ao Jorge Fernando? Mamatista? Escalar a mãe é uma dose um pouco forte sob o meu ponto de vista”, disse em referência ao diretor de “Caras & Bocas”.
Na sequência, Anysio falou sobre as “panelas” dentro da emissora. “A panela do Wolf [Maya] é uma panela federal, porque ele está no seu elenco. Ele pega a novela, lê e escolhe um papel para ele próprio interpretar”, comentou.
O humorista classificou a atitude de Maya como “covardia” com outros atores. “Isso não devia ser permitido, a não ser que ele entrasse para fazer o papel de Wolf Maya”. “Divagando, a gente vai chegando à conclusão de que na televisão brasileira, quanto mais velho, menos se pode”, escreveu.
Atacado, Twitter sai do ar
O popular serviço de rede social Twitter saiu do ar na manhã desta quinta-feira. Em curta mensagem no blog oficial, os responsáveis confirmam que a parada é resultado de um ataque DDoS (Distribuited Denial of Service – Negação de Serviço Distribuída), ou seja, é um ato deliberado de um internauta, ou grupo de pessoas, interessados em interromper seu funcionamento.
A novela dos ingressos
Os ingressos para o jogo Paissandu x Icasa devem finalmente começar a ser vendidos a partir das 15h30, nas bilheterias do estádio da Curuzu. Pela manhã, como havia sido anunciado na quarta-feira, uma grande quantidade de torcedores esteve no estádio procurando ingressos, mas a empresa responsável pela comercialização ainda não havia disponibilizado os bilhetes.
Voar é uma aventura
Pneu de avião da Ocean Air estoura na hora da decolagem, no aeroporto de Belo Horizonte.
Airbus de companhia espanhola pega fogo num dos motores, no aeroporto de Paris, e passageiros escapam pelas saídas de emergência.
Céus…
Pênaltis à brasileira
Por Mauro Cezar Pereira (ESPN)
Na manhã de quarta-feira, li na coluna do Tostão o desabafo do craque, da bola e dos comentários, contra as exageradas marcações de faltas que caracterizam o futebol brasileiro. Há tempos reclamo disso e quem nos acompanha sabe disso. E é ótimo estar tão bem acompanhado nesta batalha contra o apito generoso com os atores que interpretam quedas mil nos gramados.
Mas a satisfação de ler Tostão bem cedo também combatendo as arbitragens à brasileira foi por água abaixo à noite. No Serra Dourada, na disputa de bola dentro da área, no corpo a corpo com Leandro Euzébio, do Goiás, Adriano se atira, salta, e ganha um pênalti para o Flamengo. Ele voltou há pouco ao futebol daqui, mas logo percebeu qual é a manha. No apito, Heber Roberto Lopes.
Morumbi: Hugo adianta a bola, vê Castillo, que recolhe as pernas, mas como ela vai se perdendo pela linha de fundo… o são-paulino resolve tropeçar no goleiro do Botafogo. Elmo Alves Resende Cunha aponta a marca penal. Nos Aflitos, William e Gilmar disputavam o lance e ante a perna do zagueiro corintiano, o artilheiro do Náutico opta pela queda, um pulinho, brindado com pênalti por Arilson Bispo da Anunciação, que estava a pelo menos 40 metros do lance.
Observe que Adriano se agarra no zagueiro e vai se jogando para trás. Pura malícia. Aloísio, agora no Vasco, faz isso como poucos. Note que Hugo percebe a bola fugindo do seu controle, o goleiro recolhe as pernas e ele deixa as dele para cair. É nítido também. Como perceptível é a astúcia de Gilmar, com um saltinho “esperto” diante da perna de William. Quanta malandragem!
Não vou discutir outros erros cometidos pelos apitadores nesses jogos, e eles aconteceram. Sei que esse post será inundado por internautas discordando do que penso sobre uma, duas ou as três jogadas. Normal, no Brasil já se tornou comum achar que isso tudo aí é pênalti mesmo. E a imprensa tem colaboração enorme, especialmente quem só analisa futebol em câmera lenta.
É o apito verde-amarelo, tão generoso com atacantes espertos. Fico imaginando como devem ser as conversas entre esses jogadores que cavam as penalidades e seus colegas, longe dos repórteres, das lentes e dos microfones. Certamente morrem de rir de tanta gente, na arbitragem, na torcida e na imprensa, que acredita nas suas artimanhas. De nós.
O pior de tudo é que isso é a cara do Brasil.
Música do dia – Creedence, Green River
Tribuna do torcedor
Por Luiz Carlos Moura (Cacá)
Apesar de saber que seu comentário a respeito da provável “inocência” da máfia do apito expressa a sua revolta pela impunidade (que também é da maioria do povo brasileiro), acho que você está dando um tiro na água, infelizmente.
As diversas falcatruas do futebol sempre são esquecidas e, quase nunca, têm o desfecho que deveriam ter.
– O que foi feito a partir da revelação pública feita pelo sr. Miguel Pinho de que tinha “comprado” o árbitro da final do campeonato paraense de 2001?
– Por onde andam as denúncias contra a máfia do ingresso em Belém? Por que a Federação Paraense de Futebol faz todo tipo de mutretagem e tudo cai no esquecimento? Alguma apuração sobre o esquema das passagens aéreas no recente campeonato paraense?
Todos temos uma parcela de culpa, por ação ou por omissão.
Infelizmente, quem pode chamar a opinião pública não o faz, e isto vale para a imprensa de um modo geral, com raríssimas exceções.
Vamos torcer para que isto tudo mude, algum dia.
Mas se o coronel Nunes ainda quer ser reeleito na FPF é sinal de que tudo continuará como dantes no quartel de abrantes, o que é terrível (fúnebre) para o pobre futebol paraense.