Tribuna do torcedor

Por Ricardo Jorge Matos

Há muito gostaria de emitir minha opinião e ao ler sua coluna no dia 24 de agosto senti-me motivado a fazê-lo. Sem dúvida que o sucesso do Avaí passa primeiramente pela escolha de seu técnico. Silas foi excelente jogador de futebol e teve treinadores como Cilinho, Telê Santana, verdadeiros conhecedores e adeptos do futebol-arte.

Há de se reconhecer que uma equipe necessita de um técnico capacitado, como tínhamos num passado distante Joubert Meira, Paulo Amaral, Carlinhos, Givanildo Oliveira, entre outros, que eram dignos do nosso respeito.

Os tempos mudaram, importamos outros treinadores que não tiveram o mesmo sucesso. Cito alguns deles: Paulo Bonamigo, Cuca, Adilson Batista, Giba, Paulo Campos, Carbone, Ivo Wortmann, Hélio dos Anjos, sendo quase todos execrados pela mídia.

Alguns membros da imprensa diziam que não tinham cabedal para treinarem Clube do Remo e Paissandu, mostrando seu despreparo para analisarem futebol e hoje nossos clubes vivem das lembranças do passado. Creio que o papel dos analistas de futebol atualmente e superdimensionado. Alguns têm poder para indicar ou demitir treinadores e, com isso, afastar cada vez mais os torcedores dos estádios.

Acho que ainda é possível voltarmos aos tempos de glória do nosso futebol e, para isso, precisamos valorizar nossos atletas, contratar treinadores jovens e promissores, fazer parcerias sólidas com empresas que não visem os resultados imediatos e sim com planejamento, buscando atingir metas em prazos pré-estabelecidos, e que possam ser atingidas.

Deixar o futebol profissional nas mãos de pessoas que tenham credibilidade para conseguirmos mais sócios e só assim passaremos a colaborar com nossos clubes, modificar a forma como tratam nossas instituições nas emissoras de rádio e televisão, levando nossos torcedores a uma rivalidade que só devia existir nas quatro linhas, cuja única alegria e vibrar com as derrotas de nossos adversários. Proponho ainda a mudança do presidente da Federação Paraense, pois não está mais dando certo há muito tempo. Há muito a se fazer, mas nunca é tarde para recomeçarmos, afinal sem objetivos e metas continuaremos a assistir jogos de clubes de outros centros pela TV e aí nossa futura geração com certeza torcerá por times que lhes dão alegrias e títulos, pois ninguém sobrevive somente de derrotas e tristezas.

Jornalismo da peixeira

Do Comunique-se

O dono do jornal Pluriverso Chapadense, José Muraro, foi preso em flagrante por esfaquear o ex-prefeito da cidade de Chapada dos Guimarães (MT), Sebastião Moreira da Silva (PDSB), conhecido como “treme terra”, com um golpe de punhal no abdômen. Apesar do ex-prefeito ter passado por três cirurgias, Muraro disse que deu apenas um “cutucão” em Silva.

Em entrevista ao programa Comando Geral, da TV Cuiabá, o dono do jornal afirmou que o ex-prefeito o perseguia com ameaças pela publicação de uma matéria com questionamentos sobre uma reunião entre Silva e os secretários municipais do prefeito da cidade, Flávio Daltro (PP), que teria acontecido na última semana, além de supostas irregularidades na gestão do ex-prefeito.

Mundico joga a primeira em casa

A Diretoria de Competições da CBF realizou nesta segunda-feira o sorteio que definiu os mandos de campo dos jogos da terceira fase da Série D 2009. Para o confronto entre S. Raimundo e Cristal-AP, o primeiro jogo acontecerá no próximo domingo (30/08) no estádio Barbalhão, em Santarém, e o segundo será no estádio Glicerão, em Macapá, ainda com data a ser confirmada para 12 ou 13/09. O espaço de duas semanas entre os jogos desta terceira fase é causado pela programação da 15ª e 16ª rodada das eliminatórias sul-americanas da Copa de 2010. (Com informações da Rádio Clube e do Bola)

O incrível caso do grampo sem áudio

Polícia Federal não acha escuta no STF, denunciada pela revista Veja. Perícias realizadas pela Polícia Federal excluem possibilidade de grampos contra o presidente do Supremo e o senador de Goiás. Resultado será divulgado esta semana. A Polícia Federal vai encerrar nos próximos dias o inquérito que apura os grampos em torno do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), divulgado com estardalhaço pela revista Veja.

Depois de um ano de investigações, a PF tirou suas conclusões: não houve grampo. O inquérito, aberto em agosto do ano passado, corre em segredo de Justiça, mas fontes oficiais confirmam que nenhuma das perícias detectou a existência de escutas telefônicas no STF, nem no Senado.

Porém, a apuração deve mostrar o autor de uma suposta transcrição — cuja origem não estaria em escutas telefônicas — divulgada pela imprensa. O episódio por pouco não causou uma ruptura entre o Executivo e o Judiciário. “O próprio presidente Lula deve ser chamado às falas”, declarou Mendes, à época.

O grampo foi atribuído à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), na época dirigida pelo delegado Paulo Lacerda, que também havia sido diretor-geral da PF. Lacerda foi afastado do cargo e em dezembro do ano passado foi nomeado adido policial em Portugal. O caso também causou mal-estar entre os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Felix.

Jobim fez declarações contrárias à Abin, subordinada ao GSI, dizendo que a corporação teria equipamentos para esse tipo de grampo. A Abin chegou a abrir uma investigação interna, mas também constatou que não foram seus os equipamentos que fizeram os supostos grampos.

Angústia nas Laranjeiras

Por Cosme Rímoli

Nova reunião da direção do Fluminense com a Unimed. Acontecerá hoje à noite. Os dirigentes irão fazer o que mais fazem nos finais de semana: analisar o time. E o técnico da equipe. Desta vez, Renato Gaúcho. E seu auxiliar, especializado contador de histórias, Valdir Espinosa.

O empate contra o Barueri doeu demais. Irritou os dirigentes, os torcedores. Fez lembrar as frases de Zico: “Nunca serei treinador do Flamengo. Não quero ver os flamenguistas que me adoraram, me xingar.” Renato Gaúcho deveria seguir o mesmo caminho. Ele foi vaiado, xingado impiedosamente domingo no Maracanã. O 0 a 0 diante do Barueri com dois a jogadores a menos.

Foi demais. O time está isolado na última colocação do Brasileiro. Uma vergonha para as tradições do tricolor carioca. Os reflexos são mais do que esperados. Fred está desesperado para voltar à Europa. Renato Gaúcho pode perder o emprego. Até por ter revelado que há sim atraso de salários dos jogadores que não pertencem à Unimed.

O coordenador Branco continua com a idéia fixa que passou a hora de mandar jogadores embora. Ele quer assustar o grupo. E afirmou isso na semana passada. Não deu resultado algum no Maracanã. Pelo contrário. Foi o Barueri quem desperdiçou as maiores chances de vitória.

Pelas contas frias, faltam 17 partidas. O time de Renato Gaúcho precisa de 10 vitórias, pelos matemáticos, para se salvar. Como confiar se o Fluminense conseguiu apenas três em 21 partidas? René Simões, Parreira e agora Renato Gaúcho, com as mãos nas cadeiras.

O que fazer com esse time vermelho, verde e branco?

O rebaixamento está sendo encarado com a certeza da festa do reveillon em Copacabana. A direção geral da Unimed se mostra cada vez mais descontente com a filial carioca. Não há ganho para a marca, confirma o marketing, bancar o Fluminense. Pelo contrário.

É só desgaste. Os próprios torcedores fluminenses acreditam é hora de trocar de patrocinadora. Não adianta ter uma que garanta o pagamento só de alguns jogadores e o treinador. Enquanto os demais têm salário atrasado. Há coisa demais errada no Fluminense para ser corrigida.

A forca está cada vez mais à vista. Seja o comandante que for. Renato Gaúcho ou Pep Guardiola. Todos nas Laranjeiras já sentem isso. E colocam, instintivamente, a mão no pescoço….

Rio pode ter só um time na Série A 2010

Depois da rodada de fim de semana, o futebol do Rio está frente a um dilema. O time mais cotado para representar o Estado na Série A do ano que vem é o Vasco, que disputa a Segundona e praticamente já garantiu o retorno à Primeira Divisão. Os outros três grandes vivem situação perigosíssima na Série A. O Fluminense é o lanterna, com 16 pontos. O Botafogo é o antepenúltimo colocado, com 21, e o Flamengo está em 14º, com 27 pontos. Todos correm risco de queda a essa altura.

CBF suspende soprador de apito

Da ESPN
Aspirante ao quadro da Fifa, Arilson Bispo da Anunciação foi suspenso pela Comissão de Arbitragem da CBF por tempo indeterminado nesta segunda-feira devido aos erros cometidos no empate por 3 a 3 entre Corinthians e Botafogo, nesse domingo, pelo Campeonato Brasileiro.

Na partida realizada no Pacaembu, o árbitro validou um gol do Botafogo em que André Lima usou a mão para tocar a bola para as redes. Além disso, assinalou um pênalti e uma falta inexistentes que resultaram em gols do Corinthians.

Segundo informação do canal ‘Sportv’, Arilson Bispo da Anunciação, da Bahia, foi afastado para um período de reciclagem e terá que passar por uma nova avaliação para poder voltar a apitar partidas da Série A do Campeonato Brasileiro.

Gols de Corinthians 3, Botafogo 3

Foi um jogo interessante, cheio de gols, mas atrapalhado por um festival de lambanças do tal Arilson Bispo, revelação de soprador de apito no Brasileiro 2009. O primeiro gol do Corinthians surgiu depois de um penal que o árbitro não deu em favor do Botafogo. O segundo gol corintiano nasceu de falta inexistente. André Lima fez um gol, aparentemente com a mão. Para compensar, o juiz inventa pênalti sobre Jorge Henrique. Castillo defende e Dentinho manda para as redes, o bandeira anula apontando irregularidade, mas Bispo valida o lance.

Coluna: O surpreendente Avaí

Onde está a chave do mistério? Time meio estropiado, com pouquíssimas contratações (nenhuma de vulto), entra no Brasileiro da Série A com projeto definido de brigar para não cair. Mal começa a disputa, despenca para as últimas posições, ficando várias rodadas sem vencer. De repente, desembesta a ganhar. Adquire aquela blindagem própria da auto-estima resgatada, que caracteriza os grandes times.
Refiro-me ao surpreendente Avaí, que está invicto há 11 jogos e derrotou o Flamengo na rodada de ontem, sem precisar fazer muito esforço. Acumula 34 pontos e já está entre os quatro primeiros colocados, na condição de legítimo aspirante a uma vaga na Copa Libertadores.
Nada garante que vai continuar nessa mesma toada até o final da competição, que está na metade ainda. Mas, sem dúvida, o papel desempenhado pela equipe catarinense é digno de admiração. Ninguém em sã consciência apostaria suas fichas na simples sobrevivência do Avaí na Série A, quanto mais uma provável classificação entre os 10 primeiros.
O trabalho motivacional é sempre mencionado quando um time emergente consegue se sobressair numa competição desigual, mas o que o Avaí vem fazendo em campo extrapola a mera receita de cunho emocional. O time pegou liga, os setores são bem articulados, a defesa funciona e o meio-campo é rápido e eficiente. Futebol é jogo simples e até previsível: quando há organização, os gols nascem naturalmente.
Tanto é verdade que um dos principais destaques ofensivos do time é o rodado Muriqui, que já vestiu pelo menos dez camisas de clubes de todas as divisões nacionais, incluindo breve escala na Curuzu. O outro atacante é William, que passou pelo Santos na fase em que Robinho e Diego dominavam a cena na Vila.
Na criação, o experiente Marquinhos dita o ritmo e se aproxima do ataque quando a situação permite. Dois alas velozes e bons de cruzamento, Luís Ricardo e Eltinho, completam o poderio ofensivo. Além dos citados, a força da equipe tem no goleiro Eduardo Martini um importante trunfo.
Silas, cuja experiência como técnico é mínima, baseia sua liderança na conversa franca e na facilidade para repassar orientações. Em recente entrevista à ESPN, foi sincero nas explicações para o sucesso do Avaí. Destaque no São Paulo dos anos 80/90, o ex-meia disse ter aprendido com Cilinho a valorizar a velocidade na saída para o ataque. Com Mestre Telê, assimilou a importância dos treinos de fundamentos.
Por ora, essa receita meio improvável vem dando certo. O tempo e o desafio dos pontos corridos irão dizer se Silas e o Avaí podem se inserir entre os primeiros da competição. Hoje, é obrigatório dizer apenas que o time de Guga é a grande sensação da Primeira Divisão.      
 
 
O S. Raimundo deu importante passo em direção à Série C. Tem tudo para se classificar entre os oito finalistas da Série D. Para isso, precisa passar pelo Cristal e, com alguma sorte, avança até se tropeçar nos amapaenses – o regulamento amalucado prevê a classificação dos três “melhores” perdedores. Valter Lima, que reassume nesta segunda-feira, tem pela frente o desafio de manter o bom trabalho de Carpegiane.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 24)