Bira, ídolo do Remo na segunda metade da década de 1970, passou mal ontem, em Macapá, onde mora e a família providenciou sua transferência para Belém, onde está hospitalizado. Diagnosticado com hepatite, seu estado de saúde é considerado grave. Por intermédio do desportista e dirigente cruzmaltino Alírio Gonçalves, o ex-jogador foi hospitalizado na Beneficente Portuguesa.
Em 2018, ele foi festejado pela torcida do Remo antes do jogo contra o Internacional, pela Copa do Brasil, no estádio Jornalista Edgar Proença. O ex-atacante é considerado o maior artilheiro de uma única edição do Campeonato Paraense, ao marcar 32 gols em 1979. Um ano antes, fez os cinco gols da goleada remista sobre o Guarani de Campinas, que se tornaria o campeão brasileiro da temporada.
Ubiratã do Espírito Santos, hoje com 66 anos, foi ídolo de Remo e do Internacional-RS, teve carreira de destaque no futebol. Foi artilheiro do Parazão em 1977, 1978 e 1979, integrando um dos grandes times da história do Leão, ao lado de Aderson, Dutra, Marajó, Mesquita, Julio César e Dico (fotos).
Foi campeão brasileiro em 1979 pelo Internacional de Falcão e Mauro Galvão. É o quarto maior goleador do Remo em todos os tempos, com 132 gols. O lateral Aldo, que jogou no PSC e no Fluminense, é irmão do ex-atacante.
Douglas Packer, meia que se destacou na campanha do Remo na Série C 2019, está de volta ao Evandro Almeida. Ele deixou o time na metade do Brasileiro atraído por uma proposta do futebol de Malta.
O Clube do Remo anunciou na manhã desta segunda-feira o zagueiro Neguete como nova contratação para a temporada. Revelado nas divisões de base do Cruzeiro, o jogador tem 29 anos e 1,92 de altura, e já atuou por clubes como Juventude e Luverdense. Por último, vinha jogando no futebol de Portugal.
O Real Madrid está muito perto de acertar a contratação do meia Reinier, do Flamengo. Enquanto isto não se concretiza, o jornal “Marca”, da Espanha, já colocou o garoto de 17 anos em sua capa e o apontou como possível “futuro” do clube merengue. “Presente de Reinier”, escreveu o diário em sua capa de amanhã, aproveitando para elogiar outros jovens atletas.
Jogos de preparação normalmente não empolgam a torcida, pois servem mais para a observação dos técnicos do que propriamente para encantar plateias. O amistoso de sábado, no Baenão, entre Remo e Castanhal, tinha esse desenho, mas se revelou mais vibrante do que o esperado. Muito em função do visível empenho dos azulinos em se apresentar bem e deixar uma impressão positiva, mostrando os primeiros sinais de arrumação tática.
A boa presença de público deu à partida características mais competitivas, principalmente por parte dos jovens oriundos da base remista que estão sob a avaliação do técnico Rafael Jaques. Todos se mostraram atentos à responsabilidade de mostrar qualidades
Apear de demonstrações de desentrosamento do dos lados, principalmente na parte defensiva, o Remo manteve o jogo sob controle e sempre tomou a iniciativa caindo de rendimento somente na etapa final quando começaram as substituições.
Com erros de posicionamento, a zaga castanhalense cedia espaço e permitiu que o Remo avançasse trocando passes até a entrada de sua área. As articulações tinham o envolvimento de Charles, Robinho, Eduardo Ramos e Gustavo Ermel. Se a parte defensiva não ia tão bem, do meio para frente o Leão mostrava rapidez e jogadas de habilidade.
Foi desse jeito que nasceu o lance do primeiro gol, aos 15 minutos. Um cruzamento de Djalma pegou a defesa do Japiim desarrumada e Ermel apanhou o rebote, livre para tocar em direção ao gol. Melhor azulino da partida, aplaudido quando deixou o campo, Ermel fez grande jogada aos 35’ e ampliou.
Mesmo com o gol de Pecel no fim do 1º tempo para o Castanhal e com as mexidas feitas por Rafael Jaques, o Remo se manteve tranquilo ao longo da etapa final. Wallace, o jovem artilheiro, balançou as redes de novo (havia feito o gol no amistoso em Castanhal) batendo de fora da área.
O quarto gol foi marcado também por um garoto da casa. Hélio Borges chutou cruzado e o goleiro Artur não segurou. Foi a primeira vitória de Jaques, o que ajuda a aliviar a ansiedade de parte da torcida, mas ainda não diz muito sobre o estágio atual da equipe. Existe um buraco à frente da zaga e o lado esquerdo requer cuidados.
No Castanhal, ficou a impressão de que Artur Oliveira terá que redobrar os treinamentos para alcançar a solidez que permita brigar pelo objetivo declarado do clube no Parazão: conquistar a vaga à Série D.
Os melhores do amistoso: Ermel, Charles, Robinho, Mimica e Djalma, pelo Remo; e Alisson, PC e Fazendinha, pelo Castanhal. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)
No Papão, a luta é pela qualificação do elenco
A dupla Re-Pa se mobiliza para fechar elencos para a primeira parte da temporada. O Remo saiu na frente, contratando mais e praticamente definindo o grupo de jogadores já no começo de dezembro. O PSC, que teve a fase de preparação atrapalhada pelo retardamento da final da Copa Verde, apresentou-se na sexta-feira e ainda não completou o número de atletas (30) para a pré-temporada, prevista para Barcarena.
Os torcedores ficam angustiados nesta época do ano, quando as especulações e dúvidas marcam o noticiário esportivo. É natural que o grau de expectativa seja maior em relação ao PSC, que terminou 2019 com o peso de não haver conquistado nenhum título.
Na primeira entrevista após as férias, o técnico Hélio dos Anjos destacou o fato de terem sido mantidos sete titulares – Tony, Micael, Perema, Collaço, Elielton, Nicolas e Vinícius Leite. Interessante também foram as pistas que o treinador deu sobre os reforços. Pela descrição de suas qualidades, o zagueiro Wesley Matos chega para ser titular e xerife da defesa.
O mesmo acontece com os volantes Serginho e PH, cujas características foram muito destacadas por Hélio. Quanto ao meia Alex Maranhão, velho conhecido do técnico, a situação é mais tranquila. O PSC não tem camisa 10 desde que Thomas Bastos, Leandro Lima e Tiago Luís foram liberados.
Alex vem credenciado para ser titular e é até agora a mais importante aquisição, embora a diretoria sinalize que ainda busca dois outros jogadores para o setor de criação.
Força da grana desenha cenário para 2020
A dança de cadeiras comum a toda final de temporada revela desta vez a exuberância financeira de clube como Flamengo e Palmeiras, em dose menor, e a indigência dos demais clubes da Primeira Divisão brasileira. Enquanto o Flamengo caminha para ter um orçamento em torno de R$ 1 bilhão em 2021, os outros clubes se contentam com transações envolvendo troca de jogadores sem grande relevância.
E, mesmo em relação a revelações cobiçadas, como Michael (Goiás), não sobra nada para a patuleia. O atacante, que já foi sondado pelo Corinthians, está no radar de Grêmio e Palmeiras, mas o Flamengo já tenta atropelar e fechar a contratação. Depois de tirar do Santos o zagueiro Gustavo Henrique, repetindo o que havia feito com Gabriel Barbosa e Bruno Henrique em 2019, o Fla mostra-se implacável.
O fato é que há um processo galopante de ‘espanholização’ do futebol no Brasil. Os que conseguem escapar à situação pré-falimentar, como o Flamengo (que há até cinco anos vivia hiper endividado) e o Palmeiras (que achou na Crefisa um suporte que teve na Parmalat anos antes), nadam de braçada na comparação com os demais times, argolados em dívidas e adiantamentos de quotas de TV não se sabe até quando.
(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 06)