Apesar de ter recebido ameaças desde que assumiu seu primeiro mandato, em 2011, foi em dezembro de 2016 que o deputado se deparou com uma uma das mensagens que mais o assustou. Em um longo e-mail que o chamava de “bixona”, o autor afirmou: “Você pode ser protegido, mas a sua família não. Já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”
Poucos dias depois, o mesmo remetente enviou para o e-mail de Wyllys e de seus irmãos dados como endereços de todos, placa de carros o deputado já teve entre outras informações que mostravam conhecimento sobre a família. Essa ameaça foi uma das que baseou a abertura de uma das investigações pela PF.
No mês seguinte, o deputado recebeu de outro autor uma nova leva de intimidações. Neste caso, o remetente detalhou como elaborar explosivos, mostrando conhecimento sobre o assunto.
Em 15 de março de 2017, um e-mail foi encaminhado ao deputado contendo vários de seus dados pessoais, como endereço, placas de seu veículo e nomes de seus familiares.
“Vamos sequestrar a sua mãe, estuprá-la, e vamos desmembrá-la em vários pedaços que vamos te enviar pelo Correio pelos próximos meses. Matar você seria um presente, pois aliviaria a sua existência tão medíocre. Por isso vamos pegar sua mãe, aí você vai sofrer”.
A renúncia do deputado repercutiu rapidamente nas redes sociais e nos portais de notícias, mas não livrou o parlamentar das mensagens de seus algozes. Por volta de 16h45 de quinta, duas horas depois da entrevista concedida por ele ser publicada, um novo e-mail, enviado de um endereço apócrifo chegou aos assessores do deputado.
“Nossa dívida está paga. Não vamos mais atrás de você e sua família, como prometido. Mesmo após quase dois anos, estamos aqui atrás de você e a polícia não pôde fazer para nos parar”. (De O Globo)
