Por Alberto Helena Jr.
Isso pode até parecer um daqueles velhos e surrados truques dos técnicos de atirar no colo do adversário imediato o ônus do favoritismo. Mas, quando parte de Guardiola é pura manifestação de fina lucidez: realmente, neste momento, o Liverpool é o melhor time do mundo. Ou, pelo menos, aquele que pratica o futebol mais contundente, eficaz e divertido do planeta, posto que o City de Guardiola, detentor de todos esses atributos, sofreu uma queda gradual nos últimos tempos.
Fosse pela longa ausência de De Bruyne, seu principal armador, que só agora está deixando a enfermaria, seja por um cansaço geral, ou até mesmo por um decréscimo de produção de vário jogadores importantes, como David Silva, Aguero, Sterling, mais as avacâncias de Fernandinho, enfim, o fato é que o City não tem conseguido manter aquele nível extraordinário de rendimento recente.
Desconfio mesmo que tudo isso somado levou a um certo abalo emocional, que sugou do time aquela certeza de que, não importasse o infortúnio momentâneo, logo viria a virada.
E é aqui que essa questão passa a ser vital no confronto desta quinta-feira, entre o City e o Liverpool.
Uma vitória categórica dos azuis não só aproximará o City do líder Liverpool como poderá restabelecer a confiança necessária para um time que joga num estilo desabrido, em que a fé nos próprios pés é fundamental.
Mas, que, nesta quadra do campeonato, o Liverpool de Klopp é o favorito, não tenho a menor dúvida. Nem eu, nem Guardiola.