POR GERSON NOGUEIRA
O Brasileiro está chegando ao fim, o Papão depende de cinco ou seis pontos para se garantir e já é hora de começar a pensar nas avaliações individuais para estruturar um elenco-base para o começo da próxima temporada. Garantir a permanência dos jogadores que tiveram rendimento satisfatório é regra fundamental para ter um bom começo em 2017, com desdobramentos positivos até para a disputa da Série B.
Procedimento normal nas grandes corporações, as análises de desempenho dos profissionais chegam também aos clubes de futebol, principalmente em relação ao aproveitamento em competições nacionais.
A diretoria espera o final da competição para firmar contratos e eventualmente liberar atletas, mas nas internas e entre os torcedores já se discute a situação de jogadores considerados importantes no atual elenco. Por ora, há a certeza quanto à permanência de Emerson, Jonathan, Leandro Carvalho e Bruno Veiga, que têm vínculo contratual com o clube até o final do próximo ano.
Dos quatro, Emerson e Jonathan são titulares no time atual, sendo que o goleiro ostenta – com méritos – também a condição de ídolo da torcida. O reserva imediato de Emerson, Marcão, também é um nome dado como certo para 2017, dependendo apenas de negociação para ter acordo renovado.
Na defesa, Gualberto também deve permanecer, apesar de não ter tido nesta temporada o mesmo destaque da Série B 2015, quando foi um dos melhores atletas do time. Gilvan, titular com Dal Pozzo e Dado Cavalcanti, também desfruta de boa avaliação, pela regularidade ao longo da competição. Fernando Lombardi é dúvida.
Os laterais João Lucas, Roniery e Ratinho estão na mesma situação, mas, dependendo do rendimento nas últimas rodadas, podem vir a ser aproveitados. Já no meio-de-campo, além de Jonathan, Lucas tem boas chances de ficar pela capacidade de finalização e a facilidade de adaptação a várias funções na equipe.
Dos homens de criação, Tiago Luís é disparadamente o nome de maior prestígio junto ao torcedor, pela maneira decisiva como tem atuado e a extrema perícia nas cobranças e chutes de longa distância. Fazia tempo que o Papão não contava com um jogador tão qualificado na meiúca.
Tiago é tão fundamental hoje no Papão que a sua chegada, por indicação de Dal Pozzo, é considerada tardia. Caso tivesse sido contratado ainda no primeiro turno, a situação do clube na Série B certamente seria outra. O próximo presidente, Sérgio Serra, já admitiu que conversas devem ser iniciadas com o jogador para que renove contrato.
Rafael Costa já não desfruta da mesma unanimidade junto ao torcedor e é nome incerto para o próximo ano, assim como Augusto Recife.
Leandro Cearense é outro que tem excelentes chances de ser aproveitado em 2017. Foi o atacante mais utilizado como titular, atuando em bom nível e diversificando seu repertório. Nos últimos jogos têm sido um garçom qualificado, lançando outros companheiros e tendo grande precisão no passe.
Mailson, que começou bem mas depois acomodou-se num desempenho irregular ao longo do returno, pode ter nova oportunidade, mas precisa ser mais objetivo nas tentativas de ataque. Rivaldinho e Clayton, que ainda nem estreou, são incógnitas. E Alexandro é certeza – de não permanência.
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Uma auditoria para passar a limpo as contas do Leão
Oportuna providência do presidente do Remo, André Cavalcante, solicitando uma auditoria externa para verificar as contas do clube ao longo dos exercícios de 2015-2016. É um período interessante, durante o qual seis presidentes se revezaram na gestão azulina – Sérgio Cabeça, Zeca Pirão, Pedro Minowa, Henrique Custódio, Manoel Ribeiro e o próprio André.
Todos os que realmente se interessam em passar a limpo as finanças do Remo devem apoiar a iniciativa, pelo bem da própria instituição. A auditoria sobre dois anos de gestão tem possibilidades de concluir seus trabalhos a tempo ainda de ser apresentado antes da eleição de 12 de novembro.
O presidente do Conselho Deliberativo (e também candidato à presidência), Manoel Ribeiro, inspirando-se na ideia de Cavalcante, anunciou a intenção de auditar as contas dos últimos cinco anos no clube. Apesar de louvável a preocupação com a transparência contábil, tal sugestão peca pelo risco de tornar a auditoria muito abrangente e não necessariamente certeira.
Além disso, caso a apuração dos números retroaja a 2012 dificilmente permitirá o término dos trabalhos antes da votação do próximo mês.
De toda sorte, a simples iniciativa de fazer um levantamento rigoroso das contas do Remo já se configura um grande avanço na vida interna do clube, tão castigado pelas sombras e nuvens da desconfiança.
É a oportunidade para que sócios, conselheiros e torcedores fiquem sabendo de verdade a quantas anda a saúde financeira do Leão e os responsáveis diretos pelos transtornos que atrapalham a vida do clube, incluindo destruição criminosa do estádio Evandro Almeida, negociações estranhas envolvendo atletas e assalto vergonhoso à sede social, até hoje não elucidado.
(Coluna publicada no Bola desta quinta-feira, 20)
O período informado (2015-2016), teve apenas 3 presidentes: Minowa, Manoel Ribeiro e André Cavalcante. Se for englobar desde Sérgio Cabeça, então a auditoria deve pegar desde 2011 (sua primeira candidatura)
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Agora há pouco o Carlos Ferreira fez uma excelente análise sobre qual seria o objetivo da auditoria solicitada, tanto no período mais curto, quanto no período mais extenso.
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Hoje pela manhã assisti ao Carlos Ferreira fazer um excelente comentário acerca do que verdadeiramente inspira o pedido de auditoria, tanto do período mais curto, quanto do período mais longo. Sem descartar a importância que tem o conhecimento da situação do clube, especialmente do ponto de vista financeiro e contábil, o jornalista foi enfático ao sustentar que acima de tudo o que governa o espírito auditor é o interesse meramente eleitoreiro.
Sem discordar do conceituado jornalista investigativo, até porque auditoria é coisa mais apropriada para quem inicia um mandato, acrescento que tal intenção também pode encerrar uma sinalização em prol de um acordão entre os candidatos.
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Moderação!!!
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Na minha avaliação de desempenho bicolor em 2016, embora ainda esteja em andamento a competição serie B, acho que essa série B foi a mais difícil que já houve, mas pelo que gastou no plantel o Paysandu poderia ter logrado melhor sorte com o acesso e até mesmo o tri campeonato da competição. Ocorre é que umas duas dezenas das contratações feitas não deram certo onde alguns nem sequer jogaram algumas partidas. Até jogador com problema renal crônico foi contratado. Esses foram as falhas da nossa ótima diretoria que não devem mais ocorrer em 2017. O sistema de contratar deve ser revisto. Mas a permanência na serie B já está de bom tamanho e a Nação Bicolor também não pode reclamar muito porque não apoiou o time como deveria, só mostrando sua força diante do Vasco com 31 mil pagantes e recorde de renda este ano. Inclusive antes do início da competição eu até achava que o Nação iria lotar desde o desde o primeiro jogo porque o time vinha de conquistas de expressão como a inédita Copa Verde , a vaga na Sul Americana e o Estadual, mas no primeiro jogo com o Oeste apenas 12 mil pagantes. Em 2017 espero mais acerto da diretoria nas contrações e mais apoio da Fiel bicolor ao time.
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Será que o Alberto Maia não topa ser o presidente do Remo? O atual e os demais citados já demonstraram que não estão à altura. Sejamos sinceros, os dirigentes azulinos são fracos. Muuuuito fracos.
Outra, Carlos Ferreira cantou a pedra…!!! Auditoria no Remo: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!
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André Cavalcante havia anunciado a auditoria, Marcos. E está certo em defender o período mais curto, 2015-2016, pelo menos por enquanto.
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Tenho dito tantas coisas que não pensei que diria. Depois de concordar com o Nélio, devo concordar com o Carlos Ferreira.
Uma auditoria séria, mesmo que pra um período tão curto como 2 anos, leva tempo e custa caro, dificilmente ficando pronta no período de 3 semanas até a eleição.
Tanto André quanto o Manoel Ribeiro estão tentando ganhar tempo e jogar pra torcida.
Me pergunto até hoje por que o Profut ainda não saiu? Por que a Caixa ainda não está patrocinando o Remo? Por que o Baenão ainda não está em funcionamento? Vi relatos e mais relatos de jogadores putos com o AC porque prometia e não cumpria. Viajava com a delegação e sumia pra passear e quando entrava de volta no avião vinha cheio das sacolas de compras enquanto o salário dos jogadores continuava atrasado desde o início da Série C. É no mínimo falta de bom senso. Vários relatos de jogadores deram conta da falta de confiança que o elenco tinha no seu presidente.
E ontem ainda chega a notícia vinda de jornalistas da RC que o presidente foi detido pra prestar esclarecimentos sobre uma suposta placa fria.
Diante de todo esse quadro devo concluir que todo mundo está errado e só o sujeito está certo, não é? Deve ser pura perseguição o meu desconfiômetro.
E ainda tem gente que está achando que está tudo uma maravilha.
Depois o bobo sou eu!
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Patrocínio da Caixa é a instituição que define a quem contemplar, mas o clube precisa ser com todos os débitos e papéis em dia. O Remo já se habilitou e deve receber o patrocínio em 2017. Quanto ao Profut, o clube oficialmente já aderiu. Sobre a questão do veículo do presidente, alvo de muita especulação e intriga ontem, ficou tudo esclarecido pela própria Polícia, Victor. André foi avisado de uma denúncia envolvendo o carro, percebeu que havia armação no ar e foi diretamente à Polícia. Registrou BO e pediu perícia imediata no carro. A perícia foi feita e constatada a legalidade da placa. Com isso, desarmou a sujeirada toda. É preciso ter equilíbrio e evitar ataques sem provas. Não se pode subestimar as forças ocultas dentro do Remo, meu caro.
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