A CBF confirmou a mudança de local da partida entre Paissandu x Atlético-GO, na próxima terça-feira, 30. Será no estádio Mangueirão, às 18h30. A alteração foi solicitada pela diretoria bicolor, a fim de garantir uma arrecadação maior. Há, inclusive, a ideia de fazer promoções para facilitar a compra de ingressos.
Mês: junho 2015
Liberado pelo Goiás, Ruan deve reforçar Papão
O Paissandu deve formalizar ainda hoje a contratação do atacante Ruan. O jogador, que estava no Goiás, já foi liberado oficialmente pelo clube alviverde. Ruan, que defendeu o Papão na Série C 2014, não teve muitas chances no Goiás e desejava sair. (Com informações de Cláudio Santos)
Ainda a reunião do Condel azulino
Rock na madrugada – Ira!, Tarde Vazia
Com sorte de campeão
POR GERSON NOGUEIRA
Em noite de pouca inspiração de seu principal jogador (Pikachu), com excesso de passes errados no meio-campo e abertura de espaços que quase permitiram gols do Vitória no final, o Papão renasceu a tempo e achou um gol salvador aos 50 minutos. O resultado é importantíssimo por garantir a vice-liderança do campeonato e por ter acontecido quando o time fez uma de suas piores exibições no torneio.
Quase ninguém acreditava mais. O time estava extenuado, depois de um jogo muito disputado e de forte marcação. A substituição de Leandro Cearense era necessária desde o final do primeiro tempo. O jogador até tentava, mas pouco conseguia fazer diante da sólida zaga baiana.
Curiosamente, Cearense foi substituído por Carlinhos, meia-armador reserva que vem sendo lançado pelo técnico Dado Cavalcante somente nos instantes finais. Hoje, como ocorreu contra o Paraná, Carlinhos foi decisivo.
Depois de três lances agudos do Vitória, perdendo gols com Elton e Escudero, seria justamente Carlinhos o autor do gol do triunfo bicolor. Com oportunismo e técnica, ele se posicionou junto à área e acertou de primeira, sem defesa para o goleiro. Daqueles lances felizes que fazem um time se tornar ainda mais confiante.
Cabe observar que, além da demora em tirar Cearense, o técnico insistiu com Carlos Alberto, que não consegue tornar o time mais rápido na transição. Como organizador, ele passa muito tempo fora de jogo, sem dar o dinamismo que um time precisa ter a partir da meia cancha.
Pois Carlos Alberto ficou em campo até o final e viu Jonathan ser substituído para a entrada de Edinho, cujo papel era justamente o de dar velocidade a um meio-campo travado. O problema é que, sem Jonathan na cobertura, o lado direito ficou ainda mais desprotegido. Nas costas de Pikachu, o Vitória passou a explorar contra-ataques com grande perigo.
Tudo o que não tinha conseguido realizar de produtivo ofensivamente no primeiro tempo, o time baiano resolveu fazer nos 15 minutos finais. E quase chegou ao gol, apesar do esforço de Ricardo Capanema na marcação. Desdobrando-se à frente da linha de zagueiros, o volante foi fundamental para conter o ímpeto do Vitória depois da metade do segundo tempo.
Mas, como o futebol é generoso e dado a surpresas, os deuses da bola permitiram ao Papão obter uma vitória tão importante quanto improvável nas circunstâncias do jogo. Aos 50 minutos de segundo tempo, tudo fazia crer no empate como resultado final, pois o Vitória desperdiçara as chances que teve e o Papão parecia cansado demais para tentar alguma coisa.
Acontece que Carlinhos, que acabara de entrar, teve tranquilidade suficiente para não desperdiçar a única grande chance surgida no segundo tempo. Um gol de oportunismo e sorte. E, como já pregava Nelson Rodrigues, sem sorte não é possível nem atravessar a rua. Grande triunfo.
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A despedida do Violino
O técnico Carlinhos Silva, que morreu na segunda-feira, passou à história como um dos maiores jogadores de meio-campo que o Flamengo já teve. Era tão bom que ganhou o apelido carinhoso de Violino. De fato, segundo relatos daquele tempo, era o responsável por afinar a orquestra rubro-negra em campo.
E não foram períodos muito fáceis. Teve pela frente o fantástico Botafogo de Nilton Santos, Quarentinha, Didi e, principalmente, Mané Garrincha. Encarava também a força de um Vasco respeitável. Ainda assim, brilhou bastante.
Como treinador, obteve destaque ao montar o time do Remo no final dos anos 80, trazido pelo então presidente Raimundo Ribeiro. O clube buscava repetir com Carlinhos o mesmo sucesso da experiência com Joubert Meira anos antes. E deu tudo certo.
Com Carlinhos, o Remo quase chegou à elite nacional. Só não conseguiu porque foi barrado por uma terrível arbitragem de José Roberto Wright no jogo contra o Bragantino, de Vanderlei Luxemburgo.
De toda sorte, Carlinhos deixou o Remo admirado e respeitado por todos. Não só pelos reconhecimentos méritos profissionais, mas acima de tudo pela elegância nos gestos. Falava em tom baixo, jamais levantava a voz, mas se comunicava como poucos.
Deixa saudades.
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As incertezas voltam a rondar o Leão
Poucas vezes se viu tanta escaramuça política na gestão de um clube. O Remo mergulha novamente em período de incertezas, com a decisão do Conselho Deliberativo, tomada anteontem, de punir o presidente Pedro Minowa e absolver o ex-presidente Zeca Pirão com base no relatório das investigações feitas nas contas e atos das duas gestões.
Pirão escapou por não ser mais presidente. Acabou sendo julgado como um simples sócio, daí a absolvição, segundo explicações de conselheiros presentes à reunião de segunda-feira à noite. Contribuiu para o desfecho o forte apoio de que Pirão desfruta entre os conselheiros.
Por mais que o critério seja aceitável, a medida soou como deliberadamente favorável ao ex-gestor, responsável pela destruição parcial do estádio Evandro Almeida e acúmulo de dívidas trabalhistas que tornam o clube quase ingovernável.
Pedro Minowa, ao contrário, recebeu os rigores da lei e poderá ser destituído nas próximas semanas quando a Assembleia Geral se reunir para deliberar sobre a decisão do Condel. Paga o preço de não ter o mesmo peso eleitoral no Conselho e arca com as consequências de uma administração extremamente desastrada até aqui.
Ficou a impressão de que o Condel perdeu excelente chance de se posicionar à altura dos anseios da torcida, afastando os dois gestores e responsabilizando-os pelos desmandos e omissões que ameaçam inviabilizar o clube.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 24)
Papão mata no final e já é vice-líder
Histórias do mundo da bola

Materazzi e Zanetti discutindo para ver quem leva a camisa do craque Henry depois de um Inter x Arsenal.
Galeria do rock

The Kinks. Londres, 1964.
Papão x Vitória (comentários on-line)
Campeonato Brasileiro da Série B 2015 – 9ª rodada
Paissandu x Vitória-BA – estádio Jornalista Edgar Proença, 21h50
Na Rádio Clube, Guilherme Guerreiro narra, Carlos Castilho. Reportagens – Valdo Souza, Dinho Menezes e Mauro Borges.
Banco de Informações – Fábio Scerni.
Cametá vence amistoso beneficente
Com gols de Caio, aos 20 minutos do primeiro tempo, e de Soares (de pênalti) aos 24 do segundo, o Cametá venceu o Remo em amistoso realizado na tarde desta terça-feira, no estádio Parque do Bacurau. Um grande público prestigiou a partida, que teve caráter beneficente. A renda foi toda revertida para a família do jogador Gil Cametá, que morreu em abril vítima de acidente automobilístico. O técnico Cacaio utilizou cinco titulares – Fernando Henrique, Igor João, Ameixa, Juninho e Rafael Paty. O Cametá foi comandado por Lourival (Zico) Matos, que foi o primeiro treinador de Gil. Ao final do jogo, os ex-companheiros de time se confraternizaram com os familiares do zagueiro sob aplausos da torcida presente.
STJD acata reclamação do Remo
O Remo obteve uma pequena vitória junto ao STJD na tarde desta terça-feira. O tribunal acatou a reclamação do departamento jurídico do clube quanto a realizar com portões abertos (e cobrança de ingressos) os três jogos da punição imposta pelos incidentes registrados na Série D 2014, em Bragança. O STJD reconheceu como válida a decisão de promover os jogos com bilheteria a 100 quilômetros da sede.
O advogado André Cavalcante, representante do clube, informou que ainda busca reverter a pena. “Mesmo já obtendo esta importante vitória, entendo que ainda existem pontos na decisão que precisamos discutir. Quem sabe coisas melhores ainda não podem vir? Vamos lutar até o fim”, garantiu. (Com informações da Ascom/Remo)
O adeus a Carlinhos Silva
Foi sepultado na manhã desta terça-feira (23), no Rio de Janeiro, o ex-jogador e técnico Carlinhos Silva. Ele também será alvo de homenagem póstuma, antes da partida de hoje entre Cametá e Remo. Carlinhos veio para o Leão Azul nos anos 80 através do então ex-presidente do clube, Raimundo Ribeiro. Com Carlinhos no comando, o Remo quase chegou à elite do futebol brasileiro, sendo eliminado na partida final pelo Bragantino, em São Paulo. A partida foi marcada por erros na arbitragem de José Roberto Wright, beneficiando a equipe paulista.
Depois de eliminar clubes do Pará e Maranhão, o Leão superou Fortaleza-CE, Anapolina-GO e Itaperuna-RJ, mas parou no Bragantino-SP, que acabaria com o título da competição. O Remo tinha jogadores como Gledston, Tiago Macapá, Rildon, Wagner Xuxa, Bebeto, Paulo Verdan e Edmilson. Em 1992, Carlinhos voltaria ao Baenão, mas passou pouco tempo por motivos de saúde.
O ex-treinador do Remo morreu nesta segunda-feira por problemas cardíacos. Seu corpo foi velado na sede do Flamengo na Gávea, no Rio de Janeiro. Foi um dos maiores meio-campistas da história rubro-negra, ficando conhecido pelo apelido de “Violino”, em função do estilo técnico que tinha como atleta.