Diretoria recua e não confirma saída de Zé Teodoro

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Contra-ordem no Remo. Zé Teodoro continua como técnico do Remo, pelo menos até amanhã. Confusa como sempre, a diretoria decidiu afastá-lo depois da derrota desta tarde contra o Paissandu, mas não oficializou a dispensa e o treinador não entregou o cargo. Os dirigentes entendem que a fraca atuação do time tornou insustentável a situação, mas ele só deverá ser desligado oficialmente do clube nesta segunda. O gerente de futebol Fred Gomes também estaria saindo.

Nomes começam a ser cogitados para a vaga. Ricardo Lecheva, atualmente no Independente, já teria sido sondado. João Galvão, ex-técnico do Águia, também foi lembrado, bem como Flávio Araújo, ex-Sampaio Corrêa. Há, também, a possibilidade de efetivação de Agnaldo de Jesus, que trabalha como auxiliar técnico de Zé Teodoro. (Com informações do repórter Paulo Caxiado, da Rádio Clube)

Tribuna do torcedor

POR CAMILO FERREIRA

Continuo me perguntando o porque do Clube do Remo insistir em forasteiros e preterir os “cabanos”. Trocaria um Zé Teodoro por um João Galvão, trocaria um Caça-rato por um Kariri/Ricardinho/Soares/Flamel/Robinho. Trocaria sem sombra de dúvidas um Fred Gomes por um Agnaldo/Arthur/Gian/Valter Lima.
Nobre amigo colunista desde 2003 és testemunha das lamentações deste pobre azulino e desde 2008 defendo categoricamente a formação de um time cabano (regionais mais os promovidos da base azulina), aaaa Gerson, não consigo entender como entra diretoria, sai diretoria e eles continuam dando murro em ponta de faca. Pior que essas diretorias é o torcedor que agoura os jogadores regionais, mas ora, quantos leandrões, zé afonsos, caça-ratos já não passaram pelo Clube do Remo e esses mesmos torcedores, acredito que por medo, tiveram esperança em ver esses forasteiros tornarem-se ídolos?!
Convenhamos, o Zé Teodoro foi um dos maiores fiascos da história do Clube do Remo.
Ta na hora, álias, passou muito da hora de acreditarem que santo de casa faz milagre sim.

Remo x Paissandu (comentários on-line)

Campeonato Paraense – Returno, 4ª rodada

Remo x Paissandu – estádio Jornalista Edgar Proença, às 16h

Rádio Clube _ IBOPE_ Segunda a Sexta _ Tabloide

Na Rádio Clube, Claudio Guimarães narra; Carlos Castilho comenta. Reportagens – Valdo Souza, Paulo Caxiado, Dinho Menezes, Paulo Sérgio Pinto e Saulo Zaire. Banco de Informações – Adilson Brasil e Fábio Scerni 

PFC vence Independente e assume liderança

Os dois jogos iniciais da quarta rodada do returno do Parazão deixaram o Paragominas muito perto da classificação à semifinal e o Tapajós em segundo lugar no grupo A2. Na Arena Verde, o time de Charles Guerreiro mostrou determinação na vitória por 2 a 0 sobre o Independente, campeão do primeiro turno.

Com apoio da animada torcida presente ao estádio, o PFC marcou aos 23 minutos, com Rodolfo Bastos, concluindo boa jogada de Aleilson. O próprio Aleilson fez o segundo gol aos 38 minutos, batendo da entrada da área. O Independente não conseguiu reagir no segundo tempo e quase sofreu o terceiro gol – Uander desperdiçou cobrança de pênalti.

O PFC chegou a 8 pontos e encerra a fase classificatória no próximo dia 12 de abril, recebendo o Remo na Arena Verde. Já o Independente encara o Tapajós na quarta-feira (01 de abril), em jogo atrasado da segunda rodada.

Em Santarém, o Tapajós superou o Parauapebas por 3 a 1 e chegou ao segundo lugar na classificação do grupo. O artilheiro Welton abriu o marcador logo no primeiro minuto, cobrando pênalti. Aos 28 minutos, Welton voltou a marcar, ampliando a vantagem do Boto Tapajônico.

O Parauapebas perdeu uma penalidade (com Juninho) logo no início do segundo tempo. O time de Léo Goiano continuou insistindo e chegou ao gol aos 17 minutos, com o centroavante Célio Codó. O Tapajós não se abalou e fechou a contagem aos 28 minutos, através de Tiago Costa, desviando de cabeça.

O Tapajós chegou a 4 pontos e assumiu a vice-liderança, tendo um jogo a menos que o Paragominas – joga na quarta-feira com o Independente, em Tucuruí. O Parauapebas, que ainda não venceu no returno, enfrentará o Paissandu no dia 8 de abril, na Curuzu, em Belém.

O clássico da afirmação

POR GERSON NOGUEIRA

A princípio, pode parecer que o Re-Pa deste domingo vale pouco. A interpretação deriva do fato de que, na quarta rodada do returno, o jogo não vai determinar a classificação ou a eliminação de um dos times. Não tem, portanto, caráter decisivo. Mas há, sim, um aspecto importante a ser considerado. São dois times em busca de afirmação.

Invicto há 9 jogos, o Remo já deveria se considerar devidamente aprovado pela torcida. Só que não. Poucas vezes ao longo dessas nove partidas o time mostrou consistência, segurança e confiabilidade. Talvez só mesmo na vitória sobre o Rio Branco, no Mangueirão, pela Copa Verde.

unnamed (57)Contra o Princesa do Solimões, a vitória fora de casa parecia a prova de que o time havia encontrado a sonhada maturidade. No confronto de volta, no Mangueirão, depois de perder uma fieira de gols, padeceu com o cerco imposto pelos amazonenses na etapa final.

No Parazão, a situação não é tão diferente. A equipe evoluiu neste returno, mas tem oscilado muito de rendimento, indo de momentos satisfatórios a situações incômodas numa mesma partida.

Foi assim, por exemplo, contra o Tapajós, quando fez cinco gols e tomou outros cinco. Chegou a estar perdendo por 4 a 2, reagiu bravamente e virou para 5 a 4, mas acabou vitimado por falha que resultaria na penalidade e na concessão do empate.

A última exibição confirmou todas as impressões desconfiadas sobre o time. Diante do modesto Gavião, um dos piores times do campeonato, o time fez um primeiro tempo razoável, mas no segundo tempo aceitou intensa pressão e esteve a pique de perder a vantagem mínima no placar. Um jogo que tinha tudo para ser tranquilo tornou-se tenso e dramático.

O Papão, que ficou invicto por sete jogos, tem trajetória semelhante quanto à instabilidade. A troca de técnicos logo no começo do Parazão alterou planos de trabalho, mas pouco mudou a maneira de jogar. Apenas uma vez o time foi eficiente e satisfez as expectativas do torcedor.

Logo na estreia de Dado Cavalcanti, recebendo o Nacional na Curuzu, a equipe se impôs desde o começo e conquistou uma vitória irretocável por 4 a 1. Defesa, meio-campo e ataque funcionaram azeitadamente. A marcação encaixou, os deslocamentos aconteceram quase de maneira sincronizada e as chances não foram desperdiçadas.

Tudo parecia caminhar bem, mas depois disso o time passou a enfileirar atuações confusas e inseguras, até mesmo quando venceu. Exemplo disso foi o jogo contra o Castanhal, quando a vitória foi conquistada com extrema dificuldade, depois de um sufoco imposto pelo adversário.

Os dois jogos seguintes, pela Copa do Brasil e Copa Verde, resultaram em empates e atuações pouco inspiradas. Em Rio Brilhante, vencia por 2 a 0, mas permitiu que o desconhecido Águia Negra alcançasse a igualdade. Em Manaus, contra o Naça, ocorreu o inverso: o time entrou recuado, aceitando o plano de jogo dos donos da casa e só foi reagir no final.

A última apresentação pelo Parazão desnudou todos os problemas acima citados. Um comportamento errático, a partir dos 30 minutos de jogo, determinou a derrota frente ao Independente, em Tucuruí. Imprensado em seu campo de defesa, o Papão não encontrou meios de se livrar da arapuca armada pelo Galo Elétrico e escapou de um placar mais dilatado.

Por todas essas razões, o clássico entre os velhos antagonistas, que é sempre uma celebração, hoje terá também o caráter de prestação de contas. Será uma boa oportunidade para desmentir a impressão ruim deixada por ambos até aqui.

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A era do futebol gourmet

São Paulo, locomotiva econômica do país, vive disputa entre os grandes clubes pela captação de sócios torcedores. O gatilho foi disparado no final do ano passado com o êxito do Avanti, programa de ST do Palmeiras, que é hoje o que mais cresce no país. Assustados, Corinthians, S. Paulo e Santos passaram então a se mexer para não ficar para trás.

Em meio a isso, vantagens na forma de descontos e até milhagem de ingressos são oferecidas, sem contemplar o torcedor de perfil mais humilde. Enquanto os sócios têm acesso garantido aos grandes jogos, o antigo arquibaldo se vê obrigado a pagar em média R$ 200,00 por ingresso se quiser ver jogos medianos.

No Rio, a batalha ainda não é tão acirrada, mas o Flamengo já privilegia seu ST quando manda jogos no Maracanã, gerando cenários bizarros como aqueles 5 mil gatos pingados na imensidão do estádio na partida contra o Bangu no meio da semana. Tudo porque o torcedor comum teria que desembolsar cerca de R$ 120,00 para ver um jogo chinfrim.

Entre nós, a situação avança nessa direção, embora lentamente. Com calendário fechado para a temporada, o Papão anuncia 12 mil adesões (nem todas adimplentes) ao seu ST. O Remo dobrou seu contingente de ST nas últimas semanas, chegando a quase 5 mil. Apesar dos números modestos, começa a se consolidar a tese de que o futuro do futebol está no ST, o que justificaria cobrar ingressos sempre na faixa de R$ 50,00.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Tenho muitas dúvidas sobre o ST e prefiro esperar para ver o desenrolar dos acontecimentos.

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Clássico marcado por equilíbrio de forças

Time por time, reina um grande equilíbrio entre os titãs neste começo de temporada. Se o Papão tem a zaga mais experiente, com Dão e Willian Alves, o Remo compensa com o vigor de seus jovens beques, Igor João e Yan. A lateral direita é um raro ponto de clara superioridade bicolor, com a presença de Pikachu.

Na zona de marcação, o Papão tem Augusto Recife, Radamés e Jonathan. O Remo alinha Dadá, Felipe Macena e Alberto. Na criação, discreta vantagem azulina, com Eduardo Ramos versus Rogerinho. O ataque mantém a tendência geral de nivelamento, com Bruno Veiga/Aylon contra Val Barreto/Roni.

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Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda a atração na RBATV, a partir de 00h15. Na bancada, Giuseppe Tommaso, Ronaldo Porto e este escriba de Baião debatem a 4ª rodada do returno do Parazão.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 29)

Um paraense na França

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POR EDYR AUGUSTO PROENÇA

Quando estiverem lendo esta crônica, estarei a todo vapor trabalhando no Festival Quais de Polar, aqui em Lyon, França. Em Paris, o Salon du Livre foi maravilhoso, um lugar gigantesco, cheio de editoras francesas, mais alguns países. Uma multidão esteve lá e não apenas olhando ou passeando, mas comprando, saindo com sacolas cheias de livros. Os escritores brasileiros fizeram bonito. Juca Ferreira, o Ministro da Cultura fez a abertura, juntamente com a Ministra da França. No stand do Brasil, livros em português e em francês. Muitos autores, como eu, tiveram suas obras esgotadas, ali. Trabalhamos muito, todos os dias, desde o meio dia, até as sete da noite, dando autógrafos nos stands de nossas editoras e participando de inúmeras mesas, debatendo temas literários e da situação do nosso Brasil, quase sempre com a presença de um escritor francês. Parece fácil, mas não é.

Platéias com cinquenta, cem pessoas, todas interessadas, curiosas, fazendo perguntas, ouvindo as respostas. Encontrei muitos paraenses que moram na França e acorreram ao Salão para comprar e matar as saudades, mas acima de tudo, levando seu carinho até nós. O tempo, a concentração, a necessidade de ter respostas criativas e meramente a exposição, me deixavam muito cansado à noite, mas enfim, com uma alegria inédita de estar representando meu país, meu estado, minha cidade, em Paris. De estar falando de meu trabalho e tendo ouvintes respeitosos, admiradores. Isso não tem preço. Melhor ainda foi encontrar os escritores brasileiros.

Ficamos todos no Bedford Hotel, belíssimo, lugar onde Villa Lobos e o Imperador Dom Pedro II moraram, sendo que o monarca, exilado, morreu ali. O encontro foi maravilhoso. Conversamos, trocamos informações, rimos muito, nos conhecemos e marcamos próximas reuniões. Depois, enquanto uns voltaram ao Brasil, outros tomaram outras direções para falar de seus trabalhos. Peguei o TGV e vim para Lyon, onde recebi, na Université Jean Moulin, o prêmio Cameleon, com meu livro “Belém”(“Os Éguas” no Brasil), como o melhor livro brasileiro, traduzido para o francês.

A votação, maciçamente, foi dos estudantes, o que me deixou mais feliz, por dedicar uma vida inteira de trabalhos aos jovens. Ainda mais orgulhoso por ter concorrido com autores da força de Frei Beto, Adriana Lisboa e Milton Hatoum, este último com seu “Órfãos do Eldorado”. Recebi o troféu, juntamente com meu tradutor, Diniz Galhos. Respondi a perguntas dos estudantes e depois participei de um coquetel, com uma banda formada por estudantes, tocando bossa nova.
Lyon é uma cidade linda, com uma parte antiga e muito bem conservada, incluindo visita às ruínas romanas, como um anfiteatro e outra, moderna, com prédios bonitos, avenidas largas e um povo tranquilo.

Tive um dia de folga e depois entrei no Quais de Polar, um festival gigantesco dedicado ao romance noir, com a presença de alguns dos maiores romancistas, na área, do mundo. James Ellroy vem. Don Wislow, também. Cito os dois por serem mais conhecidos no Brasil onde quase todas as suas obras são vendidas. É mais trabalho duro. Autógrafos, mesas, estas, com escritores do mundo inteiro e um público absurdamente interessado em descobrir novidades, o que é meu caso. Vivo momentos de grande alegria. São três romances traduzidos para o francês e muito bem recebidos. Os dois primeiros saíram agora em versão “Livro de Bolso”, de ainda maior penetração por conta do preço de capa. Semana que vem, conto mais. (Publicado em O Diário do Pará, Caderno TDB, Coluna Cesta, 27.03.15)

Cabra bom. Parabéns.

Dunga descarta testes e veta novatos na Seleção

Dunga não está aberto a experimentar novos jogadores na seleção brasileira para a disputa da Copa América, em junho, no Chile. O técnico já confirmou que não quer testes na competição sul-americana, vetando assim qualquer jogador que não tenha sido convocado até o momento. O Brasil faz amistoso diante do Chile, em Londres, no domingo às 11h (de Brasília), no estádio Emirates, em Londres.

“Só quem já veio comigo, ou até quem esteve em outras oportunidades. Quem nunca jogou comigo na seleção não tem chance. Fica complicado”, disse Dunga.

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Fechar as portas do elenco foi também o que Dunga fez durante a preparação para a Copa do Mundo em 2010. Na época, Neymar e Paulo Henrique Ganso surgiam com força no Santos, mas jamais foram chamados. “Não temos espaço para testes nesse momento. Os jogadores que estão aqui já me provaram que são capazes. Outros também tiveram suas chances e têm o seu valor na escolha”, destacou o treinador.

Para o jogo contra o Chile, Dunga programa os testes finais antes da convocação da Copa América, mas apenas no time titular. São diversas as dúvidas para a partida. “Não vou abrir o time. Temos uma equipe de fisiologistas, uma comissão médica, que vai medir a condição dos atletas. Tivemos menos de 72 horas de intervalo entre jogos (partida contra a França foi na noite de quinta-feira), e isso pesa na escolha” destacou. (Do UOL)