Um Galo forte e vencedor

POR GERSON NOGUEIRA

O Independente repete os passos que o levaram ao primeiro título estadual, em 2011. Superou o Parauapebas na disputa em penalidades e conquistou o primeiro turno do Campeonato Estadual, garantindo desde já presença na Copa do Brasil e na Copa Verde do ano que vem, além de se tornar o primeiro finalista do Parazão.

Não há o que discutir quanto aos méritos do vencedor. Ricardo Lecheva foi a mais regular da competição e cresceu muito nas últimas semanas, culminando com o triunfo em Santarém sobre o Tapajós, que lhe credenciou a decidir a etapa inicial da competição. De quebra, goleou o Icasa-CE pela Copa do Brasil e ganhou mais confiança.

Ontem à tarde, em Tucuruí, o time mostrou-se surpreendentemente tenso no começo da partida, sentindo a importância do jogo e talvez impressionado com o público recorde no estádio – mais de oito mil pagantes e portões fechados para evitar superlotação.

Diante da hesitação inicial dos donos da casa, o Parauapebas lançou-se ao ataque e chegou a criar a ameaçar em duas ou três ocasiões. Faltou, porém, aos visitantes a competência para entrar na área e aproveitar a instabilidade emocional do time nos primeiros minutos.

Aos poucos, pelos pés de Chicão e Cariri, o Independente botou a bola no chão e passou a se organizar melhor, acionando os atacantes Wegno e Joãozinho. Com passes longos para as laterais, com Jackinha principalmente, o time conseguiu cercar a defesa do PFC.

Aos 20 minutos, a mais clara situação de gol da partida. Wegno recebeu sozinho na pequena área, mas chutou fraco para uma difícil defesa de Paulo Rafael. O próprio atacante desperdiçou outro bom ataque aos 24, demorando a ajeitar a bola e permitindo o desarme da zaga.

Aos 29, Dedeco desviou de cabeça um cruzamento de Mocajuba, assustando o goleiro Alencar Baú. Foi a melhor oportunidade do PFC em todo o jogo. Ainda haveria um gol de Wegno, em impedimento, que a arbitragem invalidou corretamente. E foi só, apesar da indiscutível luta dos times para chegar ao gol.

No segundo tempo, o jogo piorou de vez. Raros lances de perigo, pouquíssimas tentativas ofensivas dos dois lados. Um festival de passes errados, trombadas e faltas para truncar o jogo. Até a animada torcida do Independente se calou diante da pouca ousadia do time.

Esgotados fisicamente, os dois times passaram a controlar o jogo à espera da disputa final nas penalidades. Parauapebas teve duas excelentes chances de matar a série, após defesas de Paulo Rafael, mas o Galo Elétrico acabaria vitorioso graças a três belas intervenções de Alencar Baú, o herói do domingo. Conquista merecida.

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Papão se impõe na estreia de Dado

Como diz a velha canção, todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite e o torcedor do Papão não esperava outra coisa que não fosse uma vitória por boa margem. Tudo bem, o adversário era o Nacional, tradicional carne de pescoço dos clubes paraenses, mas a estreia de Dado Cavalcanti reforçava o otimismo alviceleste.

E a espera valeu à pena. O Papão não só venceu, como convenceu. O tal sistema de marcação dinâmica, espraiada pelos diversos setores do campo, funcionou razoavelmente bem e o time foi cirúrgico, aproveitando as chances criadas.

O gol de Aylon logo aos 15 minutos deu a tranquilidade necessária para o time se impor, estabelecendo seu jogo. Rogerinho, Pikachu, Bruno Veiga e Aylon faziam boa movimentação, triangulando e envolvendo a marcação.

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A jogada do gol evidenciou isso. Aylon arrancou pela direita, tocou para Augusto Recife no ponto futuro e recebeu de volta na entrada da área, disparando um chute certeiro no canto direito do gol de Rodrigo Ramos.

Com o apoio da galera, o Papão continuava em cima e poderia ter ampliado ainda na primeira etapa, mas os gols acabaram saindo depois do intervalo. Bruno Veiga marcou aos 4 minutos, aproveitando um rebote do goleiro do Nacional. Aos 32, o próprio Veiga aumentaria ao desviar de cabeça um cruzamento açucarado de Augusto Recife. O time jogava fácil, deixando o Naça muitas vezes na roda.

Como consequência natural desse domínio, nasceu o quarto gol. Um chute rasteiro de Carlinhos, de fora da área, surpreendeu o goleiro e foi morrer no cantinho. Raílson ainda diminuiu para os amazonenses aos 39, mas os quase 8 mil torcedores presentes à Curuzu tinham todos os motivos para sair celebrando a vitória, confiantes na caminhada do time na Copa Verde. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

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Um tropeço que pode ajudar

O Botafogo vinha muito bem no Carioca. Até ontem, quando enfrentou o Fluminense e perdeu por 3 a 1. Todas as mazelas de um time em formação vieram à tona frente a um adversário mais taludo e com melhores valores individuais.

Renê Simões faz um bom trabalho de reconstrução do Alvinegro, mas não pode operar milagres. Com uma defesa lenta e confusa, o time se viu várias vezes envolvido por um Fluminense melhor distribuído em campo.

O primeiro gol, de Jóbson, deu a falsa impressão de que seria possível repetir a atuação contra o Flamengo. Não era. O Flu empatou ainda no primeiro tempo e virou na etapa final, aproveitando-se de falhas infantis da zaga.

De positivo, a chance que Simões e seus comandados ganham para refazer os cálculos e reavaliar as forças e limites deste novo Botafogo. Ficou claro ontem que há um longo caminho a percorrer até o time se tornar realmente confiável.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 09)

5 comentários em “Um Galo forte e vencedor

  1. Mesmo com a vitória de 4 x 1, não posso deixa de apontar algumas deficiências sérias na equipe do Papão, o preparo físico da maioria está sofrível, o time anda de cansado.
    Há jogadores como o Rogerinho e o Marlon que são dinheiro perdido, um mal investimento. O primeiro apenas confirmando que não marca ninguém e, por estar deficiente na armação, não soma ao grupo. O Marlon parece que desaprendeu a jogar.
    Muito trabalho pela frente e espero que não seja igual a estreia do Sidnay Moraes que pegou o Gavião e deu de 4 é depois desceu ladeira a baixo em rendimento. Mas aposto que não, acredito que o time vá fechar com o Dado que se mostrou um estudioso da bola e um comprometimento profissional muito interessante.

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  2. O returno será desesperador para o rival, isto em se tratando de calendário, pois os times em geral procuraram sanar suas deficiências e agora é a hora de separar os homens dos meninos.
    O Paysandú terá uma fogueira atrás da outra pela frente, mas acredito que o time vá acertar e não encontrará tantas dificuldades como ocorreu no primeiro turno.
    Aposto em Galo x Papão na final deste ano!

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  3. Só espero que essa vitória maiúscula contra um time do Naça hoje pequeno reeditando os bons tempos do Mazola quando timinhos não faziam graça aqui dentro, não faça o time dormir em berço esplêndido achando que já é o Real Madri porque aina ví muitas falhas especialmente na defesa, que ainda andou batendo cabeça e levou aquele gol no final quando o Naça já estava entregue. Eu tenho a opinião que time bom e já estruturado é aquele que dificilmente toma gol no final do jogo, porque se ocorrer é sinal de alguma deficiência como desatenção, zaga fraca, falta de preparo físico. No jogo de lá tem de entrar mais empenhado em conseguir o resultado como se o jogo estivesse 0x0 porque se deixar o Naça jogar e marcar o primeiro pode complicar igual como o Indpendente levou o farelo na mão do TIMINHO DO Brasilia, depois de estar com a clasificação quase encaminhada. Todo cuidado é pouco no jogo de volta na Arena porque o novo treinador nacionalino é Aderbal Lana conhecido como REI DA SELVA que já aprontou muito contra a dupla REXPA quando treinador do São Raimundo e desse Nacional. muito cuidado

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