DO BLOG DO MENON
O fato já é conhecido. A TVG (genial tirada do meu amigo GiovaniMartinelli @gmartinelli) transmitiu o jogo entre Palmeiras e Redbull e modificou o nome do time campineiro, que foi chamado de RBr ou algo assim. Pior, ainda, modificou o logo da empresa.
Ou seja, praticou mau jornalismo, assassinou o fato e deixou o financeiro se misturar com o editorial. Quanto a assassinar o fato, já fez pior. Em 25 de janeiro de 1984 chamou um ato público em favor das Diretas Já de comemoração do aniversário de São Paulo.
Qual a preocupação com a verdade? Quem, um dia no futuro, for procurar nos arquivos, não saberá que o governador Franco Montoro comandou aquele ato que iniciou e fortaleceu a campanha pela liberdade no país. E não saberá que o futebol brasileiro chegou ao ponto de ter um time com nome de bebida, sem torcida alguma.
E aí entra o lado B da história. O fato de o Redbull formar um time de futebol no Brasil como já fizera em outros países não significa um avanço no futebol brasileiro. Pelo menos na minha opinião. Eu me lembro quando o Luciano do Valle saudava o comandante Rollim por bancar o XV de Piracicaba. Dizia que o futebol não poderia perder o Rollim. Perdeu. E daí? Mudou alguma coisa. Antes do Rolim, havia o Romeu Ítalo Rípoli a sustentar o XV. E hoje há Paulo Nobre no Palmeiras.
Uma pergunta: quando os donos da Redbull resolveram fazer um time no Brasil, eles pensaram
a) Vamos ajudar a desenvolver o esporte querido de tantos brasileiros
b) Vamos entrar no futebol brasileiro e difundir nossa marca na rede de televisão que tem grande parte da audiência sem gastar nada?
Eu, por mim, vou fechar o bloco – como diz o Vitor Guedes @vitão_guedes, aniversariante de ontem – quando houver um jogo entre Redbull x Tubaína.
O mesmo vale para empresas que patrocinam times de vôlei. São tratadas como mecenas, como salvadoras da Pátria, como aquela que garante a subsistência de nossos atletas. Ora, por que não patrocinam times tradicionais do esporte? Por que não colocam seu logo no time de volei do São Paulo, Palmeiras, Portuguesa, Corinthians, Santos? Ora, é muito mais fácil montar um time e esperar que os narradores da Globo digam seu nome durante uma hora, no mínimo. De grátis? Ah, vá.
É um assunto com vários lados. Acho muito passional tratar a TVG como vilã, como alguém que impede bondosos capitalistas de ajudar o desenvolvimento do esporte brasileiro. Muito simplista.
Quanto ao blog:
1) Vou falar Redbull. O mínimo possível, porque não gosto de time assim, mas como é uma realidade mundial….
2) Vou continuar falando Morumbi, Itaquerão e arena do Palmeiras. Torcedores do Corinthians ficam bravos. Dizem que os jornalistas, ao agirem assim, impedem ou no mínimo não ajudam o clube a vender naming rights. Ora, e por que eu tenho de ajudar? Não sou pago para isso. Não é minha função. E não tenho culpa da incompetência alheia ou da retração da economia que deixam o estádio sem nome.
3) Allianz Arena? Nem a pau. Eles dão desconto no meu seguro da casa?
Ih, será que eu sou como a Globo? Bem, se for, chegaremos à conclusão que a Globo não erra sempre
Como Menon, também sou contra esses clubes aproveitadores que pouco se importam com o esporte, daí que, pouco me importo com a forma como a TVG tratará o clube.
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O Diário do Pará não menciona o nome av.Rômulo Maiorana, continua escrevendo av.25 de setembro, dá pra explicar o porquê?
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Sabedor dos motivos políticos que levam o DP a ignorar o nome, ainda assim julgo ser legítimo ignorar a decisão espúria da CMB, tão espúria quanto a que tentou impor o nome de um patriarca de uma família proprietária de uma rede de supermercados, oportunamente repudiada pelos moradores da rua atingida.
À Câmara Municipal, de fato, cabe a prerrogativa de legislar a respeito da toponomástica da cidade. Porém, não pode fazer como queria o salafrário Gervásio Morgado. Há alguns ritos exigidos para modificar-se ou criar nomes de logradouros, por exemplo, um fato relevante, do tipo os 400 anos de Belém ensejar surgir a avenida Quarto Centenário; a realização de plebiscito; um abaixo-assinado dos moradores do local a ser atingido por nova nomenclatura, enfim, tudo aquilo que a CMB ignorou colocando av RM à revelia dos moradores que, por sinal, não adotaram o nome, muito menos os feirantes que ali trabalham há décadas Resumindo, aquilo não passa de uma excrescência legislativa, derrubável a qualquer tempo.
Quanto ao Red Bull, o contorcionismo da tevê que mostrou o jogo lembrou a exibição no Brasil do filme ‘Laranja Mecânica’, de Stanley Kubrick. durante a ditadura militar. Nas cenas de nudez frontal, colocaram umas bolinhas pretas nas chamadas partes pudicas dos atores e atrizes, dando ao filme um ar de demência digna dos personagens delinquentes do filme, assim como dos censores serviçais dos esbirros que mandavam no país. Patético em ambos os casos.
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Sou assim ranzinza com essas coisas. JK (de John Kennedy) fez o quê pelo Brasil para merecer nomes de ruas ou praças pelo país a fora? Mas nem por isso, deixarei de pronunciar o nome do célebre presidente estadunidense.
Já no futebol, acho ridículo esses “clubes” com nomes de marca. De onde saiu esse BOA Esporte, por exemplo, que mudou de uma cidade para outra? Ah sim, o nome original era Boa Vontade. Mas justamente na época em que uma cerveja adota o apelido de “boa”?
E essa de mudar de sede, então?
Não. O torcedor brasileiro aprendeu a gostar de um clube (ou de um time, considerando que a maioria é só pelo futebol mesmo) pelo seu nome (original), pela cor de sua camisa, hino, por campanhas memoráveis, por equipes inesquecíveis…
E o nome do estádio deve ser o original ou até mesmo o mesmo do clube.
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Fora de assunto, mas parecido com o que disse o amigo Marcelino.
O pessoal do Grupo Liberal que nunca botou um prego nesse estado, deu corda no Pioneiro pra que o mesmo mude o nome do bairro Jáderlandia, porque a origem do nome, está vivo.
Assim como em Santarém, querem mudar e não conseguem o nome do estádio Barbalhão.
E sobre a 25 de setembro, os próprios moradores rejeitam a mudança. Que aliás fica perto do chiqueirão.
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Claro que dá Marcelino… Trocar o nome 25 por Romulo sei lá o que foi um dos grandes afrontas da administração Dudu com a memória desta cidade (o mesmo vale para Aldeia Cabana)… Em síntese, quer colocar nome em coisa, vai construir! (Isso não é para vc, mas para o desprefeito).
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Acho engraçado, na formula 1 a TVG fala o nome da equipe RedBull o tempo todo, e nem a mesma paga pelo merchandising de graça, aqui nos EUA isto é uma prática normal.
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Nesse caso, data venia, divirjo parcialmente do amigo azulino Jaime, cidadão estadunidense, a exemplo de uma das minhas filhas.
A cultura brasileira é diferente da norte-americana. Não vejo como torcer para um Remo-Yamada, que mais tarde poderia ser Remo-Líder, Remo-Big Ben…, ou seja, trocando de nome como quem troca de camisa. O azulino torce para o Clube do Remo instituição, e os patrocínios, assim como jogadores, funcionários etc, tudo é passageiro.
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