“Nós aceitamos todas as famílias. E aí, vou parodiar o Papa: quem é a presidente da República, para definir que família existe no mundo. Não temos esse poder e nem queremos”.
De Dilma Rousseff, presidente e candidata à reeleição, ao fazer a defesa ontem (16) de todas as formas de família.
25/05/2011 às 12h13 – Atualizada em 26/05/2011 às 10h34
Presidente Dilma derruba ‘kit gay’ do MEC
Jornal do Brasil
Publicidade
A presidente da República, Dilma Rousseff, decidiu vetar o programa do Ministério da Educação chamado de ‘kit gay’ pelos opositores – a bancada evangélica e cristã e, principalmente, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), como informou hoje, em primeira mão, o jornalista Leandro Mazzini no blog Informe JB.
>> Leia aqui
“A presidenta Dilma não gostou dos vídeos, achou o material inadequado, e determinou que não circule oficialmente. Estão suspensas todas as produções de materiais que falem dessas questões”, confirmou o secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho.
Veja os três vídeos que estariam em análise pelo governo:
Vídeo 1:
Vídeo 2:
Vídeo 3:
De acordo com Carvalho, o combate à homofobia nas escolas deve continuar, mas ele destaca que todos os setores da educação do Congresso e da sociedade devem participar da produção dos materiais. O ministro também negou que a decisão foi motivada pela pressão das bancadas religiosas.
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), que participou do encontro no qual ficou decidido o veto, chegou a afirmar que a bancada estava disposta a utilizar o caso do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, como forma de pressionar o governo. Garotinho afirmou ainda que parlamentares decidiram abrir uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar a contratação de uma ONG sem licitação pelo MEC para produzir o material anti-homofóbico. De acordo com Garotinho, o valor do contrato é de R$ 1,8 milhão.
Ministro da Educação diz desconhecer ‘kit gay’ em circulação
O ministro da Educação, Fernando Haddad, já havia se pronunciado a respeito do ‘kit gay’ semana passada, negando que o material em circulação seja oficial do MEC. No total, são três vídeos – disponíveis na internet – e quatro cartilhas.
“O material que vi circulando não é do MEC. Vários dos materiais que foram distribuídos não são do MEC. Vim esclarecer que não são. A maioria do material que me foi apresentado aqui não é do MEC, estão atribuindo ao MEC um material que não é oficial. Todo ao material do MEC está em domínio público, qualquer pessoa pode fazer o download pelo site do ministério”, disse.
De acordo com o ministro, nenhum material foi distribuído para as escolas e todos devem passar pela aprovação da Comissão de Publicação da pasta. As cartilhas e os vídeos estão sendo produzidos por uma empresa terceirizada pelo ministério.
“Recebemos o material, o convênio está em ordem, o material vai para a Comissão de Publicação para um debate interno, material todo. Só se torna oficial quando aprovado na comissão, o que ainda não aconteceu. A comissão vai ouvir secretários estaduais e municipais de educação, alguns parlamentares pediram para participar da reunião e participarão”, afirmou.
O material didático que contém cartilha, cartazes, folders e cinco vídeos educativos vem dividindo opiniões e provocando discussões inflamadas. A principal crítica é que estimularia a homossexulidade entre crianças e adolescentes.
A proposta do Ministério da Educação era distribuir o kit inicialmente em 6 mil escolas públicas já em 2011.
CurtirCurtir
Hipocrisia e pseudo-moralismo de Dilma.Pois essa medida(acima postada) no sentido de alicerçar e conscientizar os jovens estudantes e a sociedade a respeito da sexualidade livre,sem preconceito,descriminação e direcionando às familias democraticamente.Foi vetado,em troca de fisiologismo/troca, partidario com a bancada evangélica.Para absolvição de processos contra seu ex-ministro corrupto(nenhuma novidade corrupção nesse governo)Palocci…Refresquem suas memórias,caros leitores!
CurtirCurtir
Espero ética,comprometimento com as informações,direito de informação e liberdade de expressão e pensamento,sobretudo justiça,do autor deste blog/jornalista,no sentido de que não omita,deixe de “liberar essas devidas informações”. De suma importancia para todos.
CurtirCurtir
Como eu comentei certa vez isso não é assunto pra presidente resolver. Inclusive porque tudo já esta muito bem encaminhado, pelo Supremo, pelo CNJ, cumprindo, agora, à sociedade assimilar o que tenha que assimilar e o Legislativo elaborar as leis que eventualmente ainda seja necessário elaborar.
Agora uma coisa é falar, dizer que faz, ou acusar outrem de não fazer. Outra bem diferente é fazer efetivamente, ou agir de modo compatível com o que se fala, com o que se diz.
CurtirCurtir
É uma posição coerente com os nossos tempos.
CurtirCurtir
SIMBOLOGIAS X SIMBOLOGIAS : As funções (assunto), de todo/a chefe do supremo executivo – O/A EXMO. PRESIDENTE/A – constituiem-se de caráter onipresente,em e para todas as esferas,instituições e a sociedade civil.Deliberando ele/a sobre todos os assuntos em conformidades decisivas/resolutivas(ou não). Portanto,partindo das premissas constitutivas,o ‘papel da presidente Dilma não é o meramente simbólico e de peça decorativa’.Deve ela sim,participar,descutir e omitir suas opinões,e sobretudo,inexoravelmente quanto aos seus pontos de vistas políticos,socioeconomicos,idiossicrasicos culturais e ideológicos.Do contrario,caro Antº. Oliveira, “MANTENHAMOS A PRESENÇA DA PRESIDENTE DILMA SOMENTE IMPRESSA NOS QUADROS/MOLDURAS FOTOGRÁFICOS,DAQUELES QUE SE ENCONTRAM EM TODAS AS AUTARQUIAS,DEPENDURADAS SOBRE A PAREDE,OU EM ‘POSTER’ GIGANTE COLORIDO,COMO MUITOS/AS TEEM EM SUA CASA”.
CurtirCurtir
Adauto analisando a cronologia dos comentários desta postagem verifico que quando o meu primeiro foi publicado, o seu ainda estava sob moderação.
Mas, era a esses fatos sobre os quais você detalha no seu comentario moderado que eu me referia quando escrevi que há uma grande distância entre o que a candidata à reeleição diz e aquilo que ela efetivamente faz.
E ainda há outros alusivos especificamente ao casamento homoafetivos, adoção por casais homoafetivos e criminalização da homofobia, matérias a respeito das quais a presidente também atuou no sentido de negar o apoio do governo na deliberação do parlamento acerca de projetos sobre tais assuntos.
Agora, relativamente ao que você sustenta no seu último comentário registre aí oeu respeito a sua bem fundentada opinião, mas atente ao que eu escrevi no meu comentário anterior.
O que eu disse foi que não cabe ao presidente decidir a respeito dessas matérias. E creio firme que não cabe mesmo. O assunto não é atribuição da(o) presidente. Quem decide a tal respeito, especialmente no que refere à denominada familia homoafetiva é o proprio povo atraves de seus representantes no parlamento, e o Poder Judiciário quando chamado a se manifestar. Ao ocupante do cargo máximo no executivo nacional cabe cumprir da melhor maneira possível as escolhas legislativas e as decisões judiciais a respeito do assunto.
Aliás, mais do que respeitar sua opinião, eu estou de pleno acordo com ela. Aliás, o que você escreveu não chega nem a se opor ao que eu escrevi. Afinal, que a(o) presidente tem o direito de participar, discutir e emitir suas opiniões sobre qualquer temática, inclusive sobre a família homoafetiva (O QUE VOCE COM TODA A PROCEDÊNCIA DIZ) é coisa que ninguém discute.
Todavia, é lógico que apesar de discutir e opinar, a(o) presidente não pode DECIDIR (que foi o que eu disse), sobre uma infinidade de assuntos, dentre eles a familia homoafetiva, pois tal assunto o poder de decidir a Constituição reservou ao parlamento e ao Judiciário.
Enfim, para terminar, quero só dizer que num regime democrático como o brasileiro, há uma grande diferença entre opinar e decidir.
CurtirCurtir