Mundico goleia e se classifica

Em tarde inspirada do meia Michel, o São Raimundo garantiu matematicamente sua vaga à 4ª Fase da Série D do Brasileiro 2009. O Pantera goleou o Cristal por 4 a 1, no Colosso do Tapajós, pelo jogo de ida da terceira fase da competição nacional. Logo aos 11 minutos, Michel abriu o placar para o clube santareno. Ainda na primeira etapa, Michel, duas vezes (aos 30’ e aos 32’), ampliou o placar para 3 a 0. Já na segunda etapa, o Cristal tentou esboçar uma reação, descontando com Demir, aos 27’. Mas a tarde era mesmo de Michel, que aos 35 minutos marcou o quarto do Pantera, garantindo assim a classificação antecipada da equipe. A próxima partida será realizada no próximo dia 13 de setembro, às 18h30, no estádio Glicério Marques. (Com informações da Rádio Clube)

Barrichello chega em sétimo

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Vitória de Kimi Raikkonen (Ferrari) em Spa-Francorchamps, com um surpreendente Giancarlo Fishicella (Force India) em segundo. Sebastian Vettel, da Red Bull, foi o terceiro colocado. Barrichello (Brown), cujo motor morreu na largada e fez corrida de recuperação, terminou em 7º lugar e cruzou a linha de chegada com o carro soltando fumaça. Para sorte dele, Button dançou logo no começo do GP num acidente que também tirou Lewis Hamilton da corrida. No campeonato, o brasileiro descontou dois pontos em relação a Button e a diferença está em 16 pontos.

A largada foi sensacional, mas a prova, que prometia muito em função do circuito (o melhor da F-1), acabou se transformando numa chatice depois que Button e Hamilton saíram. Raikkonen e Fisichella se isolaram na frente e a emoção ficou restrita aos pit-stops, como virou regra nos últimos anos. 

O grande barulho ficou por conta da informação – divulgada por Reginaldo Leme, na Globo – de que a FIA investiga uma suposta armação da Renault para provocar o acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura em 2008, a fim de beneficiar Fernando Alonso na corrida. A denúncia é grave e põe novamente dúvida a lisura da F-1.

Mourinho aconselha Leonardo

CALCIO: MILAN - INTER

Depois de ver seus comandados da Inter de Milão golearem os rivais do Milan neste sábado por 4 a 0, o técnico português José Mourinho fez questão de dar alguns conselhos ao companheiro de profissão Leonardo, treinador ‘rossonero’. A situação do novato técnico brasileiro, que já não era das melhores após a pré-temporada ruim da equipe, deve piorar ainda mais com o fiasco diante dos arquirrivais logo na segunda rodada do Campeonato Italiano. “Ele começou bem, mas hoje surgirão muitas críticas. Leonardo deve ter confiança em si próprio e deve passar o máximo de tempo com seus jogadores”, indicou Mourinho. Leonardo, por sua vez, lamentou o fato do dérbi com a Inter ter acontecido já no começo do Italiano. “Esse clássico chegou muito cedo e nós estamos em um momento de construção. Um bom desempenho hoje nos teria ajudado muito nesse processo.” (Da ESPN)

O inferno de Ronaldinho

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Por Cosme Rímoli

Ronaldinho Gaúcho vaiado impiedosamente pela torcida do Milan. A maior estrela do time  de Leonardo passou hoje por uma das maiores vergonhas na carreira. No impiedoso 4 a 0 que a Inter impôs diante do seu arquiinimigo, sobrou para Ronaldinho Gaúcho. A sua própria torcida não suportou outro jogo que ele fingiu entrar em campo.

A cada vexame como o de hoje, Dunga vai ficando tranqüilo. Nem por pressão de Nike, de Ricardo Teixeira, da Fafá de Belém. Não existe mais desculpas para convocar Ronaldinho Gaúcho. A milionária estrela está cada vez mais longe da Copa da África.

Dunga já havia desistido dele há tempos. O treinador da Seleção teve várias conversas sérias com ele. Na última deixou claro que Ronaldinho Gaúcho precisava mudar não só sua carreira, mas sua vida. Dunga e qualquer funcionário graduado da CBF sabe: Ronaldinho Gaúcho tem uma vida particular alucinante.

Vive como se fosse um garoto de 19 anos, empolgado com tudo. Menos com o futebol. Os companheiros aconselham. Leonardo falou publicamente que, depois da venda de Kaká, Ronaldinho Gaúcho teria a chance de ser o maestro do Milan.

Não era esse tipo de maestro desinteressado a que estava se referindo.

A situação do jogador brasileiro se complica ainda mais com o dinheiro controlado do Milan. Silvio Berlusconi não quer ficar desperdiçando dinheiro com atletas que jogaram bem no passado. Se algo extraordinário não acontecer, Ronaldinho Gaúcho tem cada vez mais chances de imitar o amigo Vagner Love.

E voltar ao futebol brasileiro em dezembro, sonhando com a recuperação e volta à Seleção Brasileira. Há dirigentes no Corinthians e no Flamengo que já conversaram com Assis, irmão e empresário de Gaúcho. Os dois clubes pediram a preferência.

Ele pode não estar jogando nada, mas ainda é uma fábrica de fazer dinheiro. Principalmente pela publicidade. Ronaldinho Gaúcho hoje é isso: apenas a imagem do jogador que foi.

E deixou de ser há muitos anos…

Coluna: Torcedor não sai de férias

Na esteira da eliminação humilhante na Série C, o Paissandu tomou decisão drástica: fechou para balanço, até o fim da temporada, por iniciativa da diretoria. Motivos foram alegados: contenção de despesas e receio de novos vexames. Tudo muito certo se não fosse um clube de massa, dono de torcida apaixonada e participativa. 
Clubes populares têm compromissos incontornáveis, ditados pela paixão de seus torcedores. Mesmo que a situação seja de evidente aperreio, não adianta alegar redução de custos, política de arrocho, economia de guerra ou o que seja. O povo quer bola e pouco está ligando para questões contábeis.
Dirigentes precisam ser responsáveis e austeros, ainda mais em momentos de dificuldade, mas devem ter sensibilidade para entender que o futebol vive de afeto. Torcedores desenvolvem uma relação de devotamento ao clube de coração. E nada é mais frustrante para o aficionado do que passar quatro meses sem ver seu time jogar.
A iniciativa do recesso dividiu opiniões no clube e nas ruas. Houve quem apoiasse a idéia, baseando-se no prejuízo que o Paissandu amargou com a má campanha na Série C. Cálculos conservadores indicam perdas superiores a R$ 500 mil. A simples hibernação não significará que despesas serão zeradas.
Patrocinadores precisam ser recompensados com a exposição de suas marcas e um time de futebol só pode fazer isso se estiver jogando. Por mais de quatro meses, o Paissandu ficará sem se apresentar oficialmente, o que representa um ato de força em relação às expectativas do torcedor, geralmente fanático a ponto de não perder um simples treino.
Quanto à alegada preocupação com eventuais tropeços, em face da utilização de um time de pouca expressão técnica, cabe voltar os olhos para experiências passadas. O próprio Paissandu empreendeu no ano passado um giro proveitoso, apresentando-se em mais de 20 cidades.
Além de estreitar os laços com o torcedor interiorano, ainda beneficiou-se da descoberta de um bom jogador – no caso, o meia-atacante Fabrício, negociado posteriormente com o futebol internacional por cerca de R$ 400 mil, maior transação da história do futebol paraense.
Essa experiência única, de ir ao encontro da massa torcedora, como o Remo faz atualmente, não pode ser menosprezada. Pode ser a prenda necessária para purgar os pecados e voltar mais forte à superfície.
 
 
Bem, enquanto uns choram, outros vendem lenços – pregava Nizan Guanaes nos tempos em que ainda se dedicava a pensamentos originais. Enquanto a torcida paraense chora pitangas, a espanhola acompanha a partir de hoje o campeonato mais aguardado no planeta. Apesar de 18 competidores, o título estará sob ataque direto de Real e Barcelona, que gastaram 358 milhões de euros para reforçar seus times. No Bernabeu, pontificam Kaká e Cristiano Ronaldo. No Camp Nou, Messi e Ibrahimovic. Os quatro melhores jogadores do mundo dão à Espanha a condição de terra do futebol.   
    
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 30)

Tentando decifrar Bob Dylan

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Por Maurício Stycer

Quem já passou por este blog mais de uma vez deve ter percebido que sou fã de Bob Dylan. Isso não quer dizer que eu compreenda Bob Dylan. Ouço o músico e leio o que escrevem sobre ele já há 35 anos, mas com frequência me pego pensando, sem ter resposta, sobre os possíveis significados de algumas músicas e sobre o sentido de certas atitudes.

No magnífico documentário “No Direction Home”, Martin Scorsese tenta jogar alguma luz nos primeiros anos da carreira do músico (1961-1965), sem chegar a uma conclusão. Scorsese se detém num episódio-chave da trajetória de Dylan, o momento em que trocou o violão pela guitarra, causando profunda decepção nos fãs da música de protesto – o gênero que o tornou famoso naqueles conturbados anos de lutas pelos direitos civis, nos Estados Unidos.

Da soma de tudo que se vê e ouve no documentário, emerge a impressão que Dylan nunca foi um músico engajado nas causas dos anos 60. Não que fosse alheio ao que acontecia ou que não acreditasse no teor das músicas que escreveu – canções como “Blowin´ in the Wind” ou “The Times They are a Changin´”, que se tornaram verdadeiros hinos. Mas tenho a impressão, vendo o filme, que Dylan parece mais preocupado consigo mesmo do que com os anos 60.

E acho que essa é uma característica que percorre muitas das suas escolhas – pessoais e artísticas – ao longo do tempo. Não vejo isso como defeito, que fique claro. As idas e vindas na carreira, as diferentes opções religiosas, as escorregadas e os triunfos, Dylan nunca demonstra preocupação com o que vão pensar ou dizer dele e parece ter como único interlocutor a sua própria insatisfação.

Pensando nisso tudo, comento duas notícias aparentemente bizarras que circularam esta semana envolvendo Dylan. A primeira, a de que o músico está negociando emprestar a sua voz a um sistema de GPS; a segunda, que vai gravar um disco apenas com canções de Natal.

O próprio Dylan anunciou, na terça-feira, 25 de agosto, a novidade do GPS em seu programa de rádio, nos Estados Unidos. “Estou conversando com duas empresas”, disse o músico, cuja voz cada vez mais fanhosa parece ser tudo que você não quer ouvir quando estiver perdido procurando um endereço no carro.

Dylan fez piada sobre o assunto no rádio. “À esquerda na próxima rua. Não, à direita. Quer saber? Vá reto”. Em seguida, comentou: “Eu não deveria fazer isso porque, para onde quer que eu vá, eu sempre acabo no mesmo lugar – em Lonely Avenue”. E acrescentou: “Por sorte, não estou totalmente sozinho. Ray Charles me encontra lá.” A piada é uma referência ao blues “Lonely Avenue”, que Charles gravou com muito sucesso nos anos 50 e que teve posteriormente inúmeras versões. 

Na quarta-feira, 26 de agosto, Dylan anunciou em seu ótimo site que vai lançar, no dia 13 de outubro, um álbum com canções de Natal, cuja renda será revertida integralmente para entidades beneficentes. A notícia causou algum espanto, inicialmente, em função do músico ter nascido numa família de origem judaica, ter se convertido ao cristianismo na década de 70 e voltado a praticar o judaísmo.

O projeto do disco de Natal, no entanto, vai muito além de um compromisso religioso. O músico doou todos os royalties a que tiver direito por este disco, para sempre, nos Estados Unidos, a uma ONG chamada Feeding America e está negociando um acordo semelhante com duas entidades na Inglaterra.

Dylan comentou no site: “É uma tragédia que 35 milhões de pessoas neste país (os EUA) – sendo 12 milhões de crianças – costumam ir para a cama com fome e acordem no dia seguinte sem saber quando vão comer novamente”. Mais claro, impossível.

Schumi ensaia volta às pistas

O heptacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher, pode abandonar a aposentadoria para guiar pela Ferrari em 2010 se a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) permitir que a equipe corra com um terceiro carro.

– É correto dizer que, se tudo correr bem, por que não vê-lo em um dos nossos carros? – disse o chefe da equipe Ferrari, Stefano Domenicali, em entrevista com o jornal britânico Times de sábado. (Do DIÁRIO ON-LINE)

O alemão voador está realmente fazendo falta nesta F-1 decidida em pit-stop. Pena que ele recuou do projeto de substituir Massa, pois sua entrada em cena iria botar fogo no campeonato.